Of Course I Accept.

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Scarlett on
Sexta-feira
New York.




Estou tão animada, depois de um mês no hospital finalmente vou receber alta e poder voltar para casa com Billie e Amélia. Tive algumas complicações durante a minha recuperação e por esse motivo meu tempo aqui se estendeu bastante.

Não consigo explicar o quão entediante é ficar deitada o dia todo, tomar milhares de remédios e fazer turbilhões de exames. Mas uma notícia boa é que não tive nenhuma fratura na coluna ou coisa até pior do que isso.

Os médicos daqui me apelidaram de "Blond Miracle", o que foi bem engraçado porque além deles me chamarem assim Billie começou a ter a mesma mania.

Devo dizer que enquanto ela ou Amélia estavam ao meu lado não era nada entediante. Principalmente quando Billie estava, sempre trazia algo para me intreter e me deixar feliz, até mesmo folhas e diversos lápis para desenho ela me trouxe quando eu disse que queria desenhar.

Obviamente prefiro mexer com tintas, mas o hospital não permitiu. Nem mesmo que eu pintasse um quadro pequeno, do tamanho da minha mão!

Além disso, ela também me comprou um urso de pelúcia novo já que o meu antigo se perdeu no meio dos acontecimentos, cobertores quentinhos e várias outras coisas para deixar o quarto em que eu estava mais alegre. Tudo que ela vem comprando ultimamente está sendo na cor azul, depois de eu ter dito que era minha nova cor predileta por causa de seus olhos.

O começo da minha recuperação não foi nada bom, senti dores a maior parte do tempo e até para respirar eu tinha dificuldade. Agora não, me sinto muito melhor e cem por cento na saúde, mas no psicológico nem irei revelar.

Custo ficar longe das duas, sempre que saem e demoram mais do que o esperado eu entro em pânico. Não estou de brincadeira, eu desenvolvi ataques de pânico.

Os pesadelos diários então nem se contam.

Billie também não estava muito bem mentalmente, ainda mais depois de seu pai ter se entregado à polícia para pagar algumas coisas erradas em que fez. Mesmo eu estando na merda tento a ajudar ao máximo que consigo e a fazer rir de coisas bobas que invento.

Ela está tendo consultas com uma psicóloga, que a ajudou bastante também. A mesma veio em umas três consultas particulares em meu quarto aqui no hospital, mas parou após eu não conseguir me abrir de forma alguma com ela.

Para muitas pessoas ter uma psicóloga é ótimo, mas comigo foi diferente. Quer dizer, eu gostei dela mas não consegui aceitar o fato de ter que contar meus traumas para uma estranha, uma mulher que nunca havia visto na minha vida. Isso me assusta.

Apenas consigo me abrir para Bills e Amélia, que agora é minha nova mãe. Sim, ela me adotou! Não é incrível isso?

Meu novo sobrenome é Lyndon, Scarlett Lyndon.

O fato de eu estar a chamando de "mamãe" agora a faz tão feliz que não consigo nem descrever.

Descobri que sou "famosa" com esse novo sobrenome, o caso que aconteceu com ambas de nossas família passou em diversos jornais durante dias e dias. Não sei se isso é bom ou ruim, mas minha mãe disse que a população certamente está do nosso lado.

– Voltei amor! - Bills diz ao entrar no quarto, segurando algumas coisas nas mãos - O trânsito hoje está péssimo, nem imagina o tanto que fiquei parada em apenas um lugar.

– Mais um dia normal em New York! - respondo rindo, observando as coisas que havia trago - Trouxe o quê?

– Roupas para você vestir, hoje vai ser um dia muito especial. - um sorriso alegre surge em seu rosto, mas expresso confusão - Sabe qual é a data de hoje?

𝘽𝙀𝘼𝙐𝙏𝙄𝙁𝙐𝙇 𝙎𝘼𝘿𝙉𝙀𝙎𝙎 ᵇⁱˡˡⁱᵉ ᵉⁱˡⁱˢʰOnde histórias criam vida. Descubra agora