CAPÍTULO 2

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BERNARDO

Coloco um terno preto com camisa social e sapato italiano, gravata ñ uso pois odeio. Felipe tem algumas roupas aqui pois algumas vezes dorme comigo, ele assim como eu veste um terno pois também é empresário só que do ramo de refrigerantes.

Chegamos a cozinha e Cecília minha faz tudo ja pos o café na mesa.

_ Bom dia Ceci?

_ Bom dia Bernardo, bom dia Felipe.

_ Bom dia Cecília. Por isso eu gosto de dormir aqui. Olha o capricho dessa mesa de café da manhã?

_ Vou começar a cobrar sua estadia então.

Eles riem. Eu pego uma xícara de café com leite e um pedaço de bolo.

_ Não sei como consegue amanhecer o dia ja comendo esse tanto de coisa doce.

_ E eu não sei como você consegue tomar esse café amargo ainda mais pela manhã, eu prefiro começar o dia adoçando a minha vida.

_ O diabetes te acha.

_ Deixa de ser chato Felipe, me deixa.

Ele fica só no café amargo e intragável, eu tomo meu café com leite docinho com bolo de fubá, um pedaço de mamão e finalizo com um iorgute grego, Felipe como sempre fica me repreendendo e eu nem ligo. Faço horas de esteira e musculação exatamente pra poder comer o que quero.

Descemos juntos pra garagem mas ele segue no carro dele e eu sigo pra empresa no meu carro, sofri uma tentativa de sequestro a um ano atrás por isso agora ando carro blindado, o certo seria um segurança também, eu até tentei mas só aguentei algumas semanas, zero privacidade uma pessoa te seguindo pra cima e pra baixo, ñ dei conta.

Chegamos na garagem do prédio que é meu orgulho, meus funcionários ja estão a toda trabalhando. Entro no elevador privativo e desço em meu andar onde encontro Lucio meu secretário.

_ Bom dia Lucio.

_ Bom dia Bernardo, ja quer sua agenda do dia?

_ Sim e um suco bem gelado de laranja também.

_ Ja providencio.

_ Obrigado.

Entro em minha sala e ja ligo meu computador. O dia hoje até que é tranquilo e passa rápido, tenho algumas reuniões e os preparativos pra festa de lançamento da nossa linha nova de batons.

No final do dia vou a um barzinho com uns amigos, Felipe aparece por la mas eu nem o encorajo a vir pra casa comigo, pelo contrário o encoragei a ficar com um carinha que estava de olho nele, eu tive outras opções também mas realmente não estava a fim. Ja não bastava eu ter tido um pesadelo com a praga do meu ex ainda encontro um dos amigos dele no bar, ele frequentava bastante nossa casa quando estávamos casados, me cumprimentou e parecia querer estender a conversa e se não estou ficando louco ele até flertou comigo, devia ter dado bem gostoso pra ele, ele contaria pro amigo podre dele e pra mim seria uma ótima vingança, mas infelizmente tudo que me lembra a porra do meu ex marido me é repugnante.

Chego em minha cobertura e pego um vinho o tomando na varanda sozinho, essa solidão está me matando aos poucos mas não consigo trazer ninguém pra dentro desse vazio, tenho medo de ser traído novamente, não confio em ninguém. Apenas Felipe conseguiu se aproximar do muro que levantei em minha volta, mas passar por ele não. Luciano me destruiu pra qualquer relacionamento que não seja o trabalho, se o meu trabalho tivesse fracassado eu não estaria vivo, ele me deu forças pra continuar depois de ter sido traído pelo amor da minha vida.

Vou ao quarto e tomo banho, escovo os dentes e coloco um pijama de algodão que é calça azul claro e camisa branca, me deito debaixo das cobertas e suspiro, é bom ser rico e ter uma cama bem confortável pra descansar no final do dia. Ligo a televisão e escolho um filme, antes de decidir o que assistir ouço a campainha tocar e estranho.

_ Quem será a essa hora? Nem me ligaram da portaria.

Me levanto contrariado e vou a porta, olho pelo olho mágico e vejo Felipe. Que filho da puta! Ele está achando que é o que? Meu namorado? Abro a porta ja com a palavra vai embora na língua mas estaco ao ver o estado dele que está chorando e tremendo.

_ Que foi Felipe?

_ Desculpa.

Franzo o cenho sem entender e me assusto quando um cara sai do lado da porta me apontando uma arma e me empurrando pra dentro de casa junto com o Felipe, eu e Felipe levantamos as mãos em rendição.

_ Calma, calma cara.. leve o que quiser só não nos machuque..

_ Calma é o caralho eu quero saber onde é que está a grana.

_ Eu não tenho dinheiro aqui.

_ Não banca o esperto comigo não playboy, eu sei que tu é cheio da grana me passa o pix, da seu jeito.

_ A essa hora os pix são limitados a mil reais...

_ MIL REAIS É O CARALHO..

Ele me da uma coronhada no rosto e eu caio no chão, Felipe grita com o susto e ganha um empurrão que o faz cair também.

_ Eu.. eu.. tenho relógios de luxo, perfumes, jóias... você pode levar ...

_ Vou querer tudo playba, tudo que tu e o do refrigereco ali puder me dar..

O interfone toca e ele me manda atender e liberar a subida de seu comparsa. Eu fico em pânico, como farei pra me livrar disso?

 Eu fico em pânico, como farei pra me livrar disso?

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