Nos sentamos à mesa para ceia. Os lugares totalmente ocupados. Cena que fazia meu peito ficar quente.
No fundo era isso que eu sempre quis. Antes mesmo de entender e saber, era esse meu sonho. Todos conversavam com o grupo ou seus parceiros. Riam. Contavam piadas. Aproveitavam o momento em família.
Como tinha que ser.
Como estava predestinado a ser.
Nunca fui de acreditar em destino ou universo. Mas vivendo em mundos completamente diferentes, somente o destino mesmo para juntar tantas pessoas distintas.
Quando o jantar acabou não sobrou nada. Nem um restinho pra contar história. Além dos elogios aquilo já seria prova o suficiente de que estava tudo uma delícia. Precisava lembrar de agradecer eternamente às meninas.
A festa não durou muito mais, todos ficaram lerdos e empanturrados demais para curtir até mais tarde, então todos foram embora. Nos despedimos de cada com um abraço e um beijo.
Combinamos também de no dia seguinte à tarde fazermos o after na laje de Playboy, novamente só para os mais próximos.
"Está cansada?" - perguntou Amanda, subia as escadas logo atrás de mim.
"Um pouco. Comi bastante também." - Já começava a me desarrumar, tirando os brincos e os saltos.
"Também. Queria muito fazer um amorzinho com você mais cedo, mas acho que agora mudei de ideia." - confessou, logo depois sorriu com o nariz.
"Que bom. Eu só quero dormir também." - acabamos rindo e ela me abraçou por trás.
Andamos de um jeito desengonçado e engraçado até o quarto. Estava tudo uma bagunça, pelo menos minha bancada. A cama ainda estava intacta, e isso já era o suficiente.
"Vou me jogar uma água e capotar."
"Tudo bem, vou tirar a maquiagem, pode ir na frente." - nos despedimos com um selinho rápido.
Sentei de frente para o espelho e comecei o processo da retirada de toda aquela maquiagem. Não era muito pesada, na verdade, mas ainda assim a limpeza sempre demora mais.
Ali encarando meu reflexo no espelho redondo e iluminado, me peguei pensando novamente naquele assunto. Aquele que tinha me obrigado a esquecer horas atrás.
Não sei bem o porque estava fissurada por esse assunto. Não é como se eu quisesse ou fosse ter um filho agora. Mas a ideia de construir algo meu no futuro talvez estivesse me fazendo grudar nessa ideia.
Amanda não parece ser o tipo de mulher para ser mãe. Acredito que algumas pessoas nascem com isso. Como um dom. Existe excelente cantores, pintores e cozinheiros... E pais, existem excelentes pais.
Não que os outros não sejam excelentes.
É só que...
Estou divagando. Ansiosa e pensativa.
Suspiro cansada e reviro os olhos. Preciso tirar essas ideias da cabeça. Não preciso me preocupar com isso agora, não é meu plano no momento. E talvez nunca seja de fato.
O barulho do chuveiro cessa ao mesmo tempo que finalizo a limpeza. Pego uma roupa para dormir no guarda roupa e sigo para o banheiro. Amanda tinha acabado de sair do box, com toda aquela áurea natural e gloriosa que ela tinha. Era de tirar o fôlego.
Seu corpo era tão perfeitamente gostoso que parecia desumano. Um pecado. Uma das preferidas de Deus. Nunca imaginei desejar tanto alguém, achava que quando casasse iria cair na rotina ou aprender a convivência amigável, como a maioria dos casais que via na igreja. Mas não é assim que me sinto quanto a Amanda, muito pelo contrário, sentia um calor culminando de dentro do meu ventre para fora, me deixando nervosa, em seu aguardo.
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As Cores do Seu Amor - Livro II | Trilogia Amor De bandido
Romance¡AVISO! Aos novos leitores, não é necessariamente obrigatório a leitura de "Amor de Bandido Part. I" para entender o enredo dessa história, apesar de conter a mesma base, serão livros distintos. Ps.: Porém, recomendo que leia todos, são incríveis...
