Capítulo Oito

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"O que pretende usar mais tarde?" - perguntou saindo do enésimo provador.

"Não sei ainda, pensei em comprar alguma coisa mais simples, só tenho roupa formal em meu guarda-roupa." - respondi mexendo nas roupas sem real interesse.

"O que acha desse?" - o vestido era extremamente justo e curto, as duas alças estavam jogadas em apenas um ombro e tinha uma fenda que delineava a cintura fina de Ana. Era lindo. Mas muito vulgar para meu gosto.

"Fica lindo em você, mas acho que vai acabar ficando desconfortável quando for dançar." - comentei lembrando de seu aniversário, onde ela precisou trocar a saia - também extremamente curta - por um short na hora da festa. - "Não seria melhor um short?"

"Você tem razão." - ela retornou para cabine e tornou a falar lá de dentro. - "E gostou de alguma coisa?"

"Não vi nada que me agradasse, todas são tão... pequenas e apertadas." - confessei, ouvi sua risada e então ela saiu da cabine já vestida com suas roupas normais.

"Você já experimentou alguma pelo menos? Não precisa escolher o mesmo estilo que eu." - disse, dei de ombros e sorri. - "Vem, tem uma loja aqui do lado que vende uma roupas mais fechadinhas, vou te mostrar."

Saímos da quinta loja e fomos em direção a que ela tinha se referido, era de um tamanho menor e continha muito menos variedades de peças, porém, já pelos manequins conseguia reconhecer algumas roupas que me agradavam. Lúcia sentou no pufe perto do espelho e segurou nossas bolsas, ela parecia ter um olho de águia, mesmo sentada e de longe conseguia enxergar e montar todo tipo de combinação de roupa. Primeiro, experimentei um macaquinho marrom tomara que caia, mas meus seios eram pequenos e não conseguia me sentir confortável e segura com algo sem alça; Segundo, experimentei um vestido quase idêntico ao que ela tinha vestido por último na outra loja, a diferença era que ele era longo e tinha apenas uma alça, mas, apesar de ter peito pequeno, eu tinha muito quadril e bunda, e senti que o vestido tinha ficado muito apertado e vulgar; Terceiro, vesti um conjuntinho de short alfaiataria branco, cropped marrom sem alça gola U e um sobretudo branco de tecido quase transparente, mas definitivamente marrom não combinava comigo, e só tinha aquela cor de cropped naquele modelo; Por último, vesti um vestido de alça fina florido com fundo branco, era justo no busto e cintura e a saia era soltinha e tinha uma pequena fenda na lateral. Era perfeito, simples e bonito.

"Mana, se eu tivesse metade da sua bunda eu faria estrago nesse morro. Por isso Deus não dá asa a cobra, caraca Catarina tu tá uma gata." - disse Analu, com um sorriso largo no rosto e me olhando de cima a baixo.

"Cê acha? Não tá muito nada haver? Quer dizer, todo mundo lá vai estar vestindo shortinho e cropped." - perguntei insegura.

"Amiga, cê tem que vestir o que te deixa confortável, você não precisa pular os degraus pra se conhecer, se está satisfeita com ele, foda-se o que os outros vão estar vestindo." - disse me tranquilizando. Sorri em resposta e me virei novamente para o espelho.

Tinha que confessar, estava realmente linda e satisfeita com o que via.

"Então vai ser esse." - respondi firmemente e ela levantou pronta.

*****

Depois de Ana finalmente escolher uma roupa, fomos direto para casa dela, enviei uma mensagem para minha mãe avisando que iria de lá para o aniversário, preferi evitar voltar para casa e ela de repente mudar de ideia.

Como só tinha meu novo vestido em mãos, Analu me emprestou um de seus sapatos e me deu uma peça íntima que ainda estava com a etiqueta para que usasse. Ela tinha ido tomar banho primeiro dizendo que precisaria lavar o cabelo, me ofereci para fazer seu cabelo e os cachinhos que eram minha especialidade, no babyliss eu me garantia.

As Cores do Seu Amor - Livro II | Trilogia Amor De bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora