10| BOATE

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ALLANY SOARES POV'S

Hoje ainda é o dia de folga da universidade, o que nos levou a uma boate. Não foi assim totalmente do nada, mas levou.

FLASHBACK:

- Hm.. - James coçou a garganta retirando o clima pesado que se instalou quando eu e Thomas nos encaramos e ambos irritou um ao outro. - Que dia é hoje?

- primeiro de março, por que? - Arrumei minha postura enquanto prestava atenção em duas coisas: O que os meninos falavam, e o olhar irritado de Thomas em mim.

- Hoje eu vou cantar na boate. Querem ir? - James se levantou, caminhando até sua mochila retirando algumas pulseiras da mesma, e caminhando de volta até nós.

- Cantar? Você é cantor? - Ironicamente, cada um parecem ser iguais de uma forma, e de outra, totalmente opostos.

- Se ele disse que irá cantar é porque ele canta, certo? - Thomas me olhou como se fosse uma pergunta óbvia e talvez tivesse sido.

- Cala a boca que é melhor, vai. - Me virei para James novamente observando enquanto ele entregava as pulseiras pretas com escritas brancas para todos.

Área VIP na boate "Star Singer" na noite de sexta, no dia 03/01.

Deus, eu ainda preciso me acostumar com a forma que os norte-americanos escrevem as datas, por um impulso quase perguntei se a data estava correta.

- Nossa, um canta, outro toca, outro é leitor e o outro joga basquete. Tem como melhorar? - A melhor parte de poder falar duas línguas, falar uma que ninguém entenda e poder se expressar da forma que for.

- Eu começo às nove. Você vai, Allanny? - Um fato curioso sobre todos os baianos e até mesmo os brasileiros, é de que todos são curiosos, ou seja, a resposta é meio óbvia.

- Claro. - E depois disse um baque alto veio da direção da porta, fazendo todos nós pularmos de susto, e logo depois ver um casal entrando e se agarrando. - Sério?

- Essa é a sala mais conhecida entre os casais da universidade. - Mattheo falou. Olhei para o casal que nem se importou em ligar a luz e já estavam começando a tirar as roupas, mesmo percebendo que haviam pessoas na sala.

- E eles normalmente não estão ligando se tem pessoas ou não. - Todos nos começamos a nos levantar, zero afim de ver um pornô ao vivo.

- Era isso que estavam fazendo lá dentro? Algum tipo de ménage? - Harry e Mattheo riram enquanto James corava e Thomas fechava o rosto.

- Meu Deus, Brasileira, não. Estávamos bebendo e jogando conversa fora. Não tinha nem cinco minutos quando você chegou. - Harry passou o braço por meu pescoço enquanto deixava os meninos um passo para trás. - Vamos concordar, eu sou cem vezes mais bonitos que eles, não gastaria meu tempo com esses esse erros humanos.

- Todos sabem que se a gente pedisse você iria na hora. Você nos ama. - Mattheo ficou de meu outro lado, encarando Harry por cima de minha cabeça.

- Falou o loirinho que só tá esperando uma oportunidade para poder ficar comigo. - Harry comentou, enquanto eu tentava segurar o riso.

- Dá um tempo, Plokton. - Eu, Harry e James rimos da cara emburrada que Mattheo fez enquanto caminhávamos de volta para o centro da universidade.

- Dois gays que não se assumem. - Quando olhei por cima do ombro imaginei que Thomas ainda estaria emburrado, mas tinha um pequeno sorriso em seus lábios, que logo sumiram quando me viu o olhando.

- Falou o Hetero Top, que não pode aceitar um simples "não" na vida. - James olhou para ele como se fosse apenas uma piada, mas logo se arrependeu quando viu que o Thomas
estava de volta ao normal.

QUATRO GAROTOS E EU [ HARÉM REVERSO ]Onde histórias criam vida. Descubra agora