O anjo de sobretudo ficou confuso sobre seus sentimentos, e tudo parece se explicar no meio de uma caçada que acaba dando errado (ou talvez não).
Essa é a primeira fanfic que escrevo e no momento ela está EM REVISÃO. Então peço desculpas pelos possí...
Castiel tinha certeza que nunca havia sentido tamanha dor. As vozes das pessoas ao seu redor pareciam distantes enquanto seus ouvidos zumbiam e atrapalhava sua concentração. A cada “pontada” sua cabeça latejava junto e escurecia sua visão. Com certa dificuldade percebera quando o arcanjo lhe teletransportou para o quarto, auxiliando-lhe para que deitasse na cama. O vento frio que bateu em seu peito mostrava que Gabriel havia tirado de si seu moletom quente, expondo a pele.
Rowena tentava falar consigo, mas seu cérebro cooperava para não entender realmente as palavras da mulher. Contudo, podia sentiu a presença de Dean segurando sua mão e proferindo palavras doces em seu ouvido.
A mulher até mesmo tentara expulsar o caçador mais cedo do comodo. Mas desistira após notar que o anjo respondia diretamente ao loiro e parecia se acalmar lentamente com a voz do mesmo. Algo que, em sua visão, seria útil naquele momento, pediu para Dean mante-se o foco em continuar a conversar com o menor, enquanto ela e Gabriel cuidariam do resto.
Castiel estar em uma casca masculina era exatamente o que tornava estar gravido um milagre, contudo também dificultava um parto. Rowena se certificara de escutar todas as escrituras que conhecia para que pudesse realizar a pequena cesária e, que graças aos poderes do arcanjo, não somente seria possível, como também não exigiria muito do moreno.
O anjo poderia afirmar com convicção que as horas que se estendiam oscilavam entre pura alegria, quando conseguia focar somente no Winchester e em agonia quando a dor, mesmo que controlada, voltava a lhe assombrar. Contudo, este fato perdeu sua total importância quando ouviu o primeiro choro baixo preenchendo o quarto. Com as iris azuis embaçadas pelas lagrimas, ele assistiu à ruiva entregar com calma o pequeno bebê para Gabriel.
O arcanjo balançou o mesmo, tentando acalmá-lo enquanto usava sua graça para limpá-lo e enrolá-lo em um cobertor azul antes de entregar a pequena criança para Dean com cuidado, para que pudesse auxiliar a bruxa. Sua atenção foi dividida entre olhar para seu namorado e observar Rowena segurar o segundo bebê que também chorava, refazendo o mesmo processo com o brincalhão, que depois deitou o mesmo em seu peito.
Com um pouco de dificuldade, Castiel levou a mão até o rosto da pequena bebê, que exibia seus traços misturados com os do caçador, sentindo a pele macia embaixo de seus dígitos. Seu corpo finalmente havia relaxando e o sono insistia em tentar vencê-lo enquanto sentia o poder de Gabriel curando o corte em sua barriga e acabando com qualquer resquício de sua dor. Rowena se aproximou dele, ajeitando alguns travesseiros para que pudesse ficar sentado mais confortável com o bebê em seu colo.
Lagrimas insistiam em cair de seus olhos enquanto observava os dois filhos, que ainda resmungavam em tom baixo, mexendo os pequenos dedos pelos cobertores.
Dean não estava diferente do menor. Pela primeira vez na vida perturbava que tinha, ele se sentia completo e puramente feliz, não havia nenhuma preocupação em mente, pouco se importava com o mundo exterior. Seu objetivo naquele momento era conseguir afastar as lagrimas que dificultavam sua visão dos três seres mais importantes de sua vida.
Ele deixou um beijo na testa do anjo, se abaixando para deixar outro na bochecha da pequena menininha enrolada em uma manta rosa no peito do mesmo. Castiel sorriu em sua direção e estendeu o braço livre para que pudesse tocar o menino em seus braços. O loiro logo entendeu, deitando com cuidado o bebe ao lado da irmã e observando o moreno os envolver em um pequeno abraço.
Rowena, Gabriel e Sam, assistindo felizes os quatro, antes de sair do local para que Castiel e Dean pudessem ter um tempo a sós com os gêmeos. A mulher ainda conseguiu um pouco da atenção do casal para dizer que o anjo necessitava dormir para conseguir recuperar suas forças e que eles estariam na sala caso precisassem de alguma coisa, os deixando após receber um agradecimento choroso do menor e do loiro.
O caçador não fazia a mínima ideia de quanto tempo eles haviam ficado bolha somente deles. Contudo, quando os olhos do menor pesaram de cansaço, ele pegou os filhos adormecidos com cuidado para que não acordassem, os colocando nos carrinhos ao seu lado e deixando que o namorado dormisse mais a vontade na cama, enquanto fazia um leve carinhos pelos fios escuros como a noite.
Era fácil sorrir ao observar os três, ainda chegou a conclusão que os gêmeos faziam a mesma expressão que Castiel enquanto dormiam, vez ou outra resmungando algo. A cena poderia encantar qualquer um que olhasse. O anjo havia mudado sua vida assim que tinha o tirado do Inferno, contudo, nunca pudera sonhar com o rumo que tomara e precisava agradecer ao moreno por cada traço de felicidade que ganhara. Eles eram uma família, finalmente.
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O anjo não se lembrava do momento em que pegou no sono profundo. Mas quando acordou horas depois, Rowena ajudava Dean a dar mamadeira para os bebês.
— Como se sente, baby? — O caçador perguntou se aproximando dele e se sentando ao seu lado na cama.
— Me sinto bem. — Sorriu deixando um selinho nos lábios do mesmo, não sentia mais aquele cansaço de antes e para sua felicidade não tivera nenhum pesadelo. Sua atenção se voltou para a bebê, sorrindo para a mesma que parecia tentar abrir os pequenos olhinhos enquanto mamava. — Posso? — Perguntou meio incerto, nunca tinha feito aquilo, mas queria aprender e sentir a filha mais perto. O maior a colocou em seus braços o mostrando como segurar a mamadeira.
— Cheguei família! — Gabriel disse baixo, apesar do entusiasmo em sua voz, entrando pela porta. Sam vinha logo atrás com uma bandeja cheia de comidas. Dean não havia saído do quarto e nem Castiel comera algo há horas, então o mais novo achou que seria uma ótima ideia preparar tudo o que podia para ambos, os mais gordurosos para o irmão e comidas saudáveis para o anjo. — Eu quero ver meus sobrinhos. — O arcanjo quase saltitou para perto da mais velha, que logo sorriu para ele, enquanto ainda balança o bebê que já havia terminado de se alimentar.
— Acho bom você tomar cuidado com meu filho, ou estouro seus miolos, gnomo! — Dean ameaçou observando o brincalhão pegar a criança do colo de Rowena, somente recebendo uma língua como resposta, fazendo todos os outros rirem da implicação dos dois.
Sam colocou a bandeja na escrivania se aproximando de Castiel, o abraçando com cuidado para que não machucasse a sobrinha, lhe parabenizando, antes de caminhar até onde o arcanjo estava sentado na poltrona brincando com o genro.
— Então, já escolheram os nomes? — O Winchester mais novo perguntou curioso fazendo carinho no rosto do pequeno menino.
Dean sorriu cúmplice para o anjo, que devolveu o mesmo olhar antes de responder à pergunta.
— Sam, Gaby, Rowena… Esta aqui é Clarie. — Olhou para a menina que resmungava algo em seu colo — E esse que você está segurando, é Jack.
