CAPÍTULO 11

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LUCIANO

Não posso acreditar que tenho meu amor em meus braços, como sonhei com isso, como nosso beijo é gostoso, passo minhas mãos sobre seu corpo e quando chego na bunda ele geme mas me afasta com as mãos interrompendo nosso beijo, ele está lindo com os lábios inchados e vermelhos, está arfando assim como eu.

_ Que saudade.. eu ti amo Be..

Ele arregala os olhos e me afasta mais ainda.

_ Para Luciano... sai daqui..

_ Olha como a gente está. Uma bagunça, nós dois... não negue que também quer isso tanto quanto eu...

_ Eu estou vulnerável porra, estou sensível. Não se aproveite da minha situação.

_ O que?

Fico espantado com a desculpa esfarrapada dele mas resolvo não insistir, uma hora ou outra ele acaba cedendo de vez, vi que ele não é tão  imune a mim quanto quer parecer ser. Ele se afasta da parede e cambaleia parecendo que irá desmaiar, eu o seguro rapidamente.

_ Tudo bem?

_ Eu estou bem só estou com fome, aquela água com legumes não me sacia.

_ Precisa dizer isso ao se médico.

_ Não direi nada aquela criatura, só  estou com fome é isso, e farei exames se eu tiver alguma coisa descobriremos. Eu preciso terminar meu banho, saia por favor.

_ Eu te ajudo.

_ Não precisa, o mais difícil você ja fez que é lavar meus cabelos, eu posso me virar agora.

_ Eu disse que irei te ajudar,ainda mais agora que você parece fraco, e é melhor andarmos logo você tem exames pra fazer.

Ele não diz mais nada e eu pego o sabonete líquido muito cheiroso de sua linha e passo com as mãos no corpo dele, o ouço suspirar mas não falo nada pra não ser expulso do banheiro mas quando chego perto de sua virilha ele me empurra.

_ Acho que posso lavar minhas partes íntimas. Vire se de costas.

_ Bernardo..

_ Se vira ou sai daqui.

Ele diz sério então eu me viro não sem antes reparar em seu corpo totalmente em forma e que ele está tão duro quanto eu.

_ Não estou tão debilitado assim, posso tomar banho sozinho.

_ Não foi o que me pareceu a minutos atrás. Além do mais você mesmo pediu ajuda no banho.

_ Sim eu pedi, mas era pra você só ficar atento no caso de eu cair.

_ É o que eu estou fazendo.

_ Claro que é.

Ouço ele desligar o chuveiro e olho pra trás percebendo que ele terminou o banho. Pego a toalha dele a entrego e ele se enrola.

_ Posso ter privacidade agora pra colocar uma roupa?

Ele pergunta debochado.

_ Claro, até porque preciso me lavar também. Irei precisar de uma cueca sua emprestada, depois te devolvo.

Ele revira os olhos.

_ Intimidade é mesmo uma merda, não se pode dar a mão que ja quer o braço.

Ele passa por mim e eu entro no box ligando o chuveiro.

_ No caso você me deu a língua, agora eu quero o corpo todo.

Digo mas ele me xinga e sai brabo do banheiro levando sua roupa.

ADRIANO

Chego cedo no hospital e converso com os residentes que deixei cuidando dos meus pacientes, vendo que não tem nada urgente vou a cafeteria e tomo um café tranquilamente conversando com outros médicos, pergunto por Luciano mas eles não sabem me dizer onde ele está, eu faço uma idéia.

Quando estou saindo em direção aos elevadores o enfermeiro Leonardo me alcança com uma ficha na mão.

_ Doutor Adriano, bom dia.

_ Bom dia Léo, tudo bem?

_ Sim. Quero te falar sobre o seu paciente Bernardo Gilbertoni. Ele reclamou da comida, disse que não quer chá com bolacha e nem a sopa que o doutor prescreveu em sua dieta.

Suspiro cansado.

_ E o que ele quer? Uma feijoada pra morrer e me culpar?

_ Disse que quer comida, não especificou, inclusive disse que até paga.

Eu rio sem acreditar.

_ Deixa que eu converso com ele.

_ Por favor.

Pego sua ficha e sigo em direção ao seu quarto, chego bato duas vezes e entro me surpreendendo com o que vejo. Luciano e Bernardo ambos aparentemente recém saídos do banho. Bernardo sentado numa cadeira e Luciano penteando os cabelos dele. Encaro os dois, Luciano fica sem graça mas Bernardo simplesmente ignora minha presença, ele faz de conta que ninguém entrou no quarto.

_ Está bom Luciano.

Luciano entrega a escova de cabelo pra ele e ele se levanta guarda o pente numa bolsa e sobe na cama. Porque ele está com um pijama? Camisa branca com bolso e calça cinza. Perfeito! Melhor fingir que não vi, não estou a fim de discussão.

_ Bom dia.

_ Bom dia.

Só Luciano responde. Essa indiferença dele está me irritando mais do que quero admitir, Bernardo parece criança.

_ Bernardo vi que solicitou um café da manhã diferente do que o hospital oferece. Você está internado, isso quer dizer que você não pode comer o que bem entender.. vamos fazer seus exames e depois decido o que você pode ou não comer. Está bom assim?

_ Tomara que o resultado desses exames resultem em minha alta.

_ Vamos torcer que sim, irei pedir pro enfermeiro te preparar e te encontro na sala de exames.

Ele não diz nada mas Luciano se manifesta e eu o corto, estou bem puto.

_ Eu posso o prep....

_ Não Luciano, deixe o enfermeiro fazer o trabalho dele, você vem comigo por favor.

Luciano arregala os olhos me olhando e Bernardo pela primeira vez desde que descobriu quem eu sou me olha nos olhos. Depois olha pra Luciano e Luciano também o olha parecendo pedir desculpas.

_ Eu volto daqui a pouco ta?

_ Vai com ele Luciano, antes que ele precise ser atendido pelos claros  sintomas de dor de cotovelo.

O filho da puta é afrontoso.

_ Não é dor de cotovelo por mim vocês fazem o que quiserem desde que você esteja em plenas condições físicas pois sou seu médico e me preocupo.

Ele sa uma risada debochada.

_ Você preocupado comigo é o mesmo que o lobo mal querer o bem estar da vovózinha.

Eu iria responder a altura mas Luciano me pega pelo braço e me puxa pra fora do quarto. Eu pego meu bip e aviso Leonardo pra preparar o paciente engraçadinho.

APRENDER A PERDOAROnde histórias criam vida. Descubra agora