Clarie

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Dean passou a mão pela cama a procura do anjo e quando não o encontrou, se sentiu despertar, abrindo os olhos nublados pelo sono lentamente. Ele observou o quarto, poderia jurar que havia escutado a voz do moreno lhe chamando e não parecia ser somente um sonho. Sentou-se na cama sorrindo quando sus visão caiu sobre a filha ainda dormir esparramada em seu berço no outro canto do cômodo.

—- Cas? — Chamou, percebendo a luz do banheiro ligada e estranhou quando não teve respostas. — Baby? — Chamou novamente saindo da cama e caminhando até a suíte, a encontrando vazia.

O caçador ficou preocupado, no entanto, quando se virou e percebeu que Jack também não estava em seu berço, pensou que provavelmente o anjo tivesse levado o bebê desperto para a cozinha ou a sala. Mas algo dentro de seu peito dizia ter algo errado ali.

Tentou rezar para Castiel, mas também não fora respondido. O loiro andou até a escrivaninha pegando a arma que sempre deixa escondida por precaução, podia ser somente coisa de sua cabeça, contudo, ele não iria arriscar. Deixou a bebê dormindo e caminhou devagar pelo corredor.

— Cas? — Tentou mais uma vez. — Amor...?! — Quando chegou na cozinha, sua atenção sobre caiu na mamadeira e o leite espalhados pelo chão, o ursinho que Jack tanto amava estava caído perto da cadeirinha. — Castiel?! — Gritou, se virando para a sala escura e vazia, não havia ninguém ali, a luz ainda estava apagada como haviam deixado e o pânico já tomava conta de si.

Antes que pudesse gritar mais uma vez pelo namorado ou chamar mais alguém, o choro alto de Clarie chegou em seus ouvidos, fazendo-lhe correr até o quarto as presas para vê-la. Uma figura alta vestida de preto estava em frente ao berço da menina e parecia tentar pegá-la no colo enquanto ela se debatia agarrada ao cobertor.

Dean não pensou nem duas vezes, atirou descarregando o pente da pistola em direção daquela coisa, tomando cuidado para quê não acertasse a criança. O vulto gritou, se afastando e sumindo logo em seguida, ele correu até a filha largando a arma em qualquer lugar pelo quarto.

— Shi, shi. Está tudo bem princesa. — Sussurrou mais para si mesmo do que para a bebê, enquanto a pegava no colo grudando em seu peito na tentativa de acalmar ambos. A verdade é que ele ainda tremia de raiva e medo. — Já passou meu amor...

— Dean, o que aconteceu?! — Sam apareceu desesperado alguns segundos depois com uma arma em mãos, todos os outros estavam atrás deles preocupados e armados de algo.

— Nós ouvimos os tiros... — Bobby disse passando na frente e deixando a escopeta escorada no batente da porta, para que pudesse chegar até o Winchester mais velho. Dean estava em desespero, não fora difícil para ninguém ali perceber tal coisa enquanto as iris verdes pingavam de raiva.

— Vocês viram o Castiel? — Ele perguntou, lágrimas insistiam em encher o canto de seus olhos.

— Não, ele não estava com você? — Gabriel questionou, notando o outro berço vazio. — Cadê o Jack? — Olhou confuso para o caçador. Rowena se aproximou também do loiro, a bebê não chorava mais, mas tinha o mesmo olhos assustados do pai.

— Sente-se, querido. — Ela tocou seu ombro, lhe guiando até a cama. A ruiva estendeu o braço, pegando a bebê no colo e se sentando ao lado dele. O Winchester logo levou as mãos ao rosto, fechando os olhos, ainda descrente do que havia acontecido.

— Eu acordei, Cas não estava na cama, fui procurar por ele na cozinha... — Começou devagar. — O urso do Jack está caído no chão e tem leite derramado por tudo... — Ele respirou profundamente sentindo a pequena mão de Clarie puxando seu dedo para conseguir chamar sua atenção. Dean levantou a olhos para a filha antes de continuar. — Eu chamei várias vezes e ele não respondeu, tentei rezar, mas não adianta. Foi quando ouviu o choro e corri de volta para o quarto.

— O que você viu? — Sam perguntou, preocupado.

— Uma figura negra em cima de Clarie, parecia querer pegá-la, mas não conseguia, eu não sei... Eu só atirei e...

— Tudo bem, Dean. — A mais velha disse tentando o tranquilizar. — Temos que achar Castiel agora. Se ele estiver usando o colar que dei para vocês, eu consigo rastrea-lo. Sam me ajude, por favor. — Ela pediu, deixando a bebê com Bobby antes de sair correndo para seu quarto junto do Winchester mais novo para fazer mais um feitiço.

— Era para mim protegê-lo, proteger os três... — Ele se culpava e em sua mente, tinha a certeza de que nunca se perdoaria se acontecer algo com Castiel ou Jack. Sentia que falhara mais uma vez com quem mais amava.

— Não é sua culpa, Dean. Eu vou atrás de alguma informação e avisar Meg e Benny. — O arcanjo avisou, podia implicar com o loiro, contudo, sabia que o mesmo fazia de tudo por quem amava e já sacrificara muito de si para salvar o mundo. Nem seu irmão, nem Dean mereciam sofrer e, se dependesse dele, isso não iria acontecer.

Depois do brincalhão sumir, deixando os três sozinhos no quarto pouco iluminado graças aos abajures, o silêncio se instalou. A menina insistiu em voltar para o colo do pai, contudo o caçador mais novo parecia perdido demais para poder dar atenção a ela aquele momento. O Singer se sentou na poltrona, de frente para o loiro que considerava seu filho e vê-lo naquele estado acabava consigo também.

— Ei... — Chamou a atenção do mais novo, que finalmente o olhou, cansado, os olhos verdes inchados pelo choro. — Vamos achá-los, Dean ou eu não me chamo Bobby Singer. — Sorriu sincero, ganhando um leve sorriso triste como resposta.

Clarie balançou os bracinhos desesperada de pé enquanto o mais velho a segurava. Dean finalmente fixou seus olhos na menina, a pegando colo. Os pequenos dedos voaram para seu rosto, tocando sua bochecha e ele sentiu um arrepio percorrer seu corpo por inteiro. Imagens eram projetadas em sua mente, como flashes intensos enquanto os olhos da bebê brilhavam em azul-celeste.

A figura de Castiel aparecendo em cima do berço na visão de Jack, conversando e sorrindo para ele antes de pegá-lo no colo, pareceu para si. Seguida das mãozinhas do bebê brincando com o ursinho enquanto o anjo preparava alguma coisa no fogão. Jack se virou, encarando curioso algo a seu lado, onde um homem vestido de preto se aproximava dele, o pegando no colo, fazendo o bebê tentar gritar, mas sua boca fora tapada o impedindo enquanto a visão ficava escura aos poucos. Quando tudo vou a clarear, ele viu fogo pela visão de seu filho, escutando seu choro desesperado, e alguém se aproximando dele novamente...

— Dean?! Dean?! — Bobby o chamava desesperado, vendo os olhos verdes também brilharem iguais os da filha. Dean piscou algumas vezes, enxergando finalmente o velho caçador. — Dean?! O que aconteceu? — Perguntou, notando a bebê soltar as bochechas do mais novo, o abraçando e sendo retribuída.

— Lúcifer... — Ele virou, ofegante e confuso com tudo o que havia visto. — Lúcifer está com eles. — Disse encarrando o outro.

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One More Hunt - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora