Acordo Final

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"Sem essa de 'amar demais machuca'

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"Sem essa de 'amar demais machuca'. O que dói é amar sozinho."


Na porta, ao se despedir, assustou-se com o contato quente da mão dele. E, mais ainda, com a estranha sensação que teve. Por ela, ficaria assim, de mãos dadas, para o resto da vida.

Subiu a escada, pensativa. Foi ao banheiro e lavou as mãos muito bem.

Aquele era o primeiro e último contato físico que tencionava ter com o Sr. Ellyus Lancellotti.

No banheiro, tirou a roupa. Só de calcinhas e sutiã, examinou-se no espelho.

Por trás, parecia mais um menino do que uma mulher, com aquele bumbum reto. Suspirou desanimada, um homem rico, lindo e desejado pelo mundo todo jamais teria olhos para ela.

Não. Pareço mesmo uma virgem. Pior ainda: um menino virgem!

Meio rindo, meio chorando, foi dormir.

Mais do que uma vez, nos dias seguintes, pensou na sua sorte por não poderem ler seus pensamentos. A verdade era que passava mais tempo implicando com aquele homem impossível do que tentando entender sua letra horrível.

Tudo aconteceu tão rápido que até o momento Elizabeth não sabia direito como as coisas aconteceram. Só sabia que agora estava sendo forçada a ser a assistente de um devasso arrogante por causa do plano idiota de sua irmã. Ela poderia aguentar ser humilhada e presa, mas Lydia era tão sem noção que poderia morrer engasgada com uma fatia de tomate.

Trabalhar para Ellyus Lancellotti não era nada fácil. Ele era severo e autoritário. E, com toda a prepotência, de vez em quando a comovia, com uma preocupação delicada em relação a ela. Será que ele ainda se lembrava do que havia acontecido com ambos antes dessa loucura toda estourar.

Um dia, por exemplo, forçou-a até os limites do desespero. Tudo por que aceitou a participar de um plano que nunca soube direito dos detalhes. Ellyus fazia questão de fingir que nada havia acontecido entre os dois, que Elizabeth não passava de uma completa estranha para ele.

Estava a ponto de juntar a papelada que devia pôr em ordem, rasgar e jogar na lata do lixo.

Quando ele se desculpou e deixou a sala, ela achou que era para lhe dar uma chance de se acalmar, de esfriar. Mas voltou com uma outra braçada de serviço. Se aquilo tudo fosse para ela bater digitar à máquina, seria no mínimo, soterrada! Do modo mais sem-cerimônia possível, jogou vários livros muito bem encadernados sobre a mesa da sala de jantar e disse como se nada houvesse acontecido.

- Divirta-se conhecendo o interior da Iugoslávia. Esses livros são para você. Leia todos e esteja preparada, por que se não... - E saiu.

Era uma fascinação. As montanhas misteriosas, agarradas umas às outras, cobertas de árvores, bem diferentes dos morros de qualquer outro lugar que Elizabeth já tinha visto anteriormente.

Ellyus - Sedução & AtraçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora