27. Está tudo bem?

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(Lua narrando.)

Eu realmente fiquei chateada com ele.

Estou com medo de confiar, mas ao mesmo tempo estou me entregando de corpo e alma...

Me odeio por ser tão intensa e emotiva, sensível...

Não é um defeito, para quem merece, quem não merece se aproveita.

E pra ser sincera, eu tô confiando demais nele, entregando meu coração de bandeja esperando que ele não o quebre...

Saímos do quarto por opção minha, embora eu quisesse muito ficar com ele e fazer todas as coisas obscenas que minha mente cria quando olho para cada parte dele eu estou chateada demais com essas Mensagens.

Enquanto descemos as escadas sinto meu celular vibrar em meu bolso e o pego conferindo uma mensagem de Jhonny.

"Vi que está acompanhado, e pelo visto seu acompanhante ficou com ciúmes de ter nos visto, como não tenho mais ninguém aqui eu vou para casa, até lua."

"Não se preocupe com oque ele pensa, já falei que somos só amigos, pode vir ficar conosco se quiser, eu gosto da sua companhia"

Eu respondo a sua mensagem e aparece só visto mas ele não responde.

Guardo o celular e assim que descemos a escada eu me viro olhando para Dian prestes a falar com ele mas ele simplesmente passa por mim com uma cara emburrada e vai até a cozinha pegar bebida.

Sorrio de lado achando engraçado seu jeitinho bravo e vou até o mesmo que finge me ignorar e enche o copo se apoiando na bancada a minha frente.

Me aproximo lentamente sob seu olhar dominante e seu rosto tão sombrio quanto o céu fora desta casa.

Assim que chego nele pego seu copo e dou um gole com nossos olhos presos um no outro.

- Oque te aborrece?
- Pergunto grudando meu corpo no dele.

- Veio reclamar sobre ela mas o seu amigo está bem interessado em você também não é mesmo?
- Ele dia irônico e eu reviro os olhos cruzando os braços.

- A diferença é que meu amigo não está tentando ficar comigo.
- Falo na lata e ele revira os olhos.

- Ah sim, claro, até parece que alguém se aproxima de você só para ser seu amigo.
- Ele diz e bebe um gole da bebida.

- Acha que ele se aproximou por que me quer? Você está se escutando?
- Pergunto dando risadas.

Até parece que sou tudo isso, não sou a Beyoncé muito menos a Olívia Rodrigo, nem mesmo a ariana grande.

Ele está exagerando com certeza.

- Quer saber? Eu não estou no clima Luara.
- Ele vai tomar outro gole e eu tiro o copo da sua mão virando na minha boca.

Começo a rir após tomar a bebida.

- Não entendi a piada.
- Ele reclama com uma carranca sério.

- Você com ciúmes é a piada.
- Sorrio e ele faz uma cara de "do que cê tá falando?"

- Claro eu acho fofo e até sexy.
- Falo me aproximando dele lentamente e o beijo.

Como resposta ele coloca sua mão sobre meu pescoço e firma a outra na minha cintura.

Sua língua dança em uma valsa selvagem e sexy com a minha.

Me causando frios na barriga e alertando meu corpo que agora só reage a ele.

Seu toque é como droga, tudo é novo para mim, e se eu não tomar cuidado logo serei uma viciada.

Eu quero ele, quero seu toque na minha pele, sua boca passeando pelo meu corpo, sua voz sussurrando em meu ouvido, eu quero que ele seja meu.

Suas mãos descem para minha bunda me puxando para cima e minhas pernas automaticamente se enrolam em sua cintura.

Ele então me senta na bancada que alguns segundos atrás estava encostado e sobe suas mãos para o meu pescoço.

Sua boca desgruda da minha dando leves mordiscos em meu pescoço.

- Se continuar dizendo que eu sou fofo serei obrigado a te mostrar que está errada.
- Ele sussurra em meu ouvido fazendo meu corpo responder automaticamente.

Senti um arrepio do corpo até a alma ao escutar sua voz baixa e rouca em meu ouvido.

Ele então aproxima seus lábios quentes em meu pescoço e automaticamente jogo minha cabeça para trás assim batendo no armário.

Ele coloca sua mão na minha cabeça e me olha com um rosto de preocupação.

- Está tudo bem? Se machucou?
- Ele pergunta realmente preocupado e eu discordo com a cabeça e sorrio.

Ele se aproxima e deposita um beijo na minha testa, e desce para os meus lábios novamente.

Mas dessa vez não é um beijo selvagem, cheio de desejo e excitação, é um beijo cheio de ternura e devoção.

Seus lábios macios me fazem perder a postura, seu gosto é tão doce, um vício.

Como direi ao meu pai que descobri uma droga nova?

Uma que só eu posso me viciar?

Sua boca desce novamente até meu pescoço depositando beijos calmos e cheio de amor.

Ele está apenas marcando território, de uma forma gentil e sem preocupação.

Como direi a ele que estou me apaixonando?

Como direi a ele que talvez eu esteja ficando viciada nele?

Como direi que quero seu beijo, seu toque, seus olhos em mim?

O mesmo se afasta e segura minhas mãos me olhando.

- Quer sair daqui?
- Ele pergunta de maneira calma e sorri para mim.

Olho ao redor e lembro que estamos em uma casa lotada de  pessoas bêbadas, e que fazem de tudo para estar na mídia.

Poderiam nos gravar e acabar postando, mesmo que eu não me importe não é legal, e isso poderia acabar em processo.

Assim, eu adoraria ganhar uma graninha mas não em cima de alguém, porém não deixaria por isso mesmo e pronto, iria atrás dos meus direitos.

- Lua?
- Sua voz me tira do mundo dos pensamentos e eu concordo com ele, e ele me ajuda a descer da bancada e quando estamos prestes a sair da casa eu sinto um olhar sobre mim.

Olho para trás e mesmo que por um segundo, eu vejo a menina do iate me encarando com ódio nos olhos.

Mas pessoas começam a andar umas na frente das outras e quando elas somem ela não está mais lá.

Talvez seja só eu ficando doida.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora