33 - Ciúmes...

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(lua narrando)

Acordo ainda com muita falta de ar.

Começo a tossir fortemente e sinto água saindo da minha boca e nariz, me impossibilitando de respirar.

- Calma.
- Escuto uma voz conhecida dizendo enquanto dá leves tapas em minhas costas.

Finalmente consigo encher meus pulmões de ar novamente e percebo que não estamos mais em alto mar.

Estou em uma casa pequena, em um cômodo específico.

O quarto.

- Como eu vim parar aqui?
- Pergunto pegando todo o ar que consigo e olho para ele.

E lá está, o Jhonny novamente.

Não sei se é o destino, pois sempre que preciso de ajuda, ele quem vem ao meu socorro...

Pura coincidência não é?

- Eu estava em um iate com um amigo e eu vi você em outro iate, íamos passar lá para te dar um oi, mais aí o iate de vocês começou a acelerar e você caiu dele, elas acabaram te deixando para trás...
- Ele diz a última parte meio baixa como se estivesse com medo de dizer.

- E você me resgatou... Obrigado Jhonny.
- Sorrio e faço um esforço pra me levantar da cama e ele me ajuda.

- Eu te deixo em casa.
- Ele diz e eu recuso gentilmente.

- Não, está tudo bem, eu preciso espairecer a mente.
- Sim, essa foi minha forma de dizer que preciso de um tempo sozinha.

- Tudo bem, mas se cuida tá?
- Ele diz e quando chegamos a porta no primeiro andar do cômodo ele me dá um beijo na bochecha e um abraço.

- Obrigada novamente pela ajuda.
- Falo simples e ele sorri calmo.

- Sempre que precisar, estarei a disposição.
- Ele sorri e eu saio de sua casa.

Vou até a minha e percebo que nem é tão longe assim.

Procuro meu celular por todo o meu corpo e meu coração dispara quando eu não o encontro.

Minhas fotos...

Minhas mensagens com Dian...

Minhas lembranças de minha mãe...

Minhas fotos íntimas...

Começo a me odiar quando percebo que perdi meu celular.

Não me recordo direito de tudo oque aconteceu, mas de duas a uma, ou eu deixei o celular nadar para o fundo do oceano, ou está no iate das meninas.

Espero que seja a segunda opção...

O problema é: quando as verei novamente?

Assim que chego em casa sou tirada dos pensamentos abruptamente.

- Onde você estava meu deus?
- Escuto a voz de Dian e o mesmo me vira do avesso para ver se eu não estava machucada.

- Oque houve? Por que está toda molhada?
- Ele questiona e ainda consigo ver tudo se distorcendo.

- Eu cai do iate, um amigo me salvou, mas eu já estava desacordada, ele me levou para a casa dele e assim que eu acordei eu saí de lá.
- Falo simples sem mentiras.

- Ele Oque? Quem esse cara pensa que é? E se ele tivesse segundas intenções com você!
- Ele me bombardeia.

- Eu estou bem, obrigada por perguntar.
- Me viro com raiva para entrar mas ele segura meu braço com gentileza e me vira para ele.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora