21 - O b r i g a d o

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Bishop Briggs - River

Não podemos mudar nosso jeito

Estamos a um beijo de distância de nos matarmos

Chery Baldwin

Fugi de Riley.

Não tinha como olhar para ele depois do tapa que recebi de sua não-namorada. Mas em nada minha fuga tinha a ver com ela ou a situação. Eu só não sabia como eu tinha passado de alguém que enfrentava o medo sorrindo, para alguém que fugia de frio na barriga.

Havia algo de errado comigo.

Riley ainda era Prizrak e Prizrak ainda era um assassino frio.

Eu não sabia de onde havia surgido o pânico. O tapa com certeza mexeu com meu cérebro ou algo parecido. Não era como se eu fosse criar caso só porque ele chegou perto de mim e me tocou. Me tocou de verdade, como se eu fosse uma pessoa e não uma coisa asquerosa, que era como ele me tratava.

Exatamente como ele fez no provador. Seus olhos brilharam, como se não desejasse me matar e foi bom.

Riley Donovan estava tentando me enlouquecer. Eu não podia de forma alguma deixar isso acontecer.

Cá estava eu pelos corredores do último andar esperando não encontrar Layla de novo. Quando chego a antesala de Riley, Anya está devorando um prato de comida enquanto fala ao telefone com um sorriso brilhante.

Aposto os dois dólares que tenho no bolso da calça, que está falando com Samuel. Ela encerra a ligação ao me vê.

— Olá, Srta. Baldwin! — a secretária cumprimenta deixando a comida de lado.

— Olá! — respondo sorrindo.

Antes que eu pergunte por Riley ela me responde.

— O Sr. Donovan está no Departamento de TI.

— Eu vou esperar por ele, tudo bem? — questiono, pronta para ir a sua sala e deitar em seu sofá.

Precisamos falar sobre os arquivos, mas parece impossível. Eu consegui mais coisas de ontem para hoje e a ansiedade está me corroendo. Não consegui pregar os olhos.

— Não acho que vai valer a pena. — ela faz uma expressão cansada. — Estamos com problema no sistema da empresa. Ele tem uma reunião daqui a uma hora e os dados de alguns funcionários sumiram do sistema, inclusive do Sr. Donovan. Também não estão conseguindo acompanhar a logística de produção e exportação. Ele está no departamento de TI buscando uma resolução

Engulo em seco. Aposto que ele deve está achando que fui eu e amaldiçoando até a minha décima geração. Sinto os ombros pesarem.

Ele usaria isso para me matar na primeira oportunidade. E por mais absurdo que fosse, eu não estava com medo, só conformada.

— Onde fica o Departamento de TI? — questiono decidida a falar com ele. Fosse para ouvi-lo gritar comigo ou vice-versa.

Anya me olha como se eu estivesse louca, me sinto derrotada ao constatar que talvez fosse verdade. Eu continuo esperando até ela notar que eu falo sério.

— 25º andar. — suspirou mordendo os lábios pensando se é uma boa ideia.

Eu sorrio para lhe tranquilizar. E quando ela retribui, eu saio para o elevador sabendo que é uma péssima ideia. O nível de estresse dele deve estar altíssimo e eu vou ser o seu principal alvo.

Mas quem se importa?

Quando as portas do elevador abrem no 25° andar eu saio e vejo um punhado de pessoas em cabines em uma área ampla à minha esquerda. Não vejo Riley então caminho pelo corredor à minha frente vendo as pessoas passarem por mim desconfiadas.

DESEJO ASSASSINOOnde histórias criam vida. Descubra agora