Ela estava perdida entre aquelas infinitas linhas de solidão, a linha que traçava seu próprio destino, aquele que seria cruel e obscuro, aquele que a levaria aos priores resultados o possível, aquele que a levou até ele.
Gojo Satoru, o homem mais s...
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❛ ⌗ 𝐂𝐚𝐩𝐢́𝐭𝐮𝐥𝐨 𝐐𝐮𝐚𝐫𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐞 𝐐𝐮𝐚𝐭𝐫𝐨 ❥
Há um relapso de sua presença contra minha alma.
Vestígios do universo que se apagam somente para sentir a sua existência.
O toque gentil que acode meu corpo estilhaçado, o cheiro doce que cruelmente invade minhas narinas, o preço do céu sentenciado nas batidas quase mortas do meu coração, que se preza a bater mais rápido e ter mais forte apenas para abrir meus olhos por milésimos de segundos e ter o vislumbre breve de seu rosto.
Satoru.
Aquele que me faria pecar de baixo da mais sagrada promessa e que me arrancará cada suspiro secreto de amor.
Eu facilmente me atiraria sobre as portas do inferno apenas para ter o leve sabor dos seus lábios sobre os meus. Meu pequeno e precioso desejo secreto, tudo aquilo que reina em mim e que roubará os fragmentos do meu coração partido para si.
Eu havia finalmente morrido e estava delirando antes de chegar ao outro lado?
Ainda assim cada aspecto dessa loucura valeria se isso significasse ter o mero vislumbre de sua existência.
Satoru.
𝙳𝚘𝚒𝚜 𝙳𝚒𝚊𝚜 𝙳𝚎𝚙𝚘𝚒𝚜 - 𝚃𝚘́𝚚𝚞𝚒𝚘
Eu já não sinto mais nada.
Meus dedos, meus pés, minha cabeça ou qualquer pedaço do meu corpo.
Minha alma parece voltar aos poucos do beco em que foi jogado, minha consciência pescando seus vestígios de lucidez e trazendo a minha cabeça algum sentido.
Há uma miragem de tudo sob meu cérebro, um peso que me sufoca, me tira o ar e mesmo os meros relapsos de sanidade que me restam.
Mas aos poucos, como um riacho de goteiras, meus sentidos parecem me ser devolvidos.
Minha alma desperta, meu corpo volta a parecer real e minha cabeça finalmente se encaixa a algum tipo de nível consciente.
Eu não morri?
A pergunta me é respondida quando sou capaz de abrir meus olhos, minhas íris doloridas são aplacadas pelo teto branco, do ambiente que reconheço imediatamente como meu quarto. Um pesar estranho me toma, quase como um presságio.
Minha cabeça se enche de dúvidas, tudo em mim parece a ponto de transbordar, meu cérebro sofre para recapitular os últimos acontecimentos, mas a dor infernal de cabeça me desbota qualquer possibilidade vívida disso.
