Scarlett on
New York
Segunda-feiraO café da manhã foi servido à uns minutos, estava tudo uma delícia. Queria poder comer mais um pouco, os chefes da minha casa são os melhores.
Tentei puxar assunto com a Billie algumas vezes, ela nunca os continuava por muito tempo, sempre parava e observava nossos pais e as conversas deles. Talvez ela não goste de conversar, ou talvez ela não tenha gostado de mim. Sinceramente, não ligo, fiz minha parte tentando me aproximar dela mas a mesma não retribuiu de forma alguma. Gostei mais de Finneas, ele interage mais e foi super educado comigo. Confesso que a maior parte do tempo fiquei conversando com ele.
- Bom... - meu pai começa a falar - Patrick e eu temos uns assuntos pendentes a serem resolvidos, portanto se nos derem licença, nós vamos ao meu escritório. Por favor, não nos interrompam - termina sua fala já saindo da cozinha acompanhado do outro homem.
Billie, pela primeira vez em todo o tempo que esteve aqui, se mostrou interessada quando meu pai disse que iria sair com Patrick para resolver algumas coisas. Observou cada passo que eles davam, com o rosto sério, mas ao mesmo tempo com uma certa curiosidade. A observei, não entendi o porquê de tanta curiosidade.
- O que tanto olha? - digo curiosa, com esperança de que ela dividisse seus pensamentos comigo.
- Nada.
- Não é o que parece, se mostrou interessada.
- Agora tá querendo saber tudo o que eu penso e sinto é? - diz em um tom levemente debochado.
- Não? Enfim, quer conhecer meu quarto? - ela fica me encarando por uns segundos. Eu realmente não sabia o que se passava na cabeça dessa menina.
- Pode ser.
Me levanto da mesa pedindo licença a todos, falando que ia apresentar meu quarto à Billie. Obviamente chamei Finneas, mas acho que estava interessado demais na conversa das mães que preferiu ficar.
- É só vocês três que moram nessa mansão aqui? - questiona Billie, andando atrás de mim pelos corredores da casa.
- Sim. Além dos empregados e seguranças.
- Seguranças? Pra quê seguranças?
- Não sei, nunca sei de nada sobre as coisas que acontecem aqui - paro em frente ao meu quarto e abro a porta, revelando um ambiente grande, perfumado e organizado. - Fique à vontade.
Billie apenas entra observando atentamente a cada detalhe de meu quarto, ela não tinha dito uma palavra se quer.
- É tão ruim assim pra você não fazer nenhum elogio sobre meu quarto? - falo em um tom de humor.
- Não é ruim, apenas não é meu estilo.
- Também não é o meu, mas não posso mudar a decoração. E ao falar de estilo, gostei de suas roupas - me sento no meio de minha cama a olhando. Ela usava roupas largas, como de costume. A quantidade de acessórios que usava em seu pescoço e dedos me chamava a atenção.
- É claro que gostou, eu arraso em meus looks. - diz convencida se sentando de forma desleixada em minha cama, me fazendo revirar os olhos - Que foi? Minha autoestima é alta.
- Percebi - solto uma risadinha nasal.
Um silêncio é estabelecido em meu quarto, um desconfortável. Não é bom ficar no seu próprio quarto com uma estranha que quase não conversa. Em casa os pais devem pensar que ela é muda.
- Seu pai trabalha com o quê? - me questiona, me ouvindo suspirar antes de falar algo.
- Não sei, ele não me contam nada, e ainda fica bravo quando eu pergunto.
- Parece meu pai então, sempre escondendo as coisas de mim.
- É... você é de onde?
- Los Angeles.
- Gostava de morar lá?
- Adorava. Mas por culpa da sua família eu não vou mais poder viver minha vida no lugar em que amo e onde está minha melhor amiga. - diz em um tom meio irritado.
- Por que culpa da minha família?
- Seu pai enviou a proposta para o meu, para virmos pra cá.
- Então a culpa não é da minha família, e sim do meu pai. E nem dele é, se o seu pai aceitou a culpa é dele, acho que ninguém o obrigou a vir.
- Mas se Michael não tivesse enviado essa proposta nada disso estaria acontecendo. Sabe como dói deixar tudo pra trás? Se despedir da sua melhor amiga?
- Não, não tenho melhor amiga.
- É claro - solta uma risada nasal - mimada do jeito que deve ser ninguém deve te aguentar.
- Não sou mimada, e você nem me conhece direito pra falar coisas sobre mim! - fecho o meu rosto, ficando séria. Quem essa garota acha que é?
- E preciso? Olha só pra você, vive no luxo, tem tudo do bom e do melhor! Não deve vestir nada que não seja de marca, provavelmente está sempre no ouvido de seus empregados mandando eles fazerem o que você quer, na hora que quer. E seus pais devem deixar você fazer tudo o que quer, corações moles pra filhinhos, típico.
Ah se ela soubesse...
- Pra mim você não passa de mais uma mimada que nasceu em berço de ouro.
- Escuta aqui Billie, eu não sei quem você acha que é ou no que pensa. Em Los Angeles você poderia ser uma fodona, que todo mundo queria ser amigo ou te pegar, mas aqui você não passa de mais uma cadela correndo atrás do próprio rabo. - digo de uma vez, olhando profundamente nos olhos dela - Eu posso parecer boba, mas eu não sou, e você não vai me desrespeitar aqui, não em minha casa!
Eu juro que estava tentando ser amigável. Eu sou uma pessoa doce, mas ela já tava começando a me deixar nos nervos.
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𝘽𝙀𝘼𝙐𝙏𝙄𝙁𝙐𝙇 𝙎𝘼𝘿𝙉𝙀𝙎𝙎 ᵇⁱˡˡⁱᵉ ᵉⁱˡⁱˢʰ
FanfictionBillie Eilish Pirate Baird O'connell, uma garota destemida de apenas 18 anos de idade, que não se importa com o que falam sobre ela e muito menos com o que pensam sobre ela. Caso alguém cruze seu caminho com más intenções, a sua má versão será revel...