3. Good Girl.

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Entro no Drinks Bar e a primeira coisa que vejo são mulheres se esfregando em homens na tentativa de sugar todo seu dinheiro.

Mulheres vulgares, com roupas extremamente curtas e algumas que só escondia suas partes íntimas.

Vejo alguns rostos conhecidos que deveriam estar em casa com a mulher e os filhos ao invés de estar aqui pagando prostitutas para ir para a cama com eles.

Um dia terei o prazer de mostrar para cada uma de suas mulheres o poço de doenças com quem elas estão casadas.

Claro, não é da minha conta se eles estão as fazendo de trouxa, mas eu não apoio traição, já passei por isso uma vez e só eu sei o quanto aquilo doeu.

Confiar em uma pessoa de corpo e alma, entregar seu coração na esperança de ser curado de todo ódio, dor e agressão que já lhe foi causado, para no final, ela apontar uma arma para seu coração e atirar, jogar no chão e pisar com um sorriso único em seu rosto, que jamais será esquecido.

Dói saber que um dia você confiou em alguém de olhos fechados, que segurou sua mão e rezou para não cair da corda bamba, acreditar que ela não soltaria sua mão, e quando a queda vem, e os flashbacks da pessoa amada te empurrando do penhasco vem aí o medo de confiar em alguém novamente.

E é aí que essa porra causa traumas, medos intermináveis, você não queria estar quebrado, mas você se deu de bandeja para te quebrarem, rezando para que isso não acontecesse.

E todas aquelas belas memórias que um dia criaram juntos, te destrói interna e eternamente, você vivi se perguntando na calada da noite oque fez de errado para afastar aquela pessoa.

Se você fez algo errado mesmo, se fez o insuficiente, e no final se culpa por uma dor que você não foi o causador e sim a vítima.

Caralho!

- Filho da puta, por que estava perseguindo aquela garota?
- Esbravejo segurando a gola do rapaz de capuz.

- Do que você está falando cara?
- Ele se levanta fingindo ser a vítima e segura meus pulsos tentando se soltar.

- Responde a porra da minha pergunta seu imbecil!
- Esbravejo o jogando em cima do sofá.

- Vai se fuder seu viciado de merda.
- Ele Vocifera com tom de ódio.

- Viciado? Vou te mostrar oque é ser um viciado.
- Esbravejo pegando um pacote de droga na mão de um cara qualquer e puxo o garoto pelo pescoço o forçando a abrir a boca e jogo todo o conteúdo do recipiente na boca dele.

Ele se debate tentando cuspir mas eu o faço engolir.

- Agora você vai abrir essa maldita boca para me responder.
- Solto ele e ele começa a cuspir e faz ânsia de vômito tentando puxar o ar.

- Tá louco cara?
- Um de seus amigos tentam intervir e eu o olho furioso e a mesma flor que acabará de se abrir se fechou novamente.

Ele se afastou junto a alguns amigos enquanto apenas observavam seu amigo curvado perante a mim.

- Qual foi cara, eu já disse que não estava seguindo aquela garota!
- Ele esbraveja tentando puxar ar e se levanta.

- Parece que não frente dos seus amigos você não vai admitir nada não é mesmo? Vamos conversar lá fora.
- Falo e empurro ele para as saída dos fundos e ele anda cambaleando com o choque de mais cedo.

- Não faz isso cara.
- Ele retruca andando.

Abro a porta e ele saí e eu vou logo atrás.

- Quem é ela e por que você estava seguindo a garota?
- Pergunto mais uma vez e ele não fala nada até que eu ameaço de bater nele.

- Um cara está obcecado por ela e me pediu para segui-la.
- Ele fala em pé me olhando em choque.

- Que cara? Até parece que ele não te pagou não é mesmo tarântula?
- Retruco já estressado e assim que menciono seu apelido ele arregala os olhos.

- Não sei tá legal? Ele conseguiu meu número e depositou uma quantia alta na minha conta e me pediu para observa-la.
- Diz me fazendo erguer a sombrancelha.

Cruzo os braços pensando se acredito no que ele acabou de falar ou se espanco ele até ele resolver falar a verdade.

- Estou falando a verdade cara, por conhecer quem sou eu, acredito que não duvidaria de mim, sabe que eu sou pago para fazer coisas assim!
- Ele diz atraindo minha atenção para si.

- Quanto foi que o filho da puta te pagou?
- Pergunto e ele fica quieto.

- Já que não vai abrir a porra da boca então quem vai falar aqui sou eu, você vai parar de seguir aquela garota e vai deixá-la em paz, senão eu irei atrás de você, e você não vai gostar do pequenos brinquedos que tenho guardado para filhos da puta como você.
- Falo tirando um canivete do bolso da calça e desfiro um pequeno corte em seu braço fazendo ele soltar um grito e dar um pulo para trás.

- Eu não tenho mais dinheiro, como farei para devolver para o cara?
- Ele pergunta me irritando.

- Não sei, aí é um problema seu, se vira, mas eu ficarei de olho em você, entendeu?
- Pergunto com um sorriso sádico e ele balança a cabeça repetidamente de forma positiva e "corre" para dentro do Drinks.

Pessoas do caralho!

Volto para o drinks e compro um maço de cigarro, um esqueiro e um coquetel de vodka.

Pego o cigarro e coloco na boca pegando o esqueiro na intenção de acender até que uma mão tira o cigarro da minha boca de forma delicada e coloca entre seus lábios macios.

Uma mulher de madeixas da cor do vinho, um olhar seduzente e vazio, um sorriso repleto de malícias e intenções óbvias.

Ela coloca o cigarro em sua boca e pega o esqueiro da minha mão e acende dando uma longa tragada no mesmo.

Se aproxima de mim e me beija liberando a fumaça que antes estava em sua boca na minha.

Ela se afasta e eu solto a fumaça.

- Novo por aqui gatinho?
- Ela pergunta de forma seduzente.

- Não, mas você parece nova por aqui.
- Retruco e ela coloca o cigarro na minha boca e sorri maliciosamente.

- Vim dar uma relaxada com umas amigas nessa boate sem graça, a única pessoa interessante que achei aqui foi você.
- Ela me faz sorrir irônico.

Dou uma tragada no cigarro enquanto a observo dar um gole no meu coquetel.

- Está bom isso aí?
- Pergunto olhando para o copo.

- Uma delícia.
- Ela lambe os lábios.

- Legal, me devolva.
- Sorrio irônico a vendo fechar uma carranca mas logo ela desfaz.

Ela pega o copo dá outro gole e se aproxima na intenção de me beijar e fazer o mesmo que fez com o cigarro mas quando ela se aproxima eu coloco a mão nos lábios.

Seguro seu pescoço com firmeza e a mesma me olha séria.

- Engole.
- Mando e ela balança a cabeça de forma negativa.

Coloco o cigarro no cinzeiro e puxo sua cintura e solto seu pescoço colocando a mão em sua boca a forçando a engolir.

- Pronto.
- Ela fala mas sai de forma abafada.

- Good Girl!
- Sorrio e solto ela que saí com o rabinho entre as pernas e vai embora.

Fraquinha.

Pego meu cigarro e volto a fumar.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora