28| CHURRASCO

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AUTORA POV'S

Com certeza não estava nos maiores sonhos de Allanny um dia ter quatro norte-americanos em sua casa, asando carne na churrasqueira enquanto no fundo tocava um samba animado, aqueles que tocavam em festas de família no domingo.

Os meninos realmente pareciam brasileiros aos olhos daqueles quem não os conheciam, com camisa estilo praiana e um short do mesmo estilo, com um copo com alguma bebida na mão, Mattheo e Harry tentando entender aquela dança que Lydia fazia com os pés.

Samba.

Mas eles não pareciam sambar, e sim estavam como se o chão estivesse pegando fogo e eles estivessem pulando para que o asfalto não tirasse um pedaço da pele.

Seu tio estava comandando a churrasqueira, cuidando para a carne não queimar, Lydia dançava e tentava ensinar os garotos na dança, Thomas e James estavam conversando em um canto, enquanto Allanny aproveitava para conversar com a tia que não via há um tempo.

- Conta, como é por lá? - A tia segurava um copo com caipirinha dentro, já Allanny estava com uma garrafa de Ice limão. - Os estrangeiros são tão gatos quanto os que você trouxe?

- Tia Julia! - Levou a Ice até a boca e bebeu um gole, disfarçadamente olhou para todos os garotos ali, sentindo eles mais atraentes do que antes. - Eu não sei, não tive tempo para isso.

- Ah, para Allanny! - Deu um tapa fraco no braço da menina, chamando atenção dela novamente. - Tenho certeza que você viu! Eu te conheço.

A mulher mais velha era como a mãe de Allanny, já que conhece a menina desde quando ainda estava na barriga daquela que a gerou. Já que ela era melhor amiga do pai de Allanny desde a escola, se consideravam como irmãos de coração.

- Os únicos eu realmente acho lindos e muito irresistíveis, estão aqui com a gente. - Levou a garrafa até a boca novamente, desviando o olhar da tia, sabendo que ela estava com um olhar sapeca.

- Você ficou com eles! Sua safada. - A tia sorriu e levou o canudo da caipirinha para beber um gole.

- Não todos. - Não adiantava mentir para a tia, já que ela conhecia Allanny melhor que ela mesmo, talvez melhor que Lydia, a própria filha.

- Qual? - A tia se virou em direção aos meninos, que ainda estavam distraídos fazendo coisas aleatórias. - O loirinho? Um pecado.

- TIA! - Allanny levou a mão até o rosto, enquanto ria sem acreditar da fala da tia, sentindo seus cabelos caírem por seu ombro. - Meu Deus! - Riu desacreditada. - Ele literalmente tem idade para ser seu filho!

- Eu disse que ele é um pecado, não que eu vou dar para ele. - Arregalou os olhos para a tia enquanto um sorriso brilhava em seus lábios. - Já faço isso com seu tio.

- Para! Não quero saber disso. - Seu sorriso sumiu quando a garrafa entrou em contato com seus lábios novamente. - Respondendo, eu não fiquei com o moreno com cara de badboy.

- Meu Deus! Com o que está literalmente te comendo com os olhos desde que eu cheguei?! - Allanny pensou que ela estava exagerando, mas realmente a brasileira chamava atenção de qualquer um. - Digo, todos estão. Mas esse garoto... Puta merda, Allanny!

- Para tia! - Sentiu suas bochechas se esquentarem, olhando para qualquer lugar, sem ser para os garotos, estava envergonhada. - Ele sempre me afasta, nunca trocamos mais de cinco palavras, não sei nem se ele me acha atraente.

QUATRO GAROTOS E EU [ HARÉM REVERSO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora