Você aceita?

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— Aonde estamos indo? — Castiel questionou curioso enquanto era guiado pelos corredores confusos do bunker.

— Você já vai descobrir... — O loiro entrou mais uma vez para a direita, parando em frente à única porta naquele corredor e virando para lhe encarar com um sorriso divertido nos lábios, dando-lhe espaço para que tivesse acesso ao cômodo logo em seguida. — Entra, baby. — Pediu, apontando para a porta de ferro.

O anjo estava confuso, o bunker poderia ser um desafio para si às vezes. Se sentia em um labirinto de diversas passagens, no entanto, em todo o seu período de gravidez, se não estivesse em seu quarto com o caçador ou na cozinha procurando algo para saciar os desejos dos gêmeos, ele ficara ali. O observatório era seu modo de poder contemplar o mundo lá fora sem que tivesse que sair e se colocar em risco. 

Quando Dean se desvencilhou de sua palma, ele se aproximou, sentindo a maçaneta fria em seus dígitos enquanto a girava e empurrava a porta devagar para trás, encarando o ambiente à frente. Seus pés lhe levaram a dar passos para dentro do cômodo sem que ao menos tivesse percebido que seu cérebro havia ditado tal ordem, já que sua atenção fora totalmente capturada pelos detalhes da sala tão conhecida por si e que estava tão diferente de como a tinha deixado dias atrás.

Pétalas vermelhas se encontravam cobrindo quase todo o piso escuro. Nos cantos, pequenas velas brancas formavam uma trilha que levava até o centro onde antes ficava o grande telescópio, bem embaixo do extenso vidral oval, mas que agora dava lugar para uma grande cama de casal com um buquê de rosas azuis em cima dos lençóis. Castiel encarou a mesa que ficava em um dos cantos e que antes passava seu tempo lendo algum livro para ocupar sua mente, a vendo repleta por suas comidas favoritas, mais velas espalhadas pela madeira e as taças junto da garrafa de vinho.

— Dean...! — Sua voz não saiu mais alta que um sussurro enquanto se via perdido em analisar cada novo detalhe que o observatório ganhara, sentindo seu coração errar algumas batidas seguidas no processo.

— Você gostou? — O caçador perguntou, fechando a porta atrás de si e caminhando até o menor. — Cas? — Chamou, estranhando o silêncio repentino do mesmo.

— Está lindo, Dean. — Disse finalmente, se virando lentamente para encarar os olhos esmeralda. — Mas eu não entendo, é alguma data especial? — Questionou quando se deu conta de que poderia ter se esquecido de algo importante. Ele não era bom com datas e as comemorações humanas eram um desafio a ser vencido para si mesmo ainda. — Rosas azuis, eu nunca as tinha visto... — Sua atenção foi vagamente levada para as flores, o azul-escuro como a noite das pétalas, o deixando intrigado.

Dean riu, negando em um leve manear de cabeça, percebendo que perdia a atenção do namorado para o buquê. Seu riso trouxe as iris cristalinas em confusão para si novamente, ele se afastou, andando até a mesa decorada e pegando as duas taças de vinho cheias com o líquido escuro, sendo acompanhado em cada movimento pelo olhar atento do moreno.

— Foi um favorzinho que eu cobrei do gnomo de jardim. — Deu de ombro divertido ao se lembrar de ter ameaçado o arcanjo de que contaria sobre o novo esconderijo de doces para Sam caso o cunhado não lhe ajudasse devidamente. — Hoje não é uma data especial, mas talvez possa ser... — Explicou, se voltando para o anjo e entregando uma das taças a ele.

Não pode segurar a vontade de selar seus lábios no do menor quando este deixou que a face tombasse para o lado em expectativa para entender quais eram seus objetivos com aquilo. Dean virou sua taça, bebendo em um gole todo o líquido alcoólico presente. Se fosse sincero consigo mesmo, poderia admitir que estava mais nervoso do que achara que estaria em algum momento da surpresa. 

One More Hunt - DestielOnde histórias criam vida. Descubra agora