Enquanto eu e Bartollo falavamos sobre a viagem que eu teria que fazer Katan estava calado e perdido em pensamentos distantes. Olho para ele e para Bartollo, e como se Bartollo entendesse meu olhar ele abaixa a cabeça e olha para o mapa em sua mão.
Vou até Katan e lhe dou um abraço sobre os ombros. Ele sorrir voltando a realidade.
-Por que o meu monge preferido está tão calado?
Pergunto carinhosamente para Katan enquanto ele sorrir com o que eu disse.
-Estou apenas meditando.
-Monges não podem mentir.
Falo brincando.
-Está bem, eu só estou preocupado.
-Preocupado com o quê? Se eu estou bem aqui para proteger todos vocês, ah, e não podemos esquecer o vovô Medici que está aqui também.
Olho para Bartollo que me lança um olhar ameaçador e brincalhão ao mesmo tempo.
-Me apeguei tanto a você, Hariel.
-Não se preocupe, eu sempre vou estar aqui.
-Nada é para sempre, Hariel.
Katan sorrir e sai.
-Não se preocupe garoto, ele vai ficar bem.
-É o que eu espero.
Bartollo larga o mapa em cima da mesa e me olha.
-Garoto, sabe o treinamento que tivemos sobre facas, armas e objetos de grande porte?
-Sim, você disse que eu tinha que aprender a usar todos eles e me fez passar três dias afiando facas, espadas e adgadas. Depois me fez descobrir qual era a munição de cada arma que você tem e ainda me fez passar mais dois dias tentando acertar um alvo.
-É você lembra bem.
Diz ele com um sorriso no rosto.
-Bom, todo assassino tem que ter sua arma...como posso me referir a isso.
Diz ele com uma expressão confusa.
-Preferida?
Digo.
-Não, é quase isso. É que eu nunca tive que explicar isso para ninguém.
Diz ele ainda procurando as palavras certas.
-Assim, cada assassino tem sua especialidade, tipo um objeto que só ele é bom. Eu por exemplo sou bom com facas de pequeno e grande porte, mas também uso as outras armas só que de segunda opção.
-Estou entendendo. É como se minha arma fosse parte de mim e eu dela, assim seríamos um só e somente eu saberia as técnicas para manusear ela.
-Isso. Toda a linhagem de assassinos teve sua especialidade. Agora é a hora de descobrir a sua.
-Eu sou bom com armas de fogo.
Digo animado.
-Não, você é lento com armas de fogo e tem dificuldade para manusear, mas não se preocupe eu vou ajudar você a não cometer mais erros.
Reviro meus olhos. Só porque eu gosto de atirar, o Medici não vai me deixar usar a arma de fogo como arma permanente.
-Mas eu vi sua habilidade com o arco assim que atirou a primeira flecha.
-Bom, eu realmente senti um desejo de ser a flecha quando atirei. Pensei em como seria se eu fosse mais rápido.
Falo sem medir minhas palavras.
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Arqueiro Fantasma:A Ilusão
FantasyEsta obra foi concluída. Sinopse: Você pode se iludir no começo de minha história, mas eu te garanto que não é, não foi e nunca vai ser uma história feliz de se contar, muito menos de se ouvir. Ela vai acontecer no ano de 2002, você pode achar antig...