- Mas que porra é essa?
- Levanto da cama assustado com o corpo todo encharcado."A gente te chamou, você não respondeu."
- Escuto a voz agoniante da minha mãe.- E jogar água no seu filho é a melhor opção? Enlouqueceu?
- Levanto esbravejando."Filho? Já disse que essa palavra é muito forte para a relação que temos."
- Escuto ela dizer e se sentar na minha poltrona cruzando as pernas como uma madame.- Vai se ferrar, saiam da minha casa, vocês não são bem vindos aqui.
- Vocifero em um tom ameaçador."Olha como você fala com sua mãe seu vagabundo."
- Escuto meu "pai" pronunciar e sorrio de canto para o mesmo que se enfurece com meu ato.- Eu sou o vagabundo aqui né? Sou tão vagabundo que se pudessem ganhar dinheiro nas minhas costas vocês fariam novamente!
- Eles sorriram em uníssono."Ah filho, isso é coisa do passado, já nos desculpamos não é mesmo?"
- Ela sorri falsa.- Ué, filho não é uma palavra muito forte para usar na relação que temos?
- Uso suas palavras contra ela mesma e ela sorri maldosa.- Eu vou dar 5 minutos, ou melhor, 5 segundos para irem embora daqui!
- Falo tentando manter a calma.Sinto um frio bater no meu corpo e lembro que estou todo molhado.
Pego a primeira toalha que aparece na minha frente e me seco, ou pelo menos tento.
"Oque? Está com frio? Espera que eu vou te ajudar."
- Dona Tânia vulgo minha mãe diz e vai até um copo, o enche e joga em mim novamente achando graça.Perco a paciência e penso em arrastar eles para fora da minha casa mas respiro fundo, me proximo dela, pego sua blusa cara de não sei quantos milhões e passo em meu corpo molhado enquanto escuto feliz seu grito de raiva.
- Aqui está, obrigada pela ajuda.
- Sorrio e jogo sua blusa para ela que pega na ponta dos dedos como se estivesse com nojo.vai ass"Vamos embora amor, não dá para falar com esse idiota."
- Ela faz um showzinho de ódio pelo estrago da blusa e sai apressada."Antes de ir, não se esqueça de procurar outro lugar para morar, esse daqui já era"
- Escuto ele dizer sorrindo enquanto pisca e mostro o dedo do meio para ele que vai embora.Que inferno de lugar!
Muitos diriam que eu sou escroto por tratar eles assim, e as vezes até eu me sinto escroto, até lembrar que aos olhos deles eu não passo de um projeto.
E essa já é a quarta décima casa que esses idiotas tiram de mim!
É sempre assim, quando eles não conseguem me convencer eles compram o lugar em que eu estou alojado para me mostrar quem é que manda.
Mas quer saber? Eu não me importo, já estou acostumado, inclusive vou arrumar minhas coisas e ir pra casa do Jack.
Pego meu celular e disco o número dele.
Ligação on....
- Eae parceiro, manda a braba.
- Escuto sua risada atrás.- Então, eu preciso de um favor.
- Quanto tempo dessa vez?
- Eu dou risadas e ele ri comigo.
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Querido Diannkley.
FanfictionDiannkley é um jovem atormentado pelos seus pensamentos que vive em uma pequena cidade que ele considera ser seu próprio inferno pessoal. Cercado por sombras e segredos obscuros, pessoas vazias e encrenqueiras que fazem de tudo para estar no topo, e...