As Chamas da Fênix「 REWRITED 」- Harry Potter Fanfic

【21】Livraria

𝐒𝐜𝐚𝐫𝐥𝐞𝐭𝐭 - 30 de Agosto (1992)

O meu segundo ano em Hogwarts estava prestes a começar e nada conseguia tirar a minha animação. Acordei tão cedo naquele dia que ainda nem era considerado manhã. Corri animada até a cabana de Hagrid, afinal ele me levaria até o Beco Diagonal para comprar meus materiais.

— Bom dia, Foguinho... - ele disse, enquanto preparava o café. - Parece estar bem energética esta manhã...

— Estou ótima, Hagrid! – falei, sorrindo. - Quero muito comprar logo meus materiais!

— Já estamos indo. Apenas tome um pouco de café para se sentir mais forte!

Ele me entregou uma xícara, que eu bebi em segundos. Assim que saímos, Hagrid disse que precisávamos passar na Travessa do Tranco, antes de irmos comprar meus materiais. Hagrid também disse que precisava comprar repelente para lesmas carnívoras.

— Eu vou rapidamente aquela lojinha ali. – ele disse, assim que chegamos. - Você precisa ficar parada. Aqui é muito perigoso, ouviu bem? Se vir alguém, não fale com ele e não olhe para ele...

— Entendido, capitão! – falei, levando minha mão à testa.

— Bom... Comporte-se!

E enfim, ele saiu. Fiquei alguns minutos lá, parada, apenas olhando a minha volta as pessoas estranhas que passavam de um lado para o outro. Estava de frente para uma loja esquisita, assim como todas as outras da Travessa do Tranco, quando de repente eu escutei um barulho muito alto vindo de dentro dela, que me chamou atenção.

Assim, eu olhei para os dois lados e entrei dentro da loja. Os objetos que haviam por toda parte eram todos esquisitos, combinando com a aparência terrivelmente nojenta do lugar. Então, caminhei em silêncio absoluto por aquela loja, procurando o que havia feito aquele estrondo. Até que, repentinamente, me deparei com um garoto caído no chão. E não levou nem um segundo para eu reconhecer aqueles óculos.

— Harry?! – perguntei.

— Scarlett? - ele se surpreendeu.

Eu corri até ele e o abracei, ainda no chão. Em seguida, ofereci ajuda para se levantar e percebi que a roupa de Harry estava imunda de cinzas. Comecei então a estapeá-lo, para tentar tirar a poeira – sem sucesso.

— Por que você está aqui? - ele perguntou.

— Eu que tenho que fazer essa pergunta! – foi quando percebi que ele havia caído de uma chaminé. - Ah, entendi... Primeira vez viajando com Pó de Flu, não é?

— É! - ele recolheu seus óculos quebrados do chão. - Devo ter dito algo errado.

— Sim! - eu dei risada. - Escutei o estrondo e vim até aqui verificar. Que lugar esquisito que você veio parar, hein...

Nós vagamos pela loja, olhando atentamente cada objeto estranho que lá tinha. Harry se aproximou de uma mão empalhada que estava em uma estante e começou a mexer nela.

— Não toca nisso! - eu o repreendi, dando um tapa no seu ombro.

Mas era tarde demais. A mão já havia conseguido agarrar a dele e Harry ficou preso. Eu tentei ajudá-lo a se soltar, mas ela era bem forte.

— Falei para não tocar!

De repente, escutei passos do lado de fora da loja, e quando me esgueirei para ver quem era, avistei um amontoado de cabelos loiros. Ah, que ótimo, pensei. No desespero, consegui ajudá-lo a se soltar, então agarrei rapidamente a mão de Harry e o arrastei comigo para nos escondermos.