CAPÍTULO 21 : IDIOTICE

142 19 1
                                    

Se o céu para mim seria um lugar bom, eu estaria com Cinty. Nada teria acontecido, e íamos viver na imensidão felizes, sem precisar se preocupar com nada nem ninguém. Mas eu disse SE, não que é.

Antes que eu puxe o gatilho uma faca voa na arma e a derruba no chão. Olho para o Medici irritado.

-Por que fez isso?

Pergunto olhando para ele que vem até mim rapidamente.

-Você está ficando maluco! QUER COMETER UMA IDIOTICE!

Ele me dá um tapa forte na cabeça me fazendo cair no chão. Ele tira a arma de perto de mim, senta num saco e fica me olhando.

-ESTOU!

Esbravejo para seu rosto.

-VOCÊ SABE POR QUANTAS COISAS EU JÁ PASSEI?!

-Não, eu não sei. Mas você sabe por quantas eu ja passei para estar vivo? Para ser quem eu sou? Não, você não sabe! Se eu já pensei em fazer o que você ia fazer? Sim, Hariel! Eu pensei! Mas não fiz, porque a minha vida valia mais do que a de uma simples garota! Valia mais do que ficar me lamentando por pessoas mortas!

Estou em choque. Sua confissão me faz ficar parado no tempo.

-Você sabe o que é ser desprezado pela própria puta que te botou no mundo Medici? Sabe o que é passar fome e ter que implorar para o cafetão que sustenta a puta que te colocou no mundo por um pouco de comida? Sabe o que é ser agredido só porque não deixou a cama lisinha? Sabe o que é ter que roubar para ter algo para vestir Medici?!

Paro ao ver sua expressão de terror. Acho que falei demais.

-E eu cheguei até aqui vivo.

Falo abrindo os braços, eu estou rindo e chorando ao mesmo tempo. Meu psicológico não aguenta mais.

-Não sabia disso, Hariel.

Ele se abaixa e coloca a mão no meu ombro.

-Sabe, você aguentou tudo isso sozinho até agora. Por que não aguentaria mais um pouco com a ajuda de um Abanwor?

Um meio sorriso se forma no meu rosto, e numa ação não pensada abraço Bartollo.

-Não costumo abraçar as pessoas que acabaram de me dar um tapa, e nem as que não fazem nada, então não se acostuma.

-Eu também não deixo que me abracem, então da próxima vez quebro seus dedos.

Meu sorriso se alarga.

-Não sei como nem por quê, mas parece que eu te conheço a décadas.

-Você ia ficar impressionado se soube-se o que eu sei.

Com isso nosso abraço se encerrou e nos levantamos do chão.

-Chega de papo, porque agora você vai aprender como um homem luta de verdade.

Saímos de dentro da tenda. Bartollo está com uma pequena bolsa que atravessa seu peitoral com a alça. Sinto algo gelado tocar minha pele e ergo minha cabeça para o céu, vejo pequenos flocos de neve caindo, mas em grande quantidade.

-Vai começar a nevar. Não seria melhor entramos?

-É garoto, você tem muito o que aprender.

Fico olhando para o Medici que nada faz além de enrolar uma corda.

-Os monges vão ajudar você. Garoto, você aprende rápido?

-Sim, uma vez...

-Certo. Eu só queria saber isso.

-Mas como vai ser nosso treinamento? Facas envenenadas? Ninjas? Pode madar, eu estou preparado.

Falo em posição de guarda com os punhos fechados. Bartollo levanta sua mão
direita que está com a corda e coloca o capuz na cabeça.

-Pra que isso?

-Pegue a corda da minha mão.

Tento olhar para o seu rosto, mas não consigo. Avanço para pegar a corda de sua mão, mas com um passo para trás Bartollo faz com que eu me desequilíbre e caía de cara no chão.

-É garoto, eu tinha razão, você ainda vai ter que aprender muito.

******************************

oi gente! Estou tão feliz! Chegamos na nossa primeira grande conquista! Chegamos a um K!!!! E tudo graças a vocês leitores que amo. Mas lembre-se: Votar e comentar para que mais pessoas conheçam essa história. E se poderem dar uma olhadinha no meu livro Meu Amor Bandido ficaria muito agradecida. Bjs da autora que ama vocês leitores:')

Arqueiro Fantasma:A IlusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora