Capitulo Sete

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A semana tinha passado voando, na terça-feira saíram as datas da prova do vestibular para faculdade, seria na sexta-feira; eu e Vinicius ficamos todo o resto da semana revisando os assuntos que tínhamos ficado todo o mês passado estudando, cada hora vaga no trabalho ou em casa aproveitávamos para revisar tudo novamente.
Na sexta-feira de manhã nós dois e um pequeno grupo de técnicos de enfermagem foram substituídos no trabalho para podermos ir fazer a prova, estávamos com o coração na boca, tão ansiosos quanto possível, e impossível também. Fomos designados para salas diferentes e de princípio nos explicaram sobre as regras e permissões concedidas, logo depois nos entregaram a prova de várias páginas e contaram o tempo.

Tínhamos apenas 4h00min.

No fundo, bem no fundo, não estava tão difícil assim, eram assuntos que já tinha estudado e posto em prática no trabalho, mas acredito que era instinto sentir tanto nervosismo para algo tão importante. Li e respondi tudo com extrema atenção e dedicação, não havia uma pergunta sequer que não soubesse a resposta ou lembrasse vagamente sobre o assunto, no fim, acabei utilizando todo o tempo disponibilizado para entregar a prova, sendo uma das últimas a saírem.

Vinicius já estava lá fora, me esperando escorado em sua moto, de braços cruzados e feições apreensivas. Assim que nos aproximamos me abraçou com força e sussurramos um para o outro "Boa sorte!".

Tínhamos que estar no trabalho pela tarde, chegamos rápido graças ao estilo duvidoso de direção de Vinicius, tivemos tempo de conversar, comer algo e nos ajeitar sem pressa. O resto do dia correu tranquilo, nada fora do cotidiano normal.

Quando enfim cheguei em casa já passava do meu horário normal, precisei pagar as horas da manhã que estava fazendo a prova, mamãe e papai já estavam dormindo.

Desfiz minha mochila, botei minhas roupas para lavar, tomei um banho demorado, vesti uma roupa folgada e me joguei na cama, esperando o sono que graças a minha ansiedade, não viria tão cedo.

Sorte que amanhã não trabalharia.

Mas uma notificação chamou minha atenção, era uma mensagem de Ana Lúcia.

"Acordada ainda?"
- Analu

"Sim, tudo bem?"

"Sua prova foi hoje também né? Vininho me contou. Correu tudo bem?"
- Analu

"Acho que sim, com fé em Deus tudo dará certo."

"Sim, sim."
"Você vai amanhã?"
- Analu

"Não sei que desculpa dar dessa vez, talvez não dê para eu ir."

"Cê podia me apresentar pra teus pais, diz que sou colega de trabalho, talvez assim eles te liberem, me conhecendo."
- Analu

"Faria isso por mim? Viria aqui só pra isso?"

"Claro, Cat. Amanhã depois do almoço chego ai."
- Analu

"Obrigada Analu"

"Tranquilo, vou indo, bjs"

"Beijo."

Quando a conversa se encerrou, desliguei o celular e abracei meu travesseiro, tentando mais uma vez dormir.
Não demorou muito pra cair num sono profundo e sereno.

As Cores do Seu Amor - Livro II | Trilogia Amor De bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora