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.❛ ⌗ 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐕𝐢𝐧𝐭𝐞 𝐄 𝐓𝐫𝐞̂𝐬 ❥𓏧
Eu matei uma pessoa.
Processo aquela informação por minutos afinco, não, por horas, longas e demoradas horas.
Desde que cheguei em minha casa continuo parada sobre o espelho do closet, sentada sobre a poltrona clara, encarando não só a mudança em meus olhos, como em toda minha alma.
Na verdade eu continuo a mesma. As mesmas pernas, os mesmos braços, os mesmos cabelos, a mesma pele, o mesmo rosto. Porém, tudo parece diferente.
Como se eu tivesse sido virada do avesso nas últimas horas.
O brilho roxeado de meus olhos me deixa em transe, neles eu vejo o reflexo da atrocidade que fui capaz de cometer.
Não consigo falar. Por instantes, penso que não conseguirei me mexer.
Talvez isso seja o que chamam de "estado de choque". Eu estava caindo em lágrimas quando Satoru me puxou para seu colo e me trouxe imediatamente para nossa cobertura.
Mas assim que pisei os pés no piso gélido, uma chavinha pareceu virar dentro de mim e foi quando pedi um tempo de silêncio sozinha para ele.
Subi até nosso quarto, me tranquei no closet e não sai há mais de duas horas.
É cruel com ele, eu sei. Acabei de aparecer depois de simplesmente sumir de sua vista, sem chances de ser encontrada.
Mas eu precisava disso. Precisava processar tudo.
Processar a morte.
Processar Ren.
Me processar.
Saber o que de repente há de errado comigo e o motivo de eu me senti tão incerta sobre tudo agora.
Eu o deixei sem respostas na sala de estar, simplesmente fugindo de seus braços e alongando meus passos o máximo que conseguia.
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𝐇𝐢𝐫𝐚𝐞𝐭𝐡, 𝑮𝒐𝒋𝒐 𝑺𝒂𝒕𝒐𝒓𝒖
RomantikEla estava perdida entre aquelas infinitas linhas de solidão, a linha que traçava seu próprio destino, aquele que seria cruel e obscuro, aquele que a levaria aos priores resultados o possível, aquele que a levou até ele. Gojo Satoru, o homem mais s...