Ela estava perdida entre aquelas infinitas linhas de solidão, a linha que traçava seu próprio destino, aquele que seria cruel e obscuro, aquele que a levaria aos priores resultados o possível, aquele que a levou até ele.
Gojo Satoru, o homem mais s...
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❛ ⌗ 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐂𝐢𝐧𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐄 𝐎𝐢𝐭𝐨
𝚄𝚖 𝙼𝚎̂𝚜 𝙳𝚎𝚙𝚘𝚒𝚜 - 𝚃𝚘́𝚚𝚞𝚒𝚘
É estranho estar na cidade grande depois de semanas na praia.
Tóquio continua tão movimentada quanto a deixei, ainda com aquela mesma sensação do tempo que nunca passa, mas que sempre é curto demais, das pessoas que se desligam de uma as outras e de uma irrelevância natural as coisas ao seu redor.
Mas não foi a minha saudade pelas buzinas altas e espaços aglomerantes que me trouxeram de volta.
A verdade é que eu sabia que não poderia fugir para sempre daquilo que me aguardava aqui e que tudo em mim guardava essa angústia, fadada a uma ansiedade desgastante do que eu teria que lidar assim que voltasse.
Passei um mês longe de todos, de qualquer notícia de qualquer pessoa ou qualquer situação. Depois que Haru foi me visitar aquela noite, nunca mais entrei em contanto com ninguém e minha decisão de não ser procurada foi respeitada.
Mas apesar de ter ficado todo esse tempo distante de tudo, minha cabeça, meu coração e mesmo a minha alma estavam bem perto daquilo que me fez querer sumir.
De todas as razões que me desestabilizaram, me quebrando pedacinho a pedacinho, enquanto meus vestígios pulverizados se perdiam em minha melancolia.
Percebi então que não havia de fato vivido toda a minha dor sem ter que ter medo de passar por outro trauma.
Tive que passar pelo luto de Ren, sem ao menos ter absorvido de verdade o peso de o conhecer e de saber de sua existência, na mesma medida que sofria por não ter tido mais tempo com ele.
Ele se sacrificou para que eu tivesse mais tempo, mas esse tempo ao menos poderia ser gasto com ele. E o pouco que vivemos juntos, foi entorno de nossa própria tragédia enquanto nos banhávamos do mar de sangue ao nosso redor.
