S/N P.O.V
Acordei com o papai me abraçando, sem dúvidas foi o melhor dia da minha vida.
O papai é incrível, ele me tratou como ninguém nunca havia feito antes, além de seu carinho ser o melhor, descobri que o leitinho também. Estou extremamente feliz de estar com ele depois de tudo, não poderia estar mais realizada.
Me levantei da cama e fui para o banheiro fazer minhas higienes matinais, por sorte isso o tio Baekhyun me ensinou, confesso que demorei um pouco para aprender mas agora que já sei não preciso da ajuda de ninguém.
Me pergunto por que quando eu era um gatinho não precisava fazer diversas das coisas que preciso agora, como tomar banho todos os dias. Isso é chato!
Saio do banheiro depois de acabar o que fazia e olho para o papai, ele ainda está dormindo. Estou com fome e tédio, espero que ele acorde logo.
Caminho lentamente para fora do quarto, olho ao redor um pouco aflita pois ainda não conheço bem o local. Por mais que não seja mais uma gatinha, ainda tenho alguns sentidos como olfato e audição apurados.
A barra está limpa, não parece que haja nada perigoso nessa casa. Continuo andando e sinto o chão felpudo nos pés, acho que aqui é a sala, como ouvi do pessoal quando ainda estava com o tio Baekhyun.
Me sento no chão e olho pela janela que era bem baixa e pegava uma parede toda, fazendo com que o cômodo se enchesse de luz. A vista é alta, há pessoas andando lá embaixo e elas são pequenas como um inseto.
Por um momento senti vontade de andar lá fora também, quando estava na minha antiga casinha junto da Momo nunca saia para fora, a única vez que me lembro foi com o papai depois com aquele homem que só de lembrar me dá medo.
As vezes sinto falta de ser um gato, tinha flexibilidade e podia pular e correr, fora arranhar tudo que via pela frente.
Agora não consigo fazer essas coisas, e também me falaram que não posso mais me lamber, pegar insetos nem morder ninguém, isso é estranho por que não posso fazer mais nada?
Olho para o céu, está azul e sem nuvem alguma, o dia está bonito e o sol brilha forte, mas não estou com calor, o clima está agradável para brincar de rolar no chão.
Ouço um barulho vindo de dentro da casa e me assusto, minha respiração fica ofegante. Olho para a direção de onde vem o som e me encolho encostando no vidro da enorme janela. Por sorte é o papai que aparece, ele me encara e sorri. Suspiro aliviada.
— Ei, o que está fazendo aí sozinha? Faz tempo que acordou? - Ele se aproxima de mim e se abaixa em minha frente, observando cada canto do meu rosto, parecia preocupado.
— Acordei agora. - Sorri. Não sei o motivo, mas estar perto dele me acalma e me faz sentir leve e segura.
— Vem, vamos comer! - Papai se levanta e estende a mão para mim, a pego e me levanto indo com ele até a mesa onde ele me faz sentar em uma das cadeiras. — O que quer comer?
— N-não sei... - Respondo um pouco incomodada, não faço ideia de quais alimentos os humanos comem e isso me deixa um pouco frustrada, queria saber mais.
— Certo...Vou fazer o mesmo que eu sempre como pra você também.
Papai olha para mim e sorri. Retribuo o vendo ir até um objeto grande onde ele abre uma porta, pude sentir um ar frio saindo de lá e vindo em minha direção.
Fiquei olhando para o papai o tempo todo enquanto ele fazia a comida, parecia legal cozinhar. Será que um dia eu vou saber fazer essas coisas também?
Park Seonghwa P.O.V
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PATINHAS FELIZES - Park Seonghwa
RomantikOs híbridos correm perigo de extinção, a sociedade decidiu se consumir pelo preconceito e se tornou intolerante, virou literalmente uma caça às bruxas contra a espécie. Um estudante de medicina veterinária tem o sonho de adotar um animal, quando se...