Querido Diannkley.

46. Talvez tenha errado quando confiei em você.

Luara narrando....

Todas as palavras que me foram ditas deram na alma.

Nunca imaginei que o dian poderia falar tais coisas.

Mas esse foi meu erro, acreditar que ele e seria diferente dos outros.

Como minha mãe acreditou em meu pai, e no final das contas, a nossa punição foi o abandono e o ódio.

Pensar que a mãe do Dian pode ter feito algo contra a minha me faz querer mata-la, e sinceramente? Eu vou me vingar, dos dois.

- TOC TOC.
- Escuto a voz do Jack atrás da porta antes dela ser aberta na espera da minha resposta.

Limpo minhas lágrimas e me endireito em minha cama.

- O que quer?
- Questiono ríspida.

- Calma meu amor, por que está tão furiosa?
- Pergunta me olhando com um sorriso cínico e se senta na beira da cama.

Antes que eu pense em responder, ele segura meu queixo me forçando olhá-lo.

- Ou isso seria dor? Tristeza...
- Ele ri em sua fala como se estivesse feliz.

- Vai se foder Jack.
- Grito o empurrando e sinto meu rosto arder com o tapa que veio logo a seguir.

- Porra Luara, não me force te bater inferno, não vê que eu não quero isso?
- Ele fala e eu rio cínica enquanto limpo o sangue dos meus lábios.

- Quem não quer não faz.
- Sorrio irônica e ele sorri falso de volta.

- Não quando se é forçado não é mesmo?
- Eu dou risada das palavras dele.

- Quer saber? Vai se foder você e seu amigo idiota, eu vou sair daqui.
- Falo me levantando e o mesmo me puxa pelo cabelo me grudando contra seu corpo e sinto algo afiado em minha barriga.

- Tente e se arrependerá meu amor.
- Ele diz e o sinto afundar a lâmina em mim.

- Tudo bem... Tudo bem, eu não fugirei se prometer não machucar meu filho.
- Falo segurando as lágrimas da derrota.

Estou com medo, não por mim, minha vida já está arruinada, não há nada que eu possa fazer, mas eu tenho que proteger meu filho a todo custo, nem que eu tenha que dar minha vida pela dele.

Ele não merece sofrer.

Deus se você existe mesmo, por favor, cuide do meu pequeno.

Cuide de mim, estou confiando em você...

- Claro, uma ótima proposta.
- Ele me solta e se afasta.

- Você mandou bem hoje, se continuar mantendo sua postura de amante do seu ex, eu deixo vocês dois vivos, e com uma coisa que todas querem ter...
- Ele diz e dá um tempo fazendo suspense.

- Meu sobrenome.
- Ele sorri e eu reviro os olhos ainda de costas para ele.

Quando estou prestes a sair do quarto ele segura meu pulso e eu o olho.

- Vou apenas tomar um suco, posso?
- Pergunto irônica e ele sorri.

- Pode, aproveita e coma alguma coisa, mesmo que não queira, tem que pensar no seu bebê bastardo, ao invés de pensar no seu próprio nariz.
- Ele diz dando um beijo na minha bochecha e saindo na frente.

Respiro fundo pra não mandar ele ir pra tudo que é lugar, e saio daquele quarto quente e abafado.

Assim que piso na cozinha vejo ele limpando um monte de caco de coisas quebradas que pelo visto tudo pelas mãos do Dian.