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Ayla está me punindo.
Disso eu não tenho dúvidas. Cada gesto seu, cada palavra ou silêncio carregado, é uma tentativa de me afastar. Mas ela se engana ao achar que vou desistir. Não desisti dela por mais de dez anos, e agora, depois de finalmente conhecer o sabor da sua boca, o calor do seu corpo, a sua boceta apertada pra caralho e o êxtase de tê-la completamente... desistir não é uma opção.
Nunca foi.
Se antes ela me estragou com um maldito beijo, sua boceta foi minha destruição.
Amar Ayla não é uma escolha; é parte de quem eu sou. Não importa o quanto ela tente me odiar agora, eu vou persistir. Vou suportar sua raiva, sua desconfiança, até que ela me escute. Até que veja nos meus olhos a verdade que nunca mudou: Ayla é minha, tanto quanto eu sou dela.
Penso nisso enquanto dou mais um gole na tequila, o líquido queimando a garganta como as lembranças queimam no peito. Sem hesitar, faço um sinal para a bartender e peço outra dose. Ela me lança um olhar de estranhamento, provavelmente calculando que esse já é o terceiro shot em menos de dez minutos.
Mas não me importo. Talvez ela veja alguém perdido ou tentando afogar algo que não se dissolve tão facilmente. Talvez esteja certa. Estou exatamente assim!
Meu treinador provavelmente me mataria se soubesse que estou jogando tanta tequila para dentro. Eu sou o capitão do time, o cara que deveria manter a cabeça no lugar, liderar pelo exemplo. Mas como manter o equilíbrio quando Ayla, a única pessoa que consegue me centrar, também é quem me tira do eixo?
Ela é minha razão e a completa ausência dela. A calmaria que me segura quando tudo desmorona e, ao mesmo tempo, a tempestade que vira meu mundo de cabeça para baixo. Minha força e minha fraqueza. Tudo em Ayla me consome, seu olhar que parece enxergar através de mim, sua voz que pode curar ou cortar como uma lâmina, sua presença que transforma qualquer espaço vazio em algo vivo.
Ela é minha âncora e minha ruína.
E, porra, como lidar com isso?
Como seguir em frente quando o que te dá equilíbrio também é o que te deixa à beira do abismo? A verdade é que sem Ayla, eu me perco, e talvez essa tequila seja apenas minha tentativa desesperada de fingir que estou no controle. Mas não estou...
— Eu quero mais um — peço quando termino de beber mais um shot.
— Você tem certeza? — a garota perguntou com os olhos arregalados.
— Tenho — viro o rosto e respiro fundo.
— Tudo bem — ela balançou os ombros e foi buscar minha bebida.
Enquanto isso, pego o celular e começo a mexer sem rumo, como se algo ali pudesse me distrair ou me salvar dessa bagunça que estou vivendo.
Mas é inútil. Logo na tela de bloqueio, lá está ela. Ayla. Sua imagem dormindo serenamente, como se o mundo não pudesse tocá-la, como se tudo fosse perfeito. Meu dedo desliza para desbloquear, e a dor só aumenta quando a vejo de novo no papel de parede: acordada, com aquele sorriso radiante que sempre me desmontou.