23. Lua.

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(Luara narrando)

Eu sei qual é a de homens como ele.

Fingem se apaixonar e depois que fica somem do mapa.

Como se nunca tivessem existido.

E quando finalmente aparecem, estão com outra.

- Lua, eu não estou brincando com você.
- Diz segurando meu braço mas com mais delicadeza.

- Não, não está, imagina se estivesse.
- Falo irônica e jogo os braços para trás.

- Eu não estou, eu só não queria ficar com você dessa forma logo de cara, eu quero te mostrar que eu realmente levo um relacionamento a sério.
- Ele diz e eu reviro os olhos.

- Acabou de insinuar que eu sou fácil?
- Questiono e ele revira os olhos.

- Não, eu não insinuei nada.
- Ele passa a mão no cabelo aparentemente nervoso.

- Quer saber, pouco me importa, eu vou embora.
- Falo o ignorando e começo a andar.

- lua me escuta por favor.
- Ele diz e começa a andar ao meu lado.

- Para de me seguir!
- Reclamo subindo a calçada da praia.

- Eu vou te levar até sua casa.
- Ele me olha com um olhar sereno.

- Tanto faz.
- Falo e caminhamos até minha casa, quase meia hora/quarenta minutos andando.

- Aqui é sua casa?
- Pergunta observando o quintal.

- Sim, aqui é onde eu vivo...
- Falo observando a casa e vejo meu pai olhando pela janela.

- Bom, tchau.
- Falo simples me preparando para entrar até que ele segura meu braço.

- Espero que pense no que eu disse.
- Ele fala ainda segurando meu braço.

Me solto e cruzo meus braços.

- Quer que eu pense no que exatamente?
- Pergunto observando ele.

- Eu realmente vou te levar a sério, sabe, eu gosto de você, quero que me dê a chance de ser seu frio na barriga se me permite dizer...
- Ele passa a mão em suas madeixas pretas aparentemente envergonhado pela sua fala clichê.

E sinceramente? Eu sorri feito boba mentalmente mantendo a pose fria por fora...

- Eu vou pensar Dian, tchau.
- Falo simples e sorrio rápida entrando na casa.

Assim que fecho a porta me escoro na mesma olhando para um ponto fixo no chão e sorrio.

Não é por nada mas, por que eu não deveria ver até onde vai?

Ele faz meu tipo, não só pelo fato de ter piercings ou ser meio descolado, ou até por provavelmente ter uma moto, mas pelo jeito que me trata, e a conexão que eu sinto...

- Vai ficar aí sorrindo que nem uma adolescente apaixonada até que horas? Tô começando a ficar assustado.
- Escuto a voz irritante de Jacob ecoar pela sala que agora se encontra iluminada apenas pela televisão.

- Te incomoda eu estar sorrindo?
- Questiono olhando para ele de braços cruzados.

- Claro que não filha, te ver sorrindo deixa o pai feliz.
- Ele sorri piscando e faz sinal com a latinha de cerveja como se fosse brindar.

Reviro os olhos achando uma tremenda falsidade e me aproximo pegando as latas de cerveja e levando até a pia.

Furo todas com uma faca e deixo o líquido escorrer.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora