CAPÍTULO 18 : UM COMEÇO

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Saio da tenda procurando esse "Assassino de Abanwor", mas não encontro nada, só monges por todo lado fazendo suas atividades.

Ando por entre as tendas a procura de Katan para ele me esclarecer isso. Esses monges bem que podiam ter me dito que eu ia me encontrar com um assassino louco, assim eu ia me preparar psicologicamente para isso.

Mas será que o que ele disse é verdade? Não, acho que não, mas como ele ia saber da Cinty, como ele sabe sobre o doutor e meu nome? Estou confuso, vou acabar louco!

Depois de passar por três tendas e perguntar a dois monges, acabo achando Katan falando com um outro monge.

-Com licença, posso falar com você?

-Claro.

Katan sorrir junta as mãos e abaixa a cabeça, o outro monge faz o mesmo e vai embora. Katan começa a andar do meu lado e eu faço o mesmo.

-Diga rapaz, qual é sua angústia?

Katan fala sorrindo.

-Por que me levaram até aquele assassino lunático?

Vejo o sorriso de Katan diminuir um pouco. Ele me leva até a tenda onde dormi e se senta em uma almofada que estava no chão, eu o sigo e faço o mesmo.

-Meu rapaz,  nós o levamos para você refletir seu futuro e esquecer seu passado.

-Como assim? Eu não posso esquecer o passado, mas também não posso refletir sobre uma coisa que ainda não aconteceu.

-Se você se guiar pelo seu passado, seu futuro será incerto. Estamos aqui só para fazê-lo refletir.

O quê! Ele quer que eu me esqueça de quanto eu já sofri! Quer que eu esqueça a Cinty! Quer que eu esqueça aquele maldito doutor!

-NÃO!

Grito sem pensar.

-Não quero esquecer, não vou me esquecer. Ela precisa de mim!

-Se acalme, não vou interferir em sua decisão, mas saiba que toda decisão tem sua reação.

Depois disso Katan se levanta e vai até a entrada da tenda, mas antes de ir ele fala:

-Não queremos o seu mal. Pense, sua decisão é importante.

Passo o resto do dia dentro da tenda andando de um lado para o outro pensando no que vou fazer.

Deito-me, me viro de um lado para o outro. Será que eu devo aceitar a proposta dele? Será que eu realmente tenho escolha? Sei que estou foragido, mas sei que ela precisa de ajuda, sei que precisa de mim! Meu Deus, nunca pedi nada e tenho até certa vergonha de pedir isso, mas me guie.

Sento na cama, passo a mão sobre meus cabelos. Tomará que eu esteja certo, e que Deus me proteja.

O dia amanhece numa aurora espetacular. Me levanto coloco minhas botas, pego meu casaco e caminho em direção a árvore que o assassino disse que ia estar. Procuro ele perto do tronco, mas acho que ele ainda não chegou. Até que escuto um assobio no alto da árvore de onde um vulto pula quase me atingindo na cabeça.

-Pensei que ia desistir, garoto.

Ele me olha com um sorriso desdenhoso.

-Bem velhote, parece que você vai ter um pouquinho mais de trabalho pela frente.

-Aí garoto, você perde o amigo, mas não perde a piada. Mas cuidado para não perder a cabeça.

-Serei cauteloso.

-Isso será um começo garoto, você ainda tem que chutar muita cobra para aprender.

-Será um desafio, e sabe vovô eu amo um desafio.

Sorrio abertamente.

ELE NÃO SABE COM QUEM BRINCA.

Assinado: Assassino de Abanwor.

Oiii gente!!! Desculpa a demora para postar, mas hoje está aqui esse capítulo fresquinho. Meus amores votem, cometem aceito tudo elogios críticas(críticas construtivas) tudo!
Amo vocês, e por favor não deixem de dar uma olhadinha no meu livro Meu Amor Bandido. Bjs da autora.

Arqueiro Fantasma:A IlusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora