【65】 Sinal no Céu

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𝐒𝐜𝐚𝐫𝐥𝐞𝐭𝐭 

Não conte à sua mãe que andou apostando... – implorou o Sr. Weasley a Fred e George, quando o jogo acabou.

Bulgária perdeu para Irlanda, e os gêmeos sapateavam de felicidade enquanto descíamos as arquibancadas até a barraca.

– Não se preocupe, papai – disse Fred feliz – Temos grandes planos para esse dinheiro, não queremos que ele seja confiscado.

Por um instante, pareceu que o Sr. Weasley ia perguntar que grandes planos eram aqueles, mas em seguida, pensando melhor, decidiu que não queria saber.

Harry e os Weasley vestiram os pijamas e subiram nos beliches. Do outro lado do acampamento ainda ouvíamos muita cantoria e uma batida que ecoava estranhamente.

– Ah, fico feliz de não estar de serviço... – murmurou o Sr. Weasley cheio de sono – Eu não iria gostar nem um pouco de ter que dizer aos irlandeses que eles precisam parar de comemorar.

Harry, que ocupava a cama superior do beliche de Rony, ficou olhando para o teto de lona da barraca, observando o brilho ocasional das lanternas dos leprechauns que sobrevoavam o acampamento. Deitei–me ao seu lado, sem ter o que fazer.

Não sei se cheguei mesmo a adormecer, só sei que de repente, ouvi o Sr. Weasley gritar.

– Levantem! Rony, Harry, Scarlett, vamos logo, levantem, é urgente!

– Que foi? – perguntou Harry, que se levantou num sobressalto.

Vagamente percebemos que alguma coisa não estava bem. O barulho no acampamento tinha mudado. A cantoria parara. Ouvíamos gritos e gente correndo.

Harry desceu do beliche e me estendeu a mão para descer também. Apanhamos as roupas, mas o Sr. Weasley, que vestira a jeans por cima do pijama, falou:

– Não temos tempo, meninos! Apanhem uma jaqueta e saiam, depressa!

Fizemos como ele havia mandado.

Na luz das poucas fogueiras que ainda ardiam, vimos gente correndo para a floresta, fugindo de alguma coisa que avançava pelo acampamento em nossa direção. Risadas e berros de bêbedos se aproximavam. E depois uma forte explosão de luz verde que iluminou a cena.

Um grupo compacto de bruxos, que se moviam ao mesmo tempo e apontavam as varinhas para o alto, vinha marchando pelo acampamento. Tinham as cabeças encapuzadas e os rostos mascarados.

– Harry... Precisamos sair daqui... Agora!

– Anda... – disse Fred, agarrando a mão de Ginny e começando a puxá–la para a floresta.

Nós os acompanhamos.

Todos olhamos para trás ao alcançarmos as árvores. Vimos os bruxos do Ministério tentando chegar aos bruxos encapuzados no centro, mas encontravam grande dificuldade.

As lanternas coloridas que antes iluminavam o caminho para o estádio tinham sido apagadas. Vultos escuros andavam perdidos entre as árvores; crianças choravam; ecoavam gritos ansiosos e vozes cheias de pânico por todo o lado no ar frio da noite.

Eu estava sendo empurrada para cá e para lá por pessoas cujos rostos não conseguia distinguir. Ouvi Rony dar um berro de dor.

– Que aconteceu? – perguntei ansiosa, parando tão abruptamente que Harry quase me deu um encontrão – Rony, onde é que você está? Ah, mas que burrice... Lumus!

Iluminei a varinha e apontou o fino feixe de luz para o caminho. Rony estava esparramado no chão.

– Tropecei numa raiz de árvore... – disse ele aborrecido, pondo–se de pé.

As Chamas da Fênix「 REWRITED 」-  Harry Potter FanficOnde histórias criam vida. Descubra agora