"Os deuses imploram por misericórdia, vossa alteza - murmurou o homem, ajoelhado perante o rei. - Seu irmão é a própria encarnação do caos nesta terra, e os sete reinos serão testemunhas da marca deixada por aqueles que carregam o sangue dele. - Pro...
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C.A.P.Í.T.U.L.O. XXVII
92 d.C.
"Idiota pomposo"
Aerys Targaryen nunca fora muito fã de ser o centro das atenções, mas as coisas haviam piorado consideravelmente para ele, assim que seu pai foi nomeado o herdeiro do rei, acima de sua prima Rhaenys, a única filha de seu falecido tio Aemon. Seria eufemismo dizer que Aerys não ficou irritado, todos na grande fortaleza vermelha ainda se lembravam dos gritos ensurdecedores do jovem príncipe brigando com o pai, reclamando do claro desrespeito contra a verdadeira herdeira.
Sua avó o apoiou, milagrosamente ele diria.
Seus irmãos ficaram divididos, Viserys ficou desapontado e Daemon não se importou muito, além de seu avô, que não o queria ver.
Rhaenys o agradeceu por lutar por seu direito, mesmo que tenha sido usurpado e sua tia Jocelyn, lhe mandou uma carta lhe informando que apreciava sua honestidade e honra. Ele não se importou muito com a honra realmente, ele apenas acreditava que independente do sexo, era direito de sua prima sentar-se no trono de ferro. Mas o mundo não era justo e Aerys aprendeu aquilo muito bem a alguns anos.
Quando sua mãe morreu, por culpa de seu pai – Daemon e ele não falavam do assunto, Viserys não entendia a raiva contida de seus irmãos sobre a morte da mãe e Baelon, o pai deles, aceitou a raiva do filho mais novo e a indiferença de Daemon.
A compacidade de seu pai, às vezes irritava Aerys e isso o levou até ali, com um capuz cobrindo seu cabelo, ele caminhava como um plebeu entre o povo de King's Landing, no dia em que a fortaleza vermelha receberia hóspedes novos – lordes de terras distantes, que traziam seus filhos para conhecer o rei. Não importava a Aerys de todas as formas, ele fugia deles, como fugia de sua avó e as ideias de casamento para ele.
Tinha só 13 anos, ele não estava a fim de se casar, pensava em fugir e se tornar um nômade, do que se envolver em casamentos políticos – Aerys não conseguia se imaginar de forma nenhuma envolvido em um casamento.
— Coisa idiota. — Ele resmungou baixo, virando uma esquerda, com a cabeça baixa e continuamente resmungou sobre as insistências desnecessárias de sua avó.
— Ai! — Ele parou assim que ouviu a voz levemente surpresa e claramente detonado alguma dor, levantando o olhar para ver com quem havia se chocado, deparou-se com uma garota de cabelos pretos e olhos igualmente escuros, ela era quase pálida, mas seus olhos transmitiam um olhar afiado, como a lâmina valiriana que agora pertencia a Daemon.
— Idiota. — Ela resmungou, levantando-se com facilidade e encarando o encapuzado. — Não vai pedir desculpa?
— Eu devo, sua maluca? — Aerys se viu retrucando, não obtendo uma resposta verbal, mas sim um soco diretamente desferido contra seu olho esquerdo.