12. "Minha Garota"

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Assim que percebo que a voz atrás da porta sumiu vejo que é minha brecha para sair dali.

O empurro e desço da pia, destrancou a porta e saio rápido do banheiro me dirigindo ao bar.

Depois dessa eu preciso de mais bebida para apagar esse fogo.

Me sento no banco do bar e peço para o rapaz me trazer uma tequila.

É verdade, eu nunca bebi, mas para minha primeira vez estou me controlando muito.

Estou me saindo bem né?

- Aqui está.
- Escuto a voz grossa do Barman avisando que meu pedido chegou.

O rapaz de olhos azuis e cabelos loiros, com um piercing na sombrancelha e no nariz sorri ao me entregar minha tequila

- Obrigada.
- Sorrio e ele retribuí.

- Aonde você estava? Estavamos te procurando.
- Escuto a voz das meninas e me viro para elas.

- Estava no banheiro, tinha uma fila enorme para usar ele, me desculpem.
- Falo e Pietra sorri pegando minha tequila e tomando um gole.

- Ei, essa é minha!
- Resmungo e a garota de cabelos vermelhos sorri e pisca para mim.

- Não vi seu nome escrito nela.
- Ela brinca me fazendo rir com sua piada infantil.

- Eu gatinho, dá outra tequila para ela que essa é minha agora.
- Ela diz para o rapaz de olhos azuis que ri e confirma com a cabeça.

- São vocês quem mandam.
- Ele sorri e ela pisca para mim pegando a tequila e indo para a pista de dança.

- Vamos amiga, dançar.
- Alana tenta me puxar.

- Não, eu vou ficar por aqui fazendo companhia pra esse gatinho aqui.
- Falo e olho para o barman que bem na hora veio me trazer a bebida e provavelmente escutou.

Como sei disso? Ele sorrio malicioso quando escutou oque eu disse e bem na hora nossos olhos se encontraram.

Não sei se é pela bebida mas, eu super ficaria com esse cara, ele é realmente um  gatinho.

- Tudo bem, se precisar estaremos na pista dançando.
- Ela pisca para mim e saí saltitando até a  pista.

Pego meu copo e começo a degustar o sabor amargo da bebida.

Até que o copo é tirado da minha mão de forma inesperada.

- Qual o seu problema?
- Pergunto para o rapaz de piercings que tem me deixado louca.

- Evitando que você dê PT e passe um vexame.
- Ele sorri de canto.

Ignoro ele e volto minha atenção ao rapaz dos olhos claros.

- Gatinho, me vê outra tequila por favor.
- Peço e ele sorri mas seu sorriso cessa quando olha para o rapaz ao meu lado.

- Por favor?
- Eu peço e ele ignora o cara ao meu lado e faz me entregando o copo.

- Você não vai beber isso.
- Ele decreta e vira o copo em sua boca bebendo todo o líquido.

- E você.
- Ele diz apontando para o barman.

- Não é para fazer as vontades da minha garota, só eu posso.
- Ele diz me fazendo olhar ele incrédula.

- Sua garota? Tá louco?
- Pergunto e ele se faz de desentendido.

- Sua garota Dian?
- Escuto a voz rouca do Barman e olho para os dois.

- Vocês se conhecem?
- Pergunto e ele ri com a minha confusão.

- Longa história gata.
- O Barman diz e ri achando graça da cara de raiva que Dian faz.

- Quer saber? Já que eu não posso beber, eu vou embora.
- Falo tentando me levantar e acabo me desequilibrando mas quando percebo que vou cair sinto os braços grandes e musculosos de Dian em volta da minha cintura.

Nossos olhares se cruzam e por um momento a vontade de ficar em seus braços parecem se eternizar.

Eu não quero sair dali.

- Parece que vamos ficar aqui a noite toda, e eu não me importaria.
- Ele diz me fazendo voltar a realidade e eu me levanto apressada.

- Não me toque.
- Falo dando tapas em suas mãos e me afasto.

- Quanto eu te devo?
- Pergunto ao barman e quando ele vai responder o Dian pega um cartão e estende para o rapaz.

- Oque você está fazendo?
- Pergunto sem entender, parece que a bebida já está fazendo efeito.

Percebo que minha visão já não é mais a mesma.

- Estou pagando as bebidas da minha garota, não posso?
- Ele pergunta e rouba um Celinho.

- Está louco?
- Pergunto tampando minha boca e ele sorri divertido.

- Rum Rum.
- Ouço um limpar de gargantas e me recomponho olhando para o barman.

- Vai embora sem avisar suas amigas?
- O rapaz pergunta e olho para as meninas que estão ocupadas demais dançando.

- Gostaria que avisasse a elas que fui para casa se puder.
- Peço e ele confirma e sorri.

- Tá certo.
- Ele diz ao rapaz moreno que a todo instante me observa.

- Valeu Brian.
- Ele diz e os dois apertam as mãos e eu vejo uma brecha para sair dali antes que ele volte sua atenção para mim.

Começo a andar mas sou pega de surpresa (ou não) quando sinto uma mão agarrar minha cintura com firmeza.

- Me solta.
- Falo e escuto uma voz em meu ouvido.

- Irei acompanhar minha garota até a casa dela, não posso?
- Ele pergunta e eu sorrio achando graça.

Ou fofo...

- E quem disse que eu vou para casa?
- Pergunto e olho para ele o vendo sorrir.

- Então vamos para a minha casa.
- Ele brinca e eu sorrio maldosa.

Dia seguinte...

Acordo com uma grande dor de cabeça e o incomodo insuportável em meus olhos, os gloriosos flash de sol.

Quando finalmente abro os olhos me arrependo ao último de tê-lo feito.

Vejo um quarto diferente, um quarto masculino, me sento para observar melhor e indentificar onde estou para lembrar oque aconteceu.

Vejo minhas roupas jogadas pelo chão, e quando olho ao meu lado ele está ali.

Dormindo, sua pele morena brilhando ao toque do sol.

Ele parece a vontade e não preocupado.

Olho por debaixo do coberto que nos esconde e vejo que estou totalmente nua.

- Não, não, não...
- Resmungo levantando e coloco minhas roupas as pressas.

Não o espero acordar, afinal ele vai agir que nem eu, vai me ignorar e fingir que nada aconteceu, pelo menos assim eu espero.

Saío da casa dele as pressas e vou para a minha.

No início eu não sabia para onde estava indo até que em encontrei.

Até que finalmente chegou em casa já me preparando para a briga.

Abro a porta devagar e vejo que meu pai não está ali.

E silenciosamente agradeço a Deus por isso.

Vou para o meu quarto e tomo um banho me deitando ainda tentando assimilar oque aconteceu.

Oque exatamente aconteceu???

Me pergunto antes de apagar novamente.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora