16. Perdido?

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(Dian narrando)

Acordo com o barulho de som alto.

Checo o horário no celular e o dia nem começou ainda.

- Caralho só são 7 da manhã!
- Esbravejo com raiva.

Levanto da cama e saio do apartamento indo para o apartamento vizinho.

Dou três batidas na porta e nada.

Começo a apertar a campainha uma vez seguida da outra até que a porta é aberta revelando a desgraça da pessoa que parece me perseguir para me atormentar.

- Você?
- Pergunto entre dentes.

- Gatinho? Perdido?
- Ela sorri e pisca.

- Entre, fique a vontade, mi casa tu hogar!
- Ela diz a última parte em espanhol.

- Abaixa a porra desse som!
- Esbravejo e ela ri.

Logo percebo que ela está de lingerie da cor do sangue.

Me viro ficando de costas para ela e Reviro os olhos.

- Coloca uma roupa decente para atender a visita sua sem noção.
- Falo e me irrito com sua risada logo atrás.

- Visita é?
- Ela diz e sinto sua presença mais perto.

Me viro para ela e me afasto tirando dela a chance de me tocar.

- Você entendeu oque eu quis dizer, se fosse outra pessoa se aproveitaria de você!
- Falo direto e ela sorri.

- E quem disse que eu não quero que você se aproveite de mim?
- A loira sorri e se escora de forma sensual na porta.

- É esse seu desejo?
- Sorrio de forma provocativa e ela me puxa segurando minha cintura.

- Sim mestre.
- Eu começo a passear com meus olhos em seu rosto e quando ela tenta me beijar eu desvio.

- Não é seu desejo que eu quero realizar.
- Pisco para ela e vou para meu apartamento ignorando seus murmúrios atrás de mim.

- Abaixe isso!
- Escuto uma voz masculina gritar e a porta logo atrás de mim se fecha fortemente, e em questão de alguns segundos a música é baixada.

Entro no meu apartamento e me sento no sofá.

Ainda estou morrendo de sono mas eu me conheço, não vou conseguir dormir.

Assisto um filme qualquer e perco a noção do tempo.

A pouco tempo atrás eram 7 da manhã, agora já vai dar meio dia.

Me levanto e vou para meu quarto, separo uma regata cinza e uma calça cargo da mesma cor.

Um sapato ALL STAR, e uma meia preta.

Meu colar e meu pingente deixo a minha vista, bem em cima da mesinha.

Entro no banheiro e tomo um banho, e enrolo a toalha na cintura, e coloco outra em meu pescoço secando o cabelo enquanto me direciono ao quarto.

Os pingos d'água caem sobre meu corpo e eu os ignoro.

Me seco e me troco, assim que termino de colocar meus acessórios arrumo meu cabelo e pego meu celular e meu fone.

Sim, meu celular que esqueci de colocar pra carregar, mas ele é tão bom que ainda está 89%.

Dá pro gasto, enfim, não pretendo ficar o dia inteiro na rua.

Vou na casa do Jack para vê-lo.

Saio do meu apartamento e entro no elevador que me leva até a saída.

Andando mais um pouco quase uns 20 minutos estou na casa do meu Brother.

Irmão de outra mãe.

Mesmo que eu não admita, eu amo esse garoto na mesma proporção que o odeio, é como dizem, o amor e o ódio andam lado a lado.

Bato na porta dele e sem demora ele abre.

- EAE mano!
- Ele sorri e eu retribuo o comprimentando com um abraço.

- Você está bem?
- Pergunto e adentramos em sua casa.

- Não, eu não posso viver sem você parça, volta pra mim vai.
- Ele diz todo manhoso me fazendo rir.

- Ih, que idéia é essa mano? Bebeu foi?
- Ele ri comigo.

- Posso nem brincar mais, eu em!
- Ele pega um copo de vodka.

- Beba comigo.
- Ele oferece o copo e eu nego.

- Valeu, mas não tô afim.
- Falo e ele ergue a sombrancelha.

- Tá com febre? Você nunca, NUNCA, negou bebida parça.
- Ele fala e eu finjo surpresa.

- Quem foi a louca que te mudou? QUEM?
- Dou risadas de sua frase sem noção mas ela me vêm a cabeça.

- Inferno.
- Murmuro e ele se senta ao meu lado e eu percebo que ele escutou meu xingamento..

- Qual foi?
- Questiona.

- Nada parceiro, eu só queria fazer algo hoje, não quero ficar parado.
- Ele toma um gole da vodka e sorri de modo estranho.

- Ih, qual foi? Desembucha.
- Falo e ele ri de novo.

- Conheci uma mina ontem, cara, ela é incrível!
- Ele fala e eu reviro os olhos.

- Me acusou tanto de estar apaixonado e quem tá bobo aí é você.
- Dou um tapa em seu ombro.

- Como ela se chama?
- Pergunto e ele para pensativo como se, se perguntasse internamente se deveria falar ou não..

- Cara, você acredita que eu esqueci de perguntar?
- Ele diz de forma séria mas eu não acredito muito não.

Mas se ele não quer dizer, eu não vou forçar nada.

Ele diz quando estiver pronto.

- Oque acha de irmos a uma festa?
- Ele pergunta me tirando dos meus pensamentos.

- Vamos, que horas?
- Pergunto e ele sorri.

- Não vai me dizer que ela vai estar lá?
- Pergunto e ele sorri confirmando e eu coloco a mão na cabeça e me levando desacreditado.

- Vou ficar de vela um caralho.
- Falo e ele se levanta sorrindo.

- Não vai não irmão, não te trocaria por ninguém, você tá ligado, eu por você e você por mim!
- Olho desconfiado e ele pisca.

- Que horas?
- Pergunto cruzando os braços.

- As 20:00.
- olho para o relógio e ainda está muito cedo.

- E Oque faremos até lá?
- Pergunto e ele dá de ombros.

- Não sei, que tal um filme?
- Ele pergunta se jogando no sofá.

- Que filme?
- Me sento ao seu lado.

- 50 tons...

- Vou assistir essa porra com você nem fudendo!
- O corto e ele ri como se achasse graça.

- Então vai assistir sozinho é?
- Pergunta e eu lhe mostro o dedo do meio.

- Eu escolho essa porra!
- Tiro o controle de sua mão e ele pega de volta.

- Eu vou escolher!
- Ele coloca um filme chamado Ted.

"Quando criança, John desejou que seu ursinho Ted ganhasse vida e, surpreendentemente, foi atendido. Porém, agora que é adulto, ele precisa lidar com as consequências de seu pedido, já que Ted não vai parar de atormentar a sua vida."

Essa é a sinopse do filme, e surpreendentemente a gente ri muito.

As horas se passaram rápidos e já era hora de se arrumar e ir ficar de vela.

Pena que a festa não é a fantasia, teria a fantasia perfeita, uma vela.

Me arrumo na casa dele e coloco uma troca de roupa minha que havia ficado lá e assim que prontos nós saímos e vamos em direção a grande festa.

Querido Diannkley.Onde histórias criam vida. Descubra agora