QUATRO GAROTOS E EU [ HARÉM REVERSO ]

26| CASA

ALLANNY SOARES POV'S

Meu tio João veio nos trazer em casa depois de ficarmos conversando por alguns minutos, talvez um pouco mais de uma hora, depois eu me despedi e me levantei para ir embora, mas meu tio pediu para que eu deixasse ele nos trazer.

Minha casa não é longe da casa de Lydia, dava para vim a pé, na verdade. Eram apenas duas ruas de distância, e as ruas sequer eram longas. Mas meu tio pediu para nós trazer, já que e os meninos estávamos como malas, então seria ruim a gente ir aquele horário.

A minha casa fica bem em frente à praia, talvez seja por isso que eu tenha feito tanta questão em compra-la. A praia é um lugar que me faz bem, talvez por me lembrar o meu pai, e todos os momentos que vivemos em uma.

Eu morei durante três anos na casa dos pais de Lydia, que me tratavam como uma filha e sempre tentavam fazer com que eu me sentisse em casa, e não um problema que eles estavam tendo que aturar.

Depois que meu pai morreu, eu não tinha com quem ficar, já que eu nunca tive sinal da minha mãe, então, Lydia deu a ideia de eu dormir lá por algumas noites, até que a policia decidisse aonde eu iria ficar, ou com quem eu ficaria.

No final, os pais de Lydia pediram para que eles ficassem com a minha guarda até eu completar meus dezoito anos. Foi bastante tempo até que a justiça permitisse eu ficar com eles.

Durante três anos, eu fiquei juntando dinheiro, para poder comprar uma casa assim que fizesse minha maioridade. Não que eu quisesse tanto sair de dentro da casa das pessoas que cuidaram de mim, mas sim por que eu não queria mais me sentir uma invasora. Por mais que eles nunca tivessem pensado assim de mim.

- Obrigada por nos trazer, Tio João. - Deixei um beijo em sua bochecha e me virei para o banco de trás, vendo os garotos ali. James estava sentado no colo de Mattheo, e os outros estavam sentados no banco.

Será mesmo que Thomás e Harry ainda não perceberam que Mattheo e James estavam 'juntos'?

- De nada, Anny. - Meu tio olhou para o banco traseiro também, os encarando como se quisessem matar eles. - Eu vou implorar para que esses meninos sejam gays.

- Hm... - Olhei com o canto dos olhos para o tio, que a encarava desconfiado. - São, são sim. Completamente gays.

- Ela disse alguma coisa sobre gay? - Harry que estava sentado no meio perguntou, parecendo ter entendi aquela pequena palavra.

- Vai ver seja sobre o James e o Mattheo. Já que eles estão literalmente assim. - Thomás falou e olhou para o lado, vendo o moreno aconchegado no colo do loiro.

- Vai se foder, Thomas. - O loiro falou fazendo uma careta, apertando mais a cintura do moreno em seu colo, que sentiu borboletas no estômago.

- Opa, o Fuck you eu entendi. - Bateu as mãos e se virou para os meninos. - Stope, bois. Sem briga!

Eu ri vendo meu tio tentar falar com os garotos, com sua pronúncia totalmente errada e ri ainda mais quando meu tio começou a falar mais devagar como se isso fosse fazer com que eles entendessem.

- Tá bom, vamos! - Abri a porta do carro novamente e depois caminhei até o porta-malas, esperando meu tio abrir para poder pegar suas bagagens.