18. Ficou ofendido?

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(Dian narrando)

Chegamos na festa e ele me pede para esperar lá dentro que ele esqueceu de buscar algo e vai voltar para pegar.

O xingo mentalmente mas já que estou aqui eu vou aproveitar.

Ele dá partida e saí e eu dou meia volta e entro.

A casa estava lotada, fiz amizade com muita gente, e não deu nem uma hora que estou esperando esse idiota e já bebi uns 2 copos.

- EAE parça, vira mais um shot aí.
- Um cara negro de brincos e cabelo Black Power diz enchendo meu copo com outra garrafa de bebida e assim como pedido eu viro de uma só vez.

Sentindo o líquido descer queimando em minha garganta.

Olho o horário e vejo que já são 21:30.

Cadê ele?

Olho para a porta e vejo ele entrando e colocando a chave no bolso.

Ele se aproxima sorrindo ladino e eu ameaço de dar um tapa nele que ri.

- Foi rodar bolsinha caralho?
- Pergunto observando cada movimento dele.

- E se eu tivesse ido? Você iria querer ir comigo?
- Ele ri e eu me seguro pra não bater nele e contenho o riso.

- Idiota! Uma hora e meia te esperando.
- Reclamo e pego outro shot e viro na boca.

- Eita, pega leve irmão, eu só tive que resolver uma coisa.
- Ele sorri e pega um shot virando e fazendo uma cara feia.

- Fraquinho.
- Balanço a cabeça de forma negativa.

- Jack meu parceiro.
- O rapaz do cabelo Black Power que me ofereceu um shot o chama.

- Era esse palhaço que você estava esperando irmão?
- Ele me pergunta e eu aceno com a cabeça.

Ele cumprimenta Jack e dá um tapa em seu ombro.

- O Cara ficou uma hora e meia virando shot atrás de shot enquanto te esperava, e ainda está de pé, tem noção disso?
- Ele pergunta pra Jack que sorri.

- Ele é forte, não é a toa que é meu irmão.
- Dou risada e Reviro meus olhos.

- Convencido.
- Disparo e ele se faz de ofendido.

- Ele tem que pagar pela demora não é mesmo? Vire três shots um atrás do outro!
- Falo e os rapazes concorda e então ele faz.

Uma roda é formada ao nosso redor onde há grupos de pessoas mistas, mulheres, homens, adolescentes, tudo junto e misturado.

Até que eu encontro aquele par de olhos que vem invadindo minha mente dia após dia.

Aquele olhar inocente que eu estou familiarizado a muito tempo.

Aquele sentimento que me persegue desde que eu me entendo por gente.

Como se meus pensamentos fossem ouvidos por ela seus olhos se encontram com o meu, e é ali que eu sinto...

Não sei descrever do que se trata, não sei por que estou sentindo isso.

Vejo um breve sorriso até que ela desaparece da multidão como se aquele sorriso fosse o convite para que eu a procurasse.

E assim eu faço, saío de perto deles e passo pelas 40 pessoas ou mais que nos cercavam.

E a vejo ali, perto da escada, com um copo na mão.

De vestido preto bem curtinho, uma meia arrastão e um sapato da minha marca favorita, um ALL STAR.

É como se ela quisesse se vestir para mim, como se ela soubesse meus gostos, e como se ela soubesse o puta ciúmes que é ver ela com algo tão curto.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora