Capítulo Dezesseis

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N/A.: por favor, por favor, pooor favooor, leia minha pergunta no final do capítulo e respondam.
Preciso tirar uma dúvida URGENTE com vocês!

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Segunda-feira era sem dúvida o pior dia da semana, aquela manhã em específico acordei com toda maresia e preguiça possível - e impossível - no corpo, quase não consigo levantar e sair do meu precioso cobertor.
O ponteiro batia 05h00min em ponto, entrei no box tomando um banho gelado é demorado pra me acordar, lavei o cabelo, hidratei e enxuguei, prendi com uma piranha e sai do banho. Minha farda era a típica de enfermeira, calça e camisa de manga curta, a logo do hospital na parte superior direito da blusa e logo embaixo minha função e nome. A única diferença era que tinha feito algumas peças personalizadas e que usava uma camisa de manga longa quente por baixo da farda para me esquentar. Aquele dia tinha escolhido o conjunto de cor preta e a blusa branca por baixo.

Passei um óleo capilar em meu cabelo e o deixei secar naturalmente, vesti a farda, calcei meu tênis, passei perfume e desodorante, atravessei a alça da bolsa em meu pescoço, ajeitei rapidamente o que tinha bagunçado no quarto e sai fechando a porta atrás de mim.
A casa estava em silêncio absoluto, desci as escadas e a buzina de Vinicius gritou na minha porta.

"Bom dia, flor do dia." - disse assim que me avistou. Fechei o portão e me aproximei de sua moto. - "Dormiu comigo foi?"

"Graças a Deus não." - respondi. Peguei o capacete em sua mão, coloquei na cabeça e travei, dei a volta na moto e subi.

"Coé desse mau humor teu?" - perguntou sobre o capacete, antes de ligar a moto.

"Não enche Vini." - resmunguei. Senti ele suspirar e entoa ligou a moto.

"Sem caô, tu de TPM é insuportável, mina." - o ronco do motor ofuscou minha resposta e Vinícius não fez questão de ouvir, riu de mim quando dei um leve tapa em seu capacete.

Depois disso a viagem foi em silêncio. Até porque, seria impossível escutar qualquer coisa a 70km/h. Pegamos um leve trânsito na principal pelo horário de pico mas depois tudo se normalizou, Vinicius parou a moto logo na entrada do enorme edifício para que eu descesse e seguiu para o estacionamento deixar a moto.

Já eram 07h00min.

"Bom dia, Catzinha." - disse Dona Jô, a enfermeira chefe responsável por todos os outros da área. Era uma das funcionárias mais velhas do hospital e a mais doce e gentil também. Me ajudou muito quando comecei a trabalhar, estava tão assustada.

"Bom dia, dona Jô." - despejei um beijo em sua bochecha de pele macia e cheia de rugas. - "O que temos pra hoje?"

"Hoje está tranquilo, por incrível que pareça. O fim de semana não foi tão emocionante pelo visto." - disse e se virou, me chamado com a mão. Seguimos juntas até a área de funcionários. - "Tem algumas visitas pra fazer, a paciente do 302 precisa ser trocada a cada quatro horas, o senhor do 108 precisa se alimentar exatamente as doze horas em ponto, ele é lelé da cabeça, super rígido e pontual com suas coisas."

"Sei bem como ele é, pelo que soube é alemão. Almir Ludwig Chilazi." - contei.

"Conseguiu gravar esse nome horroroso? Meu Deus." - ela riu e acabei por cair na gargalhada também.

"Tudo bem, dona Jô. Qualquer dúvida te procuro." - ela assentiu e deu as costas para ir embora, mas então deu meia volta e se aproximou com um sorriso no rosto.

"Adivinha que dia eu hoje?"

"Segunda-feira?"

"Não, sua boba. Hoje é o dia que os residentes da faculdade que patrocina o hospital disponibilizou."

As Cores do Seu Amor - Livro II | Trilogia Amor De bandidoOnde histórias criam vida. Descubra agora