Querido Diannkley.

32 - Cadê você?

(Dian narrando)

Após deixar Luara em casa fui ver oque minha querida mãe queria.

Assim que chego no drinks deixo minha moto no estacionamento e pego minha chave adentrando o lugar.

Vejo Brian de conversinha com uma linda moça e me sento perto dela em frente a ele.

- Boa tarde amigão!
- Brinco e ele sorri para mim tocando em minha mão.

- Boa tarde mano, Oque faz aqui? Se bem que anda fazendo falta aqui em.
- Ele brinca eu faço cara de quem não sabe de nada o fazendo rir.

- Vim ver oque sua chefe quer comigo.
- Falo e ele faz cara de quem está pensativo.

- Aconteceu alguma coisa? Que me preparar para falar com o furacão?
- Pergunto e ele olha para a moça ao meu lado que sorri para ele entendendo que é seu momento de retirada.

- Desembucha Brian.
- Falo tomando um gole da vodka que ele me oferece.

- Eu não sei na verdade, só acho que deve ter cuidado com oque fala para ela, pelo visto ela está de olho em você, ela sabe demais.
- Ele fala um pouco baixo.

- Oque quer dizer com isso?
- Pergunto apoiando meus cotovelos no balcão e o olho direto nos olhos.

- Ela sabe sobre a garota.
- Ele fala mais baixo que antes.

- Ela sabe sobre a Luara?
- Pergunto e ele dá de ombros.

- Ela pode me colocar na rua diversas vezes como vem fazendo, mas se ela acha mesmo que vai tocar na Luara ela está sonhando acordada, vou fazer questão de fazê-la viver um pesadelo!
- Falo em um tom normal mas com raiva nas palavras.

- Dian!
- Escuto sua voz irritante se aproximar.

Olho para ela que está com uma carranca nada contente e os braços cruzados olhando para mim.

Volto minha atenção ao Brian e levanto as sobrancelhas como se estivesse zuando.

Volto minha atenção até ela e me aproximo.

Seu olhar descer para Brian e se volta para mim, espero que ele não se dê muito mal.

Ela já sacou que ele me contou alguma coisa, não se trata dela mandá-lo embora, até por que emprego não falta, mas o problema é ela ir atrás de cada trabalho dele e fazerem eles o mandarem embora.

Aí eu serei obrigada a fazer da dela um inferno também.

No Brian, no Jack e na Luara ninguém toca!

Ninguém brinca, ninguém maltrata, se quiserem mexer com eles, terão que passar por cima de mim.

E eu te digo, não será fácil.

Adentramos sua sala cheias de roupas de grifes espalhadas, como jaquetas com pelinhos, vestidos deslumbrantes.

Inclusive eu vi um preto, decotado, que caralho, ficaria tão lindo na Luara.

Só de imaginar essa cena fico em estado de alerta.

Caralho, olha oque ela faz comigo, ela dominou tudo.

Tudo mesmo...

A qualquer hora, em qualquer lugar, é só pensar nela que eu saio de mim.

Meu corpo se arrepia todo, meu amigo acorda e parece que só ela pode resolver isso.

Eu não consigo sozinho...

Eu já não tenho controle sobre mim, agora quem gerencia é ela.

Sou tirado dos pensamentos quando escuto um limpar de gargantas.

Desgraça, ela me tirou mesmo desse sonho.

Vou me vingar, sem problemas.

- Parece que gostou do meu vestido.
- Ela dispara olhando para o vestido.

- Sim, inclusive ele ficaria lindo, na minha mulher.
- Eu cruzo os braços de forma provocativa e ela revira os olhos.

- Quer?
- Ela pergunta indo até o vestido e o pegando e estendendo a mim.

- Você o usou? Eu não gostaria que ela pegasse doenças se é que me entende.
- Ela bufa com raiva.

- Não cheguei a usá-lo, mas não te darei de qualquer forma..
- Ela sorri satisfeita e eu rio logo atrás.

- Vamos direto ao ponto, Oque quer comigo?
- Questiono e ela se apoia na mesa atrás de si me observando.

- Gostaria que me fizesse um favor e se completar a missão eu lhe dou o vestido como agradecimento.
- Ela diz e eu observo cada movimento atento.

Conversamos sobre e eu estava pronto e determinado a recusar, não queria fazer oque ela estava me pedindo, mas as coisas tomaram outro rumo.

Por que não uma adrenalina antes de ir para casa não é?

- Fechado, já embala esse vestido que mais tarde venho buscá-lo.
- Falo me levantando e pisco para ela que sorri de forma provocativa.

Saio de sua sala e dou um tchau pro Brian.

- Ela pegou muito no seu pé?
- Ele questiona me oferecendo outra vodka e eu recuso gentilmente.

- Não obrigado, e não, ela apenas me pediu um favor, você a conhece, sempre que ela precisa ela vem atrás do filho bonitão.
- Sorrio para ele levantando a sombrancelha e ele dá risadas.

- Até por que, entre vocês, você é o que realmente cumpre com oque promete.
- Ele diz e eu dou de ombros.

- Eu sou foda mesmo, agora deixe-me ir por que tenho problemas a resolver.
- Digo dando um soco na dele e saio de lá.

Indo até minha moto, ligo ela e vou até o endereço que ela me deu, faço oque tinha fazer e dou uma volta de moto.

No trajeto de volta para casa observo a movimentação do lago.

Vazio, da para ver bem lá no fundo, que há um barco, um pontinho preto no meio do azulado lago.

Volto minha atenção para a estrada e resolvo dar um pulo na casa de Jack mas percebo que não há ninguém em casa depois de chamar o inúmeras vezes e ninguém atender.

Então resolvo ir para casa, mas no meio do caminho eu resolvo mandar mensagem a lua, que não me responde, me deixando preocupado.

Ela nunca foi de esperar tanto para responder.

Pergunto se ela está ocupada, e acrescento que não está respondendo minhas mensagens e ela diz que está em um iate com umas amigas.

Pergunto se elas beberam e ela demora para responder, como se estivesse pensando no que dizer.

Mas logo diz que beberam e que estão sozinhas no iate, ou seja? Tem chances de acontecer um acidente.

Não minto que fiquei irado com a irresponsabilidade delas, mas estou mais preocupado do que com raiva.

Me direciono até minha casa na árvore, deixo a moto em frente a árvore e vou até o iate que está mais a frente.

Entro nele e dou partida com a chave que está junto a chave da moto.

Chegando mais pro meio do mar eu não vejo nada.

Meu coração dispara, e eu tento ligar para ela inúmeras vezes.

Mando muitas mensagens e nada.

Lua cadê você?

Dou uma conta com o iate em alta velocidade rodando aquele mar todo, virando do avesso mas não a encontro.

Volto de onde vim e pego a moto indo até sua casa.