CAPÍTULO 38: HOTEL SOBRE A MONTANHA

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Assim que a chuva parou mais, nós andamos para dentro da cidade e voltamos ao casebre. Pedi que ela procurasse água e roupas para vestir e ela disse que iria pegar as coisas dela no esconderijo.

Aproveitei e coloquei os meus pensamentos em prática enquanto ela estava ausente. Voltei ao local onde tinham me levado e entrei. Fiz uma ronda na escuridão para achar minhas coisas que eles tinham pegado. As achei sendo vigiadas por dois idiotas que jogavam cartas.

Vamos ver o que eu tenho. Faca e arma, ótimo. Olhei para o lado e vi uma escada perto de cordas presas ao teto.

Subo até as cordas e na hora certa jogo e atinjo um com a faca e antes que o outro gritasse pulei nele e quebrei o seu pescoço.

Peguei minhas coisas e voltei para o casebre, quando cheguei ela já estava me esperando.

-Onde estava?

-Fui pegar minhas coisas.

-Temos que ir, tive a sensação de estar sendo seguida.

-Então vamos.

Saímos do casebre e fomos para um beco onde estava um carro branco.

-É seu?

Pergunto.

-Sim.

-Não vamos usá-lo.

-An? Mas nós precisamos fugir.

-Sim, mas não nesse carro.

Saio do beco e avisto um carro preto. Quebro o vidro e arranco os fios do alarme que disparou.

-Você primeiro.

Digo abrindo a porta para ela que está boquiaberta. Ela entra e logo em seguida eu entro. Ligo o carro com uma ligação direta e acelero.

-Por que está dirigindo rápido?

Ela parece tensa, mas ela ainda não viu nada.

-Temos companhia.

Digo apontando para o retrovisor e ela ver o que eu estava vendo.

-E agora? O que vamos fazer?

Apesar de ter quase me matado com uma faca, uma arma, explosivo e golpes ela é apenas uma menina assustada. Acelero mais e eles fazem a mesma coisa.

-Não se preocupe, vou te mater segura.

Falo com a confiança que não tenho. Até que vejo pelo retrovisor eles pegarem armas.

-Se abaixa!

Seguro sua cabeça abaixada e eles começam a atirar. As balas quebram o vidro de trás e eu vejo uma curva e entro. Ela sai da cidade para uma floresta.

-Se mantenha abaixada e me obedessa.

-Sim.

Ela fala trêmula. Avisto o carro novamente e procuro uma rota de fuga, mas eu só vejo a estrada e as árvores.

-Tive uma idéia. Você confia em mim?

Ela olha para mim e mais tiros acertam o carro.

-Eu confio.

Acelero e peço para que ela se prepare. Pego uma arma e no momento em que eles estão recarregando atiro e eles ficam em pavorosa. Saltamos do carro e ele continua a trajetória. Ela cai por cima de mim mas logo se levanta.

-Vamos! Não temos muito tempo.

Seguro sua mão e corremos floresta adentro. Não paramos nem se quer para respirar. De longe ouvimos tiros e aceleramos os passos.

A noite estava sem estrelas, mas a lua brilhava cheia. Começamos a diminuir o passo e logo vi que ela não aguentaria andar muito. Avistei uma montanha e uma estrada.

-Você deve estar muito cansada.

-Estou.

-Vem.

Ergo ela nos braços e ando perto da estrada para pelo menos encontrar um posto de gasolina.

-Hariel?

-Sim.

-Você não está cansado?

-Estou, mas não muito.

-Mas por quê? Somos feitos das mesmas coisas.

Paro e penso um pouco sobre isso.

-Vai ver que é porque eu sou o primeiro...

Falo e quando levanto a cabeça vejo uma construção em cima de uma motanha.

-Olhe.

Quando ela ver a construção parece mais confusa do que eu. 

-O que é aquilo?

-Não sei, mas é melhor do que ficarmos aqui. 

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Quando já estamos bem perto a placa se fez mais visível.

-É um hotel?

Ela fala confusa. Bom não sou maior de idade, mas com essa carinha acho que convenso alguém. Ela sai dos meus braços e procura algo nos bolsos. 

-Tem algum dinheiro? 

-Não, tudo que eu tinha estava no carro com as minhas coisas. 

Respondo.

-Ainda bem que deixo quase tudo nos bolsos. 

Ela fala tirando um punhado de dinheiro dos bolsos.

-Nossa salvação. 

Entramos e o lugar agora parecia maior do que viamos por fora. Havia uma lareira grande e uma escada que dava para o outro andar, na recepção estavam algumas pessoas. 

-Espere aqui. Vou arranjar um quarto. 

-Certo.

Me aproximo da recepção e consigo um quarto, aproveito e pergunto por que construir um hot sobre uma motanha. A moça me respondeu que os casais tinham mais tranquilidade e que aqui a visão era espetacular. Agradeci e me direcionei a ela. 

-Vamos?

-Vamos. 





Arqueiro Fantasma:A IlusãoOnde histórias criam vida. Descubra agora