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— Ahh Félix chega...— empurrei ele, meu coração batia tão acelerado, eu mal conseguia respirar. — Três orgasmos um seguido do outro já são o suficente. — Felix parou, me encarou, a cara toda melada, dei um gemido sentindo meu clitóris pulsando, aquela praga acabou comigo.— Me deixa trabalhar Felix.

—Número quatro é par.— Escutei o Henrique falando, os coitados dos submissos dele estavam sendo torturados a quase uma hora em cima de um palco com uma plateia predominante de dominadores mals.

—Hm...— Felix se levantou, passou a língua na própria boca.— Você tem um gosto muito bom sabia?— Senti meu rosto queimar, empurrei ele pegando os copos.

—Aproveita que tá aqui e lava esses copos.—Entreguei vários copos na mão dele.

—Voltei!— Rui apareceu no balcão, deu um sorriso, entrou no bar ajeitando a roupa.— Vai descansar Martin, deu a hora do seu descanso.— Olhei o relógio, Felix sorriu.

—Nem começa Félix, a gente não vai transar.— Ele suspirou pegando uma garrafa.— O que...— Ele abriu a tampa e bebeu no gargalo mesmo, suspirei arrancando a garrafa da mão dele.— TA MALUCO PORRA?

—Porra martin!— Ele me empurrou, Rui encarava nós dois, vi algumas pessoas nos olharem, suspirei deixando a garrafa de lado, puxei Félix pelo clube até chegar na minha antiga sala, abri em silêncio, empurrei ele pra dentro.— O que foi em? Eu não posso beber?

—Pode... mas não no meu trabalho Félix.— Ele suspirou se apoiando na mesa.— O que você tá fazendo aqui?

—Eu vim te ver.— Ele revirou os olhos, olhei o relógio no meu pulso, faltavam três horas pra eu ir embora.

—O que aconteceu entre você e o Lucas?— Felix suspirou deitando a cabeça na mesa.

—O Lucas começou com essa merda de adolescente de querer ir em todos os lugares o tempo todo, me pediu um ingresso pra um festa que custava quase trezentos reais, e só pode maior de idade.— ele me encarou apertando as mãos na cabeça.

—Ué... como ele ia entrar na festa?— Felix me olhou, suspirou negando.

—O Lucas arrumou um Rg falso, esse foi o motivo da nossa briga... aquele merdinha é enorme, tem corpo de menino mais velho, e agora ainda ta começando a ter barba... ele parece um cara de dezoito.— Felix suspirou, me aproximei dele o abraçando.— Ai Martin, eu não sei mais o que fazer... ele tá impossível.

—Ele tá sendo adolescente Felix.— Segurei o rosto.— Ele tá sendo inconsequente, somos nós dois os adultos que precisam segurar ele quando estiver perto de cair.— Ele apoiou o rosto no meu peito, suspirou.— Eu vou conversar com ele, pode ser?— Meu namorado concordou limpando uma lágrima que insistia em escorrer.— Você tá afim de ir embora?

—Não... eu não tenho o que fazer em casa.— sorri fazendo carinho no cabelo dele.

—Acho que o clube vai fechar mais cedo, pelo que o Bruno tava me falando eles estão querendo reduzir o horário, pra ficar aberto até as duas.— Felix deitou a cabeça no meu peito, ficou em silêncio. —O que foi hm?

—Martin, eu sou um bom pai?— Ele me olhou, fiquei surpreso com a pergunta.

—Claro Félix, você sabe os momentos de abrir a mão para o Lucas e os momentos de cortar as asinhas dele.— Félix suspirou concordando, beijei a testa dele.— Quer ficar aqui?

—Eu quero que você me coma.— Dei risada empurrando ele.

—Não to afim hoje...— Falei baixo, ele suspirou concordando, se deitou na mesa, fechou os olhos.— Tá cansado?

Martin, não seja burroOnde histórias criam vida. Descubra agora