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O médico me deu alta depois de fazer alguns exames, voltei pra casa no carro da Marina, Lucas não desgrudou de mim nem por um segundo.

-Quer agua?- Ele perguntou pela décima quinta vez em dois minutos.

-Não Lucas, obrigado.- fechei meus olhos respirando fundo pra não virar um soco na cara dele, diferente do filho, Félix e Marina deram espaço para mim, inclusive estavam na minha cozinha nesse momento.

-Mentira?- Ouvi a voz da marina seguida de uma risada estridente, Lucas sorriu se levantando indo até eles.

-O Carol, a praga do seu namorado não quer tomar água. - Ouvi um suspiro alto, como assim não quero? Ele me ofereceu esse negócio quinhentas vezes na última hora.

-Martin, para de dar trabalho pro menino.- Marina interviu vindo até mim.- bebe logo a agua.

-Eu já bebi! Depois vocês tem que me ajudar a ir no banheiro, ai todo mundo reclama né.- Felix sentou do meu lado fazendo carinho na minha cabeça.- olha ai Felix.- Ele deu uma risada abafada pegando o copo.

-Não precisa oferecer água toda hora Lucas, não a bexiga que aguente assim.- Concordei freneticamente com tudo o que ele dizia.- Martin para de balançar a cabeça.- Fiquei parado olhando ele.- Quer ir deitar? Já ta na hora.

-Quero, você vai dormir comigo ne? Caso aconteça de eu passar mal?- Ele olhou a Marina.

-Eu vou!- Ela sorriu cutucando minha costela, fechei os olhos sentindo um incomodo.

-Você não praga!- Me desviei do dedo dela.- Eu quero ele.- Apontei com a cabeça para o Felix.

-Ih, ta desprezando minha companhia?- Dei risada concordando.- Não vou ficar mesmo, tenho que ajudar a Natasha la em casa, a mulher ta ficando louca por causa do Bruno.

-Ainda não soltaram ele?- Perguntei curioso, ela negou beijando minha cabeça.

-Tchau guris, um beijo na bunda de todo mundo.- Ela deu tchau sorrindo, Lucas deitou no sofá segurando minha mão.

-Eu só vou dormir do teu lado caso você passe mal viu? Nada de ficar dando em cima de mim igual nos ultimos quatro dias.

- Não posso ter fetiche em enfermeiro sexy?- Lucas tossiu, fechei os olhos me lembrando dele, como eu sempre esqueço desse menino?

-Lucas já passou da hora né? Já são meia noite.- Lucas levantou abraçando o pai, depois deu um beijo na minha testa entrando pro quarto.- Você também, vamos dormir.

-Não...- Segurei a mão dele.- Senta aqui no meu colo rapidinho.- Felix suspirou cansado.- Ta com muito sono?

-To sim, eu ainda tenho que te dar banho Martin, por favor.- Me levantei com dificuldade, ele me ajudou a ir ao banheiro.

-Tira a roupa também, ai a gente toma banho juntos.- Felix suspirou, tirou a camiseta e depois a calça, sorri tirando minha roupa com cuidado.- Obrigado por cuidar de mim.

Ele me abraçou, se aconchegou no meu peito, escutei um choro baixinho, mas não ousei tirar ele dali, esperei até que ele tivesse vontade de sair do abraço.

-Eu to com medo de não dar conta.- A voz dele saiu chorosa, o apertei com mais força.- Cuidar de você, Ajudar o Lucas com o colégio, cuidar dele, fazer comida, lavar roupa, limpar duas casas, e ainda trabalhar. - Fechei meus olhos procurando por uma solução, eu não tinha notado que ele fez tantas funções em tão pouco tempo, fazia exatos três dias que eu tinha saído do hospital, em que momento tudo isso virou uma bola de neve em cima dele?

-A gente pode contratar uma diarista pra limpar as casas hm? Eu ajudo o Lucas com a escola.

-E com que dinheiro você vai contratar diarista? Meu salário mal da pra pagar as contas la de casa, você vai ficar afastado da masmorra.- Suspirei beijando a cabeça dele.

