42 - D e s e j o D e M o r t e

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AURORA - A dangerous thing

Algo em você é quente e sedutor, e

Quando você está comigo é frio e abusivo

Eu soube desde o segundo que nos conhecemos

Que você é uma chama perigosa

Você é uma chama perigosa

Chery Baldwin

Leilões são estimulantes, exceto para Riley. Ele está entediado e não está preocupado em esconder isso. Já eu, estou me segurando para não levantar o braço apenas pelo prazer da competição. Ao sentarmos na mesa, Riley sem nenhum pudor, puxou minha cadeira para que eu estivesse bem posicionada ao seu lado.

Agora meu joelho esquerdo está apoiado em sua coxa, seu braço direito está descansando no encosto da minha cadeira e eu estou fingindo muito mal que meu coração não está pulando como um louco.

— Você não pode mesmo está entediado. — resmungo sabendo que dentre todas as pessoas sentadas na mesa, ele seria o único a ouvir.

— O que parece para você? — Questionou ignorando a agitação do palco improvisado, no qual todos mantinham atenção, focado apenas no copo de whisky.

— Que você é um babaca arrogante.

— Tsh! — o barulho reprovador me faz travar os músculos. — Esses elogios vindos de você me deixam comovido, Srta. Baldwin.

Sua voz soa indiferente.

— Você devia colaborar com a causa. — comento dando de ombros assistindo o desenrolar do leilão de uma estadia em uma ilha privada, por uma semana.

— Eu doei um carro de um milhão de dólares para ser leiloado, acredito que seja suficiente.

Me viro na cadeira abismada com seu ar superior. Seu olhar entediado passeia pelo salão, sua expressão de desinteresse faz tudo parecer uma perda de tempo.

— Você poderia ao menos fingir que tudo parece agradável. — opino sabendo que ele não dá a mínima para o que eu digo.

Ele bufa de leve e vira em minha direção. Nossos rostos ficam próximos e sou capaz de ver pontinhos verdes brilhando em seu olhar.

— As únicas coisas interessantes nessa noite Chery, são você e a morte de Megan. — ele afirma com os olhos escurecendo e se deleitando sobre meu rosto. — O resto é apenas suportável.

Não consigo evitar o suspiro entrecortado que me escapa, tão pouco consigo controlar o bater frenético do meu coração e por fim prendo as coxas com mais força diante da excitação crescente. Estou fora de controle, não posso ceder a minha mais nova insanidade.

Ele me olha com atenção, sabe exatamente o que está acontecendo comigo. Está tão perto que ao mínimo movimento nossas bocas podem se tocar.

— Algum problema, Chery? — sua voz é forte, baixa e me faz esquentar.

Abro a boca, mas minha voz engata no caminho. Seu perfume me enfeitiça e me deixa embriagada, nossas respirações se misturam. Ele não deveria estar tão perto.

Uma salva de palmas forte surge em nossa mesa e me assusta. Olho ao redor da mesa e arrumo a postura sentindo o corpo febril. Sinto seus olhos cravados em mim. Respiro com força, tentando acalmar meu coração frenético.

— Acho que... com licença. — digo já me erguendo da cadeira sem lhe olhar.

Me afasto da mesa com pressa. Preciso me acalmar e recuperar o controle sobre mim mesma. Caminho pelo salão sem realmente saber para onde ir até ver o bar aos fundos, não parece prudente beber, mas talvez um drinque seja o suficiente para me tranquilizar.

DESEJO ASSASSINOOnde histórias criam vida. Descubra agora