Meu avô ajeitou as coisas para que eu, Felix e Lucas ficassemos na casa dele, agradou meu namorado com docinhos e pães caseiros, e agradou Lucas colocando uma música em uma vitrola bizarramente antiga.
Quando dei por mim já estava na hora de almoçar, Felix se prontificou a ajudar meu avô.
—Isso, agora você corta.— Meu avô estava ensinando ele a fazer minha comida favorita.— Pronto, agora é só colocar na agua quente e esperar cozinhar.— Félix sorriu.
—Sempre que eu tentava fazer nhoque ficava estranho.— Félix disse rindo, encarei os dois, meu avô conseguia conquistar a todos com a simpatia dele, como é que minha mãe surgiu dele?
—Acontece bastante, as vezes falta farinha. — Meu avô se virou para mim.— Filho vai buscar um refrigerante ali no bar.— Me levantei, Lucas se levantou junto.— Tem dinheiro debaixo do vaso da orquídea.— Dei risada me lembrando que desde criança, sempre que eu precisava de dinheiro era só pegar embaixo do vaso de orquídea.
—Quer ir comigo Lucas?— perguntei caminhando para a sala, ele concordou correndo ate mim, peguei o dinheiro debaixo do vaso de orquídea, abri o portão, ele saiu animado, eu sai atrás.
—Martin, você pode deixar eu fumar?— Encarei ele. — Eu quero muito experimentar. — Dei risada andando, ele vinha atrás. — Por favor.
—Seu pai não deixa.— Ele suspirou andando do meu lado.— Mas se eu não souber, não vai ser culpa minha né?— Ele sorriu concordando.— Mais tarde eu deixo em cima da mesa, você pega lá e eu distraio o Félix, mas olha aqui...— Ele me encarou.— É um tapinha só.
—Você é o melhor.— Ele estendeu a mão, bati na mão dele entrando no bar.
—Bom dia.— Um senhor que lavava os copos me encarou.— O que precisa jovem?
—Uma coca cola.— Ele abriu o freezer pegando uma garrafa de vidro, meu Deus, quanto tempo eu não via isso.
—Só isso?— Olhei Lucas, ele encarava um doce.
—Quer algo Lucas?— Ele apontou pro doce, o homem pegou colocando no balcão. — Quanto deu?
—sete reais.— Fiquei em choque, desde quando tudo é tão barato? Acho que vou me mudar pra ca, paguei ele, Lucas pegou o doce animado, nós saimos do bar.
—Sua mãe é bem paia ne?— Lucas me olhou mordendo o doce, concordei segurando a garrafa.— Mas seu avô é incrível.
—Eu também não sei de quem a minha mãe puxou essa linda personalidade. — Ele deu risada, entrei na casa do meu avô, escutei uma conversa baixinha, entrei na sala vendo uma bolsa cor de rosa, que mal gosto do caralho.
—Pai eu já falei! Tem que beber esses dois!— Ouvi a voz da minha mãe, suspirei entrando na cozinha, ela me encarou, coloquei a coca em cima da mesa.— Ta querendo matar o seu avô? Ele é diabético não pode beber isso!
—Eu não posso mas eles podem!— Ele chamou atenção da minha mãe. — Eu vou beber o remédio, da aqui.— Ela apertou dois comprimidos da cartela na mão dele, ele pegou agua bebendo.
— A dona Vânia tá certa senhor Inácio, é importante tomar remédio pra pressão. — Felix disse vendo ele engolir.
—Você também menino?— Meu avô virou pra ele.
—É que ele é enfermeiro vô.— Eu falei tentando defender meu namorado.— Ele sempre vai controlar todos os remédios de todo mundo.— Felix me encarou, sorri beijando a bochecha dele, minha mãe nos encarou negando.
—O pai, eu já vou indo...
—Vai não, estou fazendo nhoque, é a sua comida favorita.— Os olhos da minha mãe brilharam, olhei Félix, desde quando nossa comida favorita é a mesma?— Se senta Vânia. — Ela obedeceu.— Felix você pode fazer o molho? Minhas pernas estão doendo.— Meu avô se sentou, Félix concordou indo para o fogão.
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Martin, não seja burro
RomanceDepois de investimentos em uma empresa falida e uma péssima visão de futuro, Martin se ve obrigado a abrir seus fetiches para o mundo e os explorar em troca de dinheiro, o que antes era um simples hobby passa a torná-lo Sr. Martin em tempo integral...