Momentos de Paixão

237 24 17
                                    

Narrador: Não se desgrudavam e continuaram naquele namoro por muito tempo. Toda vez que se separavam, uma puxava um outro beijo. Beijos molhados, ardentes que faziam os seus lábios avermelharem devido as puxadas com os dentes de ambas. Quando Malu enroscou suas mãos no pescoço de Daniela, essa arfou de desejo. Tinham os olhos escuros de desejo e paixão. Pararam na testa uma da outra. Se beijaram novamente e dessa vez, a jornalista a trouxe mais pra perto do seu corpo fazendo a outra estremecer. Daniela mantinha as duas mãos na cintura de Malu e essa, continuava passeando as suas pelo corpo da pequena, quando lhe perguntou:

- Você quer? - olhava fundo nos seus olhos.

Daniela apenas balançou a cabeça afirmando que sim.
Malu a beijou novamente, sentindo seu corpo tremer mais uma vez com suas carícias. Pegou na sua mão e a trouxe para seu quarto. Tirou a jaqueta e a camisa da outra, a deixando de sutiã. Sorriu satisfeita. Agora, não estavam afoitas. Tirou sua camisa do baby doll e desabotoou o sutiã preto da cantora. A trouxe pra perto e a abraçou delicadamente, encostando os seios de ambas. Suspiraram com a sensação que estavam sentindo.

- Eu senti tantas saudades de ti... - ia falando e acariciando seu pescoço, descendo pelo ombro - eu só quero te fazer feliz, Daniela. Volta pra mim, meu amor.

Daniela não lhe disse nada, apenas a abraçou mais uma vez e sentiu o cheiro da outra no cangote. Embarcaram em um novo beijo. Se despiram e se aconchegaram na cama. Se tocavam como se estivessem descobrindo o corpo uma da outra. Como se fossem duas virgens na sua primeira vez.
Malu sussurrava pelo nome da amada, mas Daniela ainda continuava em silêncio. Estava gostando de estar ali nos braços da jornalista, mas não conseguia verbalizar nada. Arfava com os toques da outra, quando essa lhe beijava o bico dos seios, as coxas, o abdômen... a boca sedenta de amor. Daniela lhe devolvia os carinhos em forma de beijos no ouvido, mordidas no ombro e apertões na bunda e nas costas. Quando não aguentaram mais as preliminares, penetraram uma à outra. Chegariam ao ápice juntas como tantas vezes fizeram, quando ainda eram namoradas ou casadas:

- Aiii, Dam - continuava a penetrando com carinho, mas firme, fazendo a mulher soltar sussurros abafados.

- Maluuuuu, Maaaalu - gozava nos dedos da outra, fazendo o mesmo movimento para que a outra chegasse lá também. Se retirou quando ouviu a jornalista gritar por seu nome e sentir seu corpo estremecer com o gozo.

Deitaram exaustas uma do lado da outra. Malu se virou e pôde ver Daniela pensativa:

- Se arrependeu? - perguntou acariciando-lhe o braço esquerdo.

- Não... - respondeu e fechou os olhos.

Era nítido que ainda se amavam, não podiam negar, mas algo faltava. Não tiveram tempo de refletirem mais sobre isso pq se beijaram novamente e iniciaram mais uma rodada de sexo. Dessa vez, se amaram com muito mais fogo e paixão. Ficando Daniela ora por cima, ora por baixo. Se esfregando uma na outra. Malu a acariciava com sua língua quente entre as pernas, nas costas, no pescoço, enquanto essa sentia suas costas serem arranhadas com força a cada investida de Daniela e os cabelos puxados como forma de demonstração de desejo.
Desde que se separaram, nenhuma das duas tiveram qualquer outro parceiro ou parceira. Então, estavam mais que sedentas a viver aquele momento.
Chegaram à exaustão e adormeceram nos braços uma da outra.
Daniela foi a primeira a despertar. Tinha total consciência do que havia feito com sua ex - mulher. Tirou o braço de Malu das suas costas, delicadamente para não acorda-la. Quando conseguiu se desvencilhar por completo, se levantou da cama silenciosamente. Olhou em volta e viu suas roupas no chão. Apanhou todas as peças e se vestiu. Depois que terminou, ficou observando a jornalista dormindo tranquilamente ali. O que era aquilo que estava fazendo? Fugindo? Então, pq consentiu ser amada pela outra? O que queria afinal para sua vida? Se agachou e sentiu o cheiro da outra passando o nariz sem muito encostar, no cabelo de Malu. Deixou uma lágrima cair e procurou um papel para lhe deixar um recado. Tomou coragem e escreveu:

Malu,
Tive que ir embora.. talvez seja melhor desse jeito. É melhor deixarmos como está. Há muitas coisas que precisaríamos acertar para tentarmos voltar, mas... eu não tenho forças no momento.
Fique bem. Feliz aniversário. Eu te amo. Ainda sim, eu te amo.

Partiu do apartamento da outra em direção à casa da sua irmã com a incerteza se tinha feito a coisa certa naquele momento.

O Pra Sempre, Sempre Acaba(?)Onde histórias criam vida. Descubra agora