Bernardo e Luciano foram casados por três anos mas infelizmente o casamento deles acabou por causa de uma traição de luciano. Bernardo não conseguiu perdoar apesar de Luciano implorar.
Cada um seguiu seu caminho, Bernardo conseguiu realizar seu son...
Fernando nos leva pra casa e eu o aviso que irei sair mais tarde. Ele não diz nada mas suspira parecendo me reprovar, foda se. Ligo pra um amigo e o convido a ir numa boate que costumávamos ir, peço a ele que convide outros de nossos amigos também. Passo o restinho do meu domingo com Gabriel e perto do horário de Luciano o buscar eu dou banho nele e o deixo cheirosinho pois até onde eu sei Luciano ainda tem medo de dar banho nele.
Me despeço dele o enchendo de beijinhos e sem vontade nenhuma de deixa lo ir embaixo mas não tem jeito. Fernando desce com ele e eu vou tomar um banho, tomo um banho caprichado, não sei se terei coragem de ir pra cama com alguém mas preciso seguir minha vida, não sei quem era aquele homem que estava com Luciano e nem quero descobrir, mais uma decepção e eu desabo de vez.
Me visto todo de preto e ta ótimo, isso revela exatamente o meu humor, só sapato que calço um branco. Passo perfume, coloco relógio, cordão e pulseira, pego carteira, celular e saio do quarto, encontro Fernando na sala me esperando, ele também tomou banho e trocou de roupa, ele me olha de cima a baixo.
_ Aonde vamos senhor?
_ Numa boate.
Digo mandando a localização pra ele do meu celular. Saímos de casa e percebo Fernando me avaliando pelo retrovisor parecendo querer dizer alguma coisa mas não dou abertura, se ele não fosse tão bom profissional ja teria o demitido, olhar pra ele me faz lembrar aquele filho da puta.
Chegando na boate falo com o segurança e entramos direto sem pegar fila, vou a área vip e encontro alguns amigos que ja chegaram. Peço uma vodca e me sento com eles, Fernando fica num canto me olhando de longe.
_ E aí Be? Finalmente saiu da toca.
_ Saí e hoje quero beber até ficar inconciente.
_ Opa, então bora começar.
Bebi a dose de vodca que desce rasgando pela minha garganta e só peço mais uma, meu amigo Otávio me chama pra dançar e fomos pra pista, dançamos algumas músicas com outros amigos também, ficamos um tempão dançando e bebendo, quando fui no balcão pedir uma água pois estava me sentindo um pouco tonto Fernando se aproxima.
_ Senhor Bernardo, o senhor não comeu nada antes de sair de casa, melhor maneirar na bebida ou acabará passando mal.
_ Senhor Bernardo? Que porra é essa de senhor Be? Está de segurança agora?
_ Pois é, ele é segurança e não médico. Cuida da tua vida Fernando.
Falo e ao invés de pedir água como havia planejado peço uma vodca e a entorno de uma vez olhando pra ele que fica sério e balança a cabeça em negação.
_ Porra bicha, você é afrontosa.
Um dos meus amigos diz e todos dão risada. Eu sinto meu estômago embrulhar um pouco mas procuro disfarçar.
_ Bernardo? Porra nunca mais te vi, você sumiu.
Um cara que ja fiquei com ele uma vez se aproxima ja me abraçando e tentando me beijar, eu tento o afastar e ele tenta de novo.
_ Não quero..
Antes de eu terminar de falar Fernando ja o afasta pra longe.
_ Não ouviu ele dizer que não quer?
_ Qual é cara? Eu e ele nos conhecemos não é Bernardo?
_ Conheço mas não quero ficar com você.
Fernando olha pra ele novamente.
_ Você o ouviu.
O cara que não me recordo o nome se afasta proferindo insultos e eu saio me dirigindo ao banheiro, sei que Fernando está atrás de mim e nem olho pra trás. Entro no banheiro e quase não consigo chegar ao vaso sanitário pois vomito toda bebida que ingeri e quase deixo parte dos meus órgãos no vaso também. Minha cabeça começa a girar e doer bastante, fecho a tampa do vaso me sentando nele e encosto minha cabeça na parede. Que porra está acontecendo comigo? Fico um tempo senrado de olhos fechados e ouço pessoas entrarem e saírem do banheiro mas fico aguardando um pouco pra ver se pelo menos a tontura diminui pra eu conseguir me levantar. Um tempo depois batem na porta.
_ Senhor Bernardo? Tudo bem?
Só aí me lembro que Fernando ficou la fora me esperando.
_ Estou Fernando, só bebi um pouco demais ja saio.
_ Ok, estarei te aguardando na porta.
Ele sai e eu fecho os olhos, uns minutos depois me sinto melhor e me levanto. Vou até a pia lavo as mãos e molho nuca e rosto. Fernando tem razão, não comi nada depois que cheguei da praça com meu filho, as vezes me esqueço que tenho hipoglicemia, tenho um filho pra criar e não posso descuidar de minha saúde. Isso me faz lembrar do Luciano e sinto vontade de chorar, preferia mil vezes estar com ele no conforto de nossa casa cuidando de nosso filho. Que merda eu fiz da minha vida? O que será que eles estão fazendo agora?
Saio do banheiro e vejo Fernando de costas no fim do corredor meio alterado com o carinha que queria ficar comigo, passo por eles e não tenho certeza se ele me ve mas não olho pra trás só vou ao balcão e pago a minha comanda pra ir embora. Vejo meus amigos mais a frente uns dançando outros sentados bebendo e vou até eles e explico que estou indo embora mais cedo pois não estou me sentindo bem. Saio pra fora da boate e aquela rua me da nostalgia pois fica perto do lugar onde morei e passei os melhores e o pior momento de minha vida, olho pra trás e só ai reparo que Fernando não me acompanha, acho que não me viu passar. Resolvo ir sozinho a minha antiga casa, que pago alguém mensalmente pra mante la limpa e arejada, não tive coragem de me livrar dela.
Caminho pelas rua, sinto minha visão embaçar e estou meio tonto mas não paro, continuo a caminhar da maneira que consigo. Meu celular toca insistentemente mas ignoro, percebo algumas pessoas me olhando e devem estar presumindo que estou bêbado, até estou um pouco mas acho que joguei quase toda bebida que ingeri. Mesmo trôpego consigo chegar na casa e entrar no portão, pego a chave no bloco do muro e destranco a porta caindo sobre ela dentro de casa, só me lembro de me arrastar mais pra dentro e tudo em mim parece se desligar pois não sinto mais nada, antes de apagar ouço alguém chegar perto de mim mas sou incapaz de reconhecer quem é.
_ Puta que pariu Bernardo.
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