Martin, não seja burro

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Felix bebeu tantos drinks que em algum momento eu perdi a conta.

—Meu Martin. — Ele beijou minha boca apertando minha bunda, Marina sorriu voltando para o palco, tentava ver o que estava acontecendo lá mas ele não parava quieto.— Vamos subir, come minha buceta...— A voz dele no meu ouvido baixinha.

—Chega de beber.— Tomei o copo da mão dele, Felix puxou a guia do meu pescoço. — Chega Felix.— Soltei a mão dele da guia.— Presta atenção na porra da apresentação.

—Eu quero dar pra você...— Ele beijou meu pescoço, respirei fundo bebendo o liquido do copo dele, eu não consigo acreditar que deixei ele beber tanto.

—Felix... por favor. — Ele se virou de costas, apoiou a bunda nas minhas coxas, passou minhas mãos pela cintura dele, voltei a olhar o palco, Marina e Bruno dividiam um submisso.

—Oi Martin!— Vi Benicio, a farda de policial toda cortada deixando o corpo todo de fora.

—Oi meu bem.— Tentei me aproximar, Félix puxou a guia com força.— Ai Félix...

—Você ta de sub hoje?— Ele se apoiou no balcão sorrindo, eu neguei tentando soltar a mão da criatura da guia.— Contei pro meu namorado... ele terminou comigo, acontece ne...

—Tu devia tomar cuidado cara.— Me virei pra ele, Felix apertou minha cintura, o ignorei.— HIV não e brincadeira.

—Eu sei.— Ele me abraçou, felix puxou a guia com força, senti meu pescoço sendo enforcado. — Obrigado por tudo carinha.

—Eu que agradeço Benicio.— Felix se enfiou entre nós dois, O rosto serio.

—Martin, dá atenção pra mim.— A voz dele saiu arrastada, algumas lágrimas escorriam pelo rosto dele.

—Benicio, depois a gente conversa mais...— Ele sorriu saindo de perto, abracei Felix. — Amor... por que você bebeu tanto?

—Por que você não quer me comer?— Respirei fundo, poucas foram as vezes que ele conseguiu me estressar igual agora.

—Felix chega.— Segurei os braços dele.— Vamos embora.— Ele negou deitando a cabeça no meu peito, ele enfiou a mão na minha calça.— Félix...— Tentei me afastar, senti os dedos dele tentando me penetrar.— Felix tira...

Ele enfiou os dedos dentro de mim, empurrei ele, Felix tropeçou caindo, respirei fundo tentando segurar a mão dele.

—Vai se fuder.— Ele soltou a guia, se levantou saindo de perto de mim, o perdi no meio do pessoal, procurei ele com os olhos, mas era impossivel acha-lo no meio das pessoas.

—Cade o Félix?— Natasha perguntou encostando a mão no meu rosto.— Por que você tá chorando Martin?— Abaixei minha cabeça, eu não percebi que estava chorando, sentir Felix enfiando os dedos em mim sem minha permissão foi horrível, eu me senti violado.

—Nada... ah... pode achar Felix pra mim? Eu vou subir. — Ela concordou limpando as lágrimas que desciam no meu rosto, subi as escadas correndo, entrei na sala fechando a porta.

Me sentei chorando, meu coração batia rápido,  por que isso me afetou tanto?

escutei uma batida fraca, Felix entrou, ele me olhou e se sentou do outro lado da sala, as mãos sangravam um pouco.

—Porque tu ta chorando? Foi você que me empurrou.— A voz dele saiu raivosa.

—Você enfiou seus dedos em mim sem a minha permissão. — A minha voz saiu falhada, me sentia um idiota falando aquilo, Felix abaixou a cabeça, parecia raciocinar.

—Ah... Desculpa, eu achei que a gente tava no clima...— Ele se aproximou, me desviei um pouco chorando.— Martin... eu...— Ele segurou meu rosto, os dedos dele estavam sujos de sangue.— Eu...