C.A.P.Í.T.U.L.O XLVIII

332 43 15
                                    


 C

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

C.A.P.Í.T.U.L.O XLVIII

"Fogo e sangue II"


O tributar da lareira tinha a atenção de Aerys, ao qual limpava sangue de suas botas com calma, pensando em seus próximos movimentos, após acabar com alguns invasores que adentraram seu caminho. Ele se perguntava se os verdes realmente achavam que eles eram algo fácil de se vencer.

Se sim, eram tolos.

Subestimar seu oponente pode o levar a morte, Aerys aprendeu isso na guerra, muitas vezes, não havia tempo para isso, considerava-se todo o inimigo perigoso, jovem ou velho, homem ou mulher, não importava, se estivesse contra ele, conheceria a ponta de sua espada. Essa era sua regra, seu lema pessoal.

Elizabeth gostava dele, ela costumava dizer que havia honra em considerar todos os seus inimigos como iguais, não os diferenciando se fossem homens ou mulheres, porque todos podiam matar, bastava ter a oportunidade. Suas mãos fecharam-se em punho, a dor corroendo seu sangue, enquanto jogava o pano ao fogo, o vendo queimar.

Ele não se importava com o sangue nas botas realmente, apenas estava deixando sua mente divagar mais daquela forma, porém ele sempre acabava lembrando de sua esposa. Ela não merecia morrer, porém nada ele podia fazer para mudar o passado, tudo que ele tinha que fazer agora, era lutar por seus filhos e sua única neta viva.

Rhaena era uma garota inteligente e gentil, sua morte fora cruel demais, ter seu cadáver maculado pelas mãos de Aemond, atrás de um olho, fazia seu sangue ferver, o rugido de Argus podia ser ouvido fora da pequena fortaleza que servia como uma base intermediária para o exército, pertencente a casa Blackwood, ao qual havia declarado claro apoio a Rhaenyra.

Barcos estavam atracados no porto, Argus estava sobrevoando e parando algumas vezes ao redor do local, observando tudo. Aerys levou as mãos aos seus cabelos e os bagunçou, cansado de tudo aquilo.

Sua família estava bem, até não estar mais, e tudo era culpa da fraqueza de seu irmão, a raiva borbulhava em seu coração, mais contida em relação àquele tema, ele realmente não desejava odiar Viserys, mas a parte sua que gritava de fúria ao lembrar que o amor da sua vida estava morta, além da morte de sua neta, sobrinhas e de seu cunhado, um dos seus amigos mais próximos, devido às escolhas egoístas de Viserys, que não pensou no reino no final, e sim no que havia de bom em transar com uma mulher que tinha a idade de sua filha.

Ele ainda era seu irmão e lutou por Rhaenyra como pode, mesmo com seus muitos erros. Ele queria odiar, queria perdoar.

Aerys queria vingança, sua sede de sangue não se saciaria facilmente.

Suspirando, o homem ergueu-se da cadeira, caminhando em direção a onde estava encostada sua espada, colocando a mesma novamente no cinto e escolhendo sair do local, observou seus homens limpando suas armas, alguns deles estavam conversando e outros apenas esperando, soldados de Alevor não eram famosos por sua misericórdia aqueles que machucavam alguém de suas terras.

Dark Wings | Jacaerys VelaryonOnde histórias criam vida. Descubra agora