-Você sabe quanto eu cobro pelas sessões?- Ele negou.- Em média quinhentos reais cada, e isso tudo vai depender do que a pessoa quer e precisa, se quiser lubrificante camisinha diferentes e coisas especificas vai pagar mais caro, então eu tenho dinheiro guardado.- Passei a mão no rosto dele.- Não se preocupa Félix.

- Você tem certeza?- Ouvi a voz baixinha dele, concordei abrindo o chuveiro com cuidado.

-Vamos relaxar agora ta? Sem pensar no que vai vir amanhã, so nós dois, na água quentinha.

Entrei com ele debaixo do chuveiro, Felix me soltou do abraço me fazendo sentar na cadeira que colocaram ali, o médico pediu para que eu não ficasse muito em pé nas primeiras semanas, e eles levaram isso bem a sério.

-A gente ainda não pode lavar sua cabeça... mas acho que amanhã dá. - Ele fez carinho no meu rosto, Felix tem cuidado de mim tão bem, se preocupado com cada detalhe, pensado em tudo, e eu não retribui ele em nenhum momento.

Puxei ele para o meu colo, respirei fundo sentindo a agua cair em nós, como era bom ter ele por perto.

Ele esfregou meu corpo com cuidado, passava o sabonete com tanta delicadeza, como se eu fosse a coisa mais frágil do mundo.

-Me da um beijo?- Perguntei segurando a cintura dele, Félix deu um gemido baixinho, aproximou a cabeça da minha e me beijou, senti seu corpo se movendo em cima do meu, seu cheiro grudando no meu, sua boca grudada na minha, sua língua na minha, seus dedos no meu pescoço, os meus dedos na cintura dele, a água concretizando esse momento, tornando tudo mágico.

-Martin, eu não devia...

-Eu já estou bem Félix, não precisa se preocupar.- Passei a mão no rosto dele, Felix sorriu fraco me olhando. - A gente não precisa transar, só de ter seu corpo no meu já é suficiente. - Ele concordou passando a mão nos meus ombros, cada detalhe do corpo dele estava gravado na minha mente, a maneira como ele franze a testa quando está estressado, o jeito que morde os dedos quando está ansioso, a maneira como toca no próprio corpo quando está excitado, a maneira como se move enquanto dorme, eu gravei tudo na minha mente, cada detalhe, cada sorriso, cada palavrão.

-Por que você ta me olhando assim?- A voz dele saiu envergonhada, voltei pra realidade, encarei ele sorrindo.- Você não me respondeu...- Olhei ele confuso.- Quer que eu faça algo em você?

-Eu tenho uma ideia melhor, faz o que você gosta.- Apertei as coxas dele.- So de te ver eu já vou sentir prazer. - Felix corou concordando, senti ele começar a se mover em cima de mim, as coxas roçando nas minhas, seus peitos acompanhando o ritmo, ele segurou meu pescoço, me beijou calmamente, ainda roçava em mim com cuidado.

Os beijos foram ficando mais intensos entre os gemidos, seu corpo já se movia mais rápido, a agua caia quente nas costas dele, Felix. Estava revirando os olhos, o senti apertando meus braços, ele gemeu baixinho mordendo meu ombro.

-Eu vou gozar...- A voz dele saiu baixinha, sem perceber eu já estava sentindo tanto prazer quanto ele, meu corpo reagia aos estímulos dele, minha respiração já estava ofegante e minha buceta pingava, apertei a cintura dele com força sentindo meu corpo chegar ao êxtase, ele gemeu mordendo meu ombro com mais força.- Martin...- Ouvir ele gemendo meu nome enquanto gozava era prazeroso.

-Vamos terminar de tomar banho?- Perguntei sentindo minha buceta pulsar, ele concordou saindo do meu colo, o corpo meio trêmulo, a respiração ofegante.- Vai ter que lavar minhas pernas de novo.- Ele deu uma risada fraca concordando.

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Autor:  Não importa quanto tempo passe, eu simplesmente amo esses dois.

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Martin, não seja burroOnde histórias criam vida. Descubra agora