Iniciado: 22/12/2022
Postado:29/02/2023
Uma garota acaba renascendo em um novo corpo e um novo mundo.
Ally uma garota em um relacionamento tóxico, sem forças mais para se afastar de tudo de ruim que aconteceu em sua vida.
" merda" Anna agora Ally...
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ʚ Não me tire pra doida, porquê eu posso levar o papel a sério. ɞ
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Ayla teve que pedir a um profissional para cerrar o anel de seu dedo, o impacto havia sido demais para a peça frágil, ela retirou suas pulseiras, e com cuidado removeu os brincos, sua orelha que havia sido arranhada, o médico já havia colocado um band-aid. E seu colar estava destruído.
No lugar de tudo, ela colocou uma pulseira correntinha que era fácil de tirar, um par de brincos, e dessa vez, sem anel.
Ayla não iria parar de se vestir igual uma burguesa, mas havia aprendido que teria momentos em que precisaria lutar para se defender, momentos esses que ela não teria tempo de tirar seu anel ou pulseiras caso estivesse usando. E nesses momentos era bom que ela aprendesse a não exagerar nos acessórios, para não acabar machucando a si mesma.
Então naquele momento vestindo uma calça moletom, uma regata e um moletom preto por cima, ela saiu do seu quarto. Amarrou seu cabelo num rabo de cavalo, e quando a porta de seu quarto se fechou podia se ver em cima da mesa, os acessórios dela.
- ela não quis levar nada. - Anna sorriu para as jóias.
- Ayla Sama vai aonde? - Daiana questionou chegando na sala.
- correr. - Ayla sorriu colocando seu tênis.
- Vai voltar pro almoço? - Daiana percebeu algo nas estrelinhas.
- Não se preocupa Dai. - sorriu e fechou a porta.
Ayla desceu pelas escadas e chegou no início do enorme prédio respirando pesado.
Talvez uns dois quilômetros para início seria bom? talves...Logo aumentaria.
Ayla correu.
No primeiro quilômetro seu pulmão implorava por tempo, mas ela apenas aumentou a velocidade. No segundo ela já não sentia suas pernas. No terceiro ela começou a pegar o ritmo. No quarto ela sorria de forma ameaçadora quase, em sua cabeça as imagens do retiro a impulsionava mais, mais, se suas pernas fossem mais forte poderia ter nocauteado Zeus com apenas um chute, se seus pés não tivessem acostumado ao conforto teriam sido mais ágeis e ela poderia ter tirado as correntes sozinha, se ela fosse mais rápida. Mais, mais.
O quarto e o quinto quilômetro passaram em um borrão, e quando ela parou seu moletom estava encharcado.
Ela comprou uma garrafinha de água e tomou todo o conteúdo rapidamente, sem se importar com decência enquanto o líquido caía pelo seu queixo e descia pelo pescoço. Ela até mesmo cedeu a tentação de virar o resto da garrafinha em sua cabeça molhando parcialmente seu cabelo.
Seu corpo tremia, mas era de animação. Ela sabia que no dia seguinte estaria dolorida, mas naquele momento a sensação de correr tanto sem parar, havia deixado uma sensação de realização.
