"Os deuses imploram por misericórdia, vossa alteza - murmurou o homem, ajoelhado perante o rei. - Seu irmão é a própria encarnação do caos nesta terra, e os sete reinos serão testemunhas da marca deixada por aqueles que carregam o sangue dele. - Pro...
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C.A.P.Í.T.U.L.O. XXVI
"Toda ação tem uma consequência"
Elizabeth estava furiosa, para dizer o mínimo, era de madrugada, a noite se estendia por completo do lado de fora da fortaleza vermelha, era última noite dela e de sua família ali, antes de ir de barco até Dragonstone e de lá para Alevor. Deveria ser uma noite calma, era para ser uma noite calma, até sua filha de 15 anos aparecer na porta do quarto onde a lady de Alevor estava ficando com o marido, sendo trazida por um Lucerys indignado e quase bufando de raiva.
"Ela deu um tapa na Aemma, tia Liz."
Foi tudo que ela precisou ouvir, seguido de olhar para a bochecha avermelhada de Aemma e pela marca de um pequeno corte na bochecha, fruto dos possíveis anéis que ela estivesse usando. Elizabeth lembra de Aerys segurar o rosto de Aemma entre as mãos, enquanto a filha explicava que teve um desentendimento com a rainha no corredor, mas que ela estava bem, o tapa não havia a machucado.
Aemma não sabia que tinha um corte no rosto, ela não tinha sentido nada com aquilo. Mas seus pais haviam, quando eles pediram para ela ficar no quarto, Aemma protestou e como bons pais, que conheciam a capacidade dela de fugir, eles chamaram Darius e Adeline, ambos ficaram chocados com a audácia da rainha – Adeline não se surpreendeu, pelo ataque.
"Ela disse que, mesmo me amando, eu preciso ser consertada."
Elizabeth ficou mais furiosa com aquilo, as palavras, mesmo que apenas uma frase curta do que Alicent realmente falou para Adeline – e também a deu um tapa – a deixou ao ponto de realmente matar alguém e com a calma que ela não sabia de onde havia retirado, ela saiu do quarto com Aerys atrás de si, no meio do caminho eles encontraram Daemon, que havia sido notificado por Lucerys após deixar Aemma com os pais.
Rhaenyra havia ficado para segurar Jacaerys de cometer assassinato – segundo o próprio Daemon, o garoto estava irradiando raiva em direção ao nome da rainha, apesar das duvidas de Elizabeth sobre a veracidade dos acontecimento, principalmente com o sorriso enervante de Daemon, mas ela sabia que Jace deveria estar ao ponto de causar uma confusão. Uma pena, que isso seria causado pelos adultos e não pelos jovens.
Isso os levava para aquele exato momento, onde Elizabeth caminhava a passos firmes para a sala do conselho, Aerys e Daemon estavam logo atrás da lady de Alevor, ambos trocaram apenas uma dúzia de palavras, antes de seguirem a mulher. Aerys, que a conhecia melhor que ninguém, sabia que sua esposa estava ao ponto de queimar aquela fortaleza inteira e ela não precisava cuspir fogo para isso.
— Lady Stark, você não pode entrar agora. — Um cavaleiro verde, Elizabeth percebeu, a parou diante das portas do conselho, ela os encarou com indiferença.
— Ou vocês saem da minha frente por bem, ou suas cabeças vão estar enfeitando os muros da minha fortaleza, descida. — Não havia margem para dúvida em sua voz e os cavaleiros a olharam, havia algo na voz de uma mulher mais baixa que eles, que não portava uma espada e que, mesmo com os homens claramente perigosos para eles, atrás dela, ela não os usou, ela era suficiente para os fazer recuar.
