QUATRO GAROTOS E EU [ HARÉM REVERSO ]

39| CICATRIZES

THOMAS DAVIS POV'S

Allanny se manteve calada o caminho todo de volta para sua casa e mesmo sem entendermos o motivo, eu e os meninos apenas ficamos quietos e deixamos ela quieta.

Mas, era normal eu querer matar uma pessoa, mesmo sem ter entendido uma palavra do que pela falou? Bom, na verdade uma Harry traduziu para nós e já foi motivo suficiente para eu querer voltar lá e matar aquele idiota.

Ele teve a coragem de chamar Allanny de vadia. Simplesmente chamou a minha garota de vadia! Porra, eu podia sentir todo o ódio que corria no meu corpo e juro que poderia explodir de ódio, e sabia que os meninos não estavam diferentes.

Chegamos na casa dela e ela apenas pagou o motorista e saiu do carro, entrou em casa sem falar uma palavra sequer.

Respirei fundo e saímos do carro, mas não entramos em casa, fomos para de baixo das árvores que tinha na frente da casa e nos sentamos encostados cada um em uma delas.

- Eu juro que mato esse garoto se eu ver ele na minha frente de novo. - James foi o primeiro a quebrar o silêncio, a sua voz saiu tão firme que até mesmo eu fiquei surpreso.

Todos nós estávamos com raiva e estressados, como uma simples palavra conseguiu causar esse efeito em nós? Sequer sabíamos um por cento do que ele havia falo para Allanny, mas só o que eu já sabia, já era motivo suficiente.

Acredito que por estarmos com tanta raiva que preferimos deixar ela quieta até ela decidir vim falar com a gente. E, eu me conheço quando estou com raiva, óbvio que nunca machucaria uma mulher, mas tenho medo de acabar fazendo ela ficar com medo de mim.

- O que acham que ele era dela? - Harry perguntou agora com a voz mais calma, porém com as veias do pescoço ainda visíveis.

- O que te garante de que ele era e não que ele é algo dela? - Mattheo perguntou sentado em uma árvore do meu lado.

- Se ele é alguma coisa dela, tenho certeza de que não é por escolha dela. - Harry respondeu com confiança, enquanto eu apenas me mantive calado.

- Porra, meu peito doeu quando eu vi o quando ela estava apavorada. - Mattheo falou e passou a mão pelos cabelos o jogando para trás.

- Eu só quero entrar lá agora e abraçar ela, pedir para ela contar tudo o que aconteceu e poder acolher ela. - James falou com a voz sofrida, como se fosse tudo o que ele quisesse fazer, mas sabia que não podia.

- Mas se você entrar lá agora, ela pode acabar se sentindo pressionada a falar algo que talvez ela não se sinta confortável em falar para a gente agora. - Finalmente falei algo, James apenas murmurou um eu sei e então ficamos calados por segundos até Mattheo quebrar o silêncio.

- Quando.. Quando ela falou de vim embora de vez para o Brasil. - O loiro parou por alguns segundo parecendo pensar se continuava ou não. - Me digam que não doeu só em mim.

- Não. - Falei por todos, o loiro apenas acenou com a cabeça e olhou para cima, pensando em algo enquanto olhava as folhas das árvores. - Olhem lá.

Allanny saiu de casa, apareceu na porta e olhou para os lados parecendo procurar algo, até que nos encontrou entre as árvores e fechou a porta, vindo em nossa direção.