(Luara narrando)
Assim que adentro a casa meu pai se ajeita no sofá.
- Não respondeu nenhuma das minhas mensagens.
- Diz com um tom calmo e vejo uma lata de cerveja escondida do lado de seu pé.- É sério isso?
- Pergunto cruzando os braços e olho visivelmente para sua perna fazendo ele perceber que eu já vi.- Foi só uma latinha, e não fuja do assunto.
- Debate pegando a latinha e assim que ele a coloca na boca eu arranco ela de sua mão jogando dentro da pia todo o conteúdo.- Você está passando dos limites.
- Reclama.- Nós tínhamos conversado, você prometeu parar.
- Eu o olho com desaprovação.Eu entendo que talvez seja um vício, mas ele tem que se permitir se livrar dele.
- Eu não...
- Ele para e fecha os olhos passando as mãos em seu rosto.- Eu disse que ia dormir fora, não foi falta de aviso.
- Falo me sentando na pequena e baixa mesa em frente ao sofá.- Com quem? E na casa de quem?
- Questiona.Não posso mentir, independente de não confiar totalmente nele ele não tem nenhum poder sobre mim.
Ele não pode me proibir de nada.
- Eu dormi na casa do meu namorado.
- Falo observando sua expressão de raiva.- Dormiu com um homem?
- Ele se altera e se levanta e eu faço o mesmo.- Abaixe seu tom, eu já sou grandinha o suficiente para me cuidar.
- Vocifero e quando tento sair da sala ele puxa meu pulso com força.- Eu não o conheço, então automaticamente não confio nele.
- Fala com uma voz autoritária.- Mais eu confio nele, e é isso oque importa.
- Retruco me soltando de sua mão.- Luara, entendo toda essa tensão entre nós, sua mãe faleceu e eu nunca estive presente...
- Eu o corto.- Exatamente, você nunca esteve lá nas minhas apresentações de escola, ou em uma reunião de pais e mestres, realmente, você nunca esteve lá quando eu estava na rua altas horas da noite voltando do trabalho, muito menos acompanhou meus primeiros passos, você nunca se importou o suficiente então não me venha com essa de "eu sou seu pai" por que pai não é quem faz, é quem cria, então minha mãe foi meu pai também, ela esteve lá!
- Após minha fala eu sinto meu rosto arder e as lágrimas caírem.- Nunca mais fale comigo nesse tom novamente, independente de não me ver como um pai, você ainda está sob MEU TETO, então me deve respeito!
- Vejo ele gesticular a mão como quem quisesse tirar a dor que causou nela no momento em que sua mão trombou com meu rosto.- Você não tinha... não tem esse direito.
- Minha voz sai falha e ele dá um passo para trás.- Me desculpa, eu...
- Eu o corto novamente.- Essa foi a última vez que fez isso, última me escutou?
- Questiono e ele abaixa a cabeça.Estávamos bem até ele decidir que a bebida nunca será menos importante que eu.
Ela sempre será sua primeira prioridade na lista.
Viro-me de costas e subo as escadas.
Entro em meu quarto e tranco a porta.
Novamente, eu não confio nele, não sei quando ele tentará algo contra mim, então não posso confiar.
- E lá vamos nos de novo.
- Falo para mim mesma e limpo as lágrimas salgadas que vai direto para minha boca.Tiro toda minha roupa e removo a maquiagem.
Entro debaixo do chuveiro e deixo a água quente passear sobre meu corpo.
Fecho meus olhos entrando totalmente debaixo d'água e minha mente vai até o banheiro do Dian, aquela atração toda, nossas provocações que se há uma testemunha que aconteceu, ela será a água que estava entre nós, e com nós.
Faço minhas higienes e saio para o quarto.
Sinceramente? Não vou ficar aqui com essa torta de climão.
Eu vou bem sair denovo, mas dessa vez será eu e...eu.
Eu podia chamar o Jhonny para dar uma volta mais se Dian souber provavelmente não vai ser legal.
Mesmo que eu não tenha intenção nenhuma no Jhonny, eu não sei se é recíproco, então é melhor não.
Coloco um short e um top, e uma blusa transparente da mesma cor que o top por cima,
Um tênis All Star e pego meu celular e meus fones.Desço as escadas e o mesmo me olha.
- Vai sair de novo?
- Ele questiona e eu me viro para ele.- Sim, ficar aqui com você não me parece um programa legal.
- Falo simples e ele não responde.- Se não há mais nada.
- Falo e abro a porta, saindo e a fechando novamente.Vou até um café e me sento lá.
- Oque gostaria senhorita?
- Escuto uma voz doce e olho para a mulher de cabelos escuros a minha frente.- Um capuccino por favor.
- Peço e ela anota o pedido e se despede sorrindo.A mesma adentra e vai até o balcão passando o papel para quem irá preparar o pedido.
Aumento novamente meu fone e olho para uma flor específico que floresceu em um lugar pouco provável de nascer.
Ela nasceu em um "pequeno buraco" na rua, ela tem sorte.
Afinal ninguém a matou ainda, ou seja, ninguém pisou nela na pressa, ou de propósito.
- Aqui está, me desculpe pela demora.
- A moça de cabelos escuros sorri e me entrega o copo de cappucino com o desenho de uma flor.- Que lindo, obrigada.
- Eu sorrio emocionada e ela sorri de volta e entra.Tomo meu cappucino sem pressa alguma.
Sinto meu celular vibrar em minha mão e vejo que chegou uma mensagem de Dian.
"Estou com saudades."
Sorrio.
- Se eu tivesse apostado eu teria ganhado, que droga!
- Falo baixo e sorrio para o celular.- Luara?
- Escuto uma voz feminina me chamar e olho para a voz que me chamou.- Alana?
- Ela sorri e eu me levanto para cumprimenta-la.- Melissa e Pietra.
- Sorrio para a ruiva e a linda mulher negra a minha frente.- Luara.
- Eu as cumprimenta com um abraço e um beijo na bochecha.- Podemos nos sentar?
- Melissa pergunta sorridente e eu afirmo.- Claro, querem que eu peça algo para vocês?
- Pergunto elas negam com a cabeça.- Não precisa, vamos dar uma volta de iate daqui a pouco.
- Alana fala e eu sorrio.- Ah claro.
- Digo apenas e tomo meu cappucino.- Gostaria de se juntar a nós?
- Melissa sorri me fazendo o convite.- Não, tudo bem, eu vou dar uma volta no parque depois do café.
- Sorrio e é a vez de Pietra falar.- Não aceitamos não como resposta.
- Ela diz sorrindo e segura minha mão me puxando.- Calma tenho que pagar pelo cappucino.
- Digo e ela sorri para mim, fazendo um gesto para a moça que me atendeu e a mesma apenas faz um ok com a mão.
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Querido Diannkley.
FanficDiannkley é um jovem atormentado pelos seus pensamentos que vive em uma pequena cidade que ele considera ser seu próprio inferno pessoal. Cercado por sombras e segredos obscuros, pessoas vazias e encrenqueiras que fazem de tudo para estar no topo, e